Carolina Maria de Jesus: questões editoriais

dc.contributor.advisorRicieri, Francine Fernandes Weiss [UNIFESP]
dc.contributor.advisor-coMendes, Maria Lúcia Dias [UNIFESP]
dc.contributor.advisor-coLatteshttp://lattes.cnpq.br/7651308606192134
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/7785345123349630
dc.contributor.authorRamos, Mauricio de Oliviera [UNIFESP]
dc.contributor.authorLatteshttps://lattes.cnpq.br/8571167106304063
dc.coverage.spatialUniversidade Federal de São Paulo. Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - EFLCH
dc.date.accessioned2024-09-18T20:06:33Z
dc.date.available2024-09-18T20:06:33Z
dc.date.issued2024-08-23
dc.description.abstractA trajetória literária de Carolina Maria de Jesus (1914 /1977) tem início em 1960, com a publicação de Quarto de despejo: diário de uma favelada. Sua escrita está associada ao jornalista Audálio Dantas que, ao fazer uma reportagem na favela do Canindé, conhece Carolina e tem acesso a seu diário, em que relatava as agruras da favela. Dantas cuidou da publicação, que chegou a mais de um milhão de exemplares vendidos. Essa pesquisa busca estudar as construções editoriais operadas nos diários originais da autora, levando em consideração as intervenções operadas. Nosso objetivo é entender como os projetos editoriais contribuem para a constituição de uma figura pública da escritora, no contexto em que essa imagem se formou. Como objetivos específicos apresentam-se: a) retomar a recepção crítica, literária e teórica de que foi objeto a produção de Carolina, observando as construções elaboradas a propósito de seus escritos; b) analisar as interferências de Dantas em seus escritos, propostas como meio de inserção da escritora no cenário editorial da época; c) examinar a trajetória editorial desta primeira obra; d) discutir aspectos teóricos e históricos do trabalho de revisão. Incluem-se reflexões críticas sobre questões políticas, sociais e ideológicas, a fim de demonstrar como determinados espaços sociais são negados a certos grupos, cabendo-lhes sua ‘adequação’ ou ‘conformação’, em relação aos ditames que os estruturam. A pesquisa terá natureza bibliográfica, com análise de textos literários e aportes teóricos de algumas áreas de investigação (estudos literários, estudos femininos e estudos culturais). Como fundamentação, recorremos ao pensamento do sociólogo Pierre Bourdieu e aos conceitos habitus e campo. Contribuem as reflexões de João Camillo Penna, entre outros, sobre escritos testemunhais. São fontes relevantes, ainda: Afrânio Mendes Catani (2004), Regina Dalcastagnè (2012), José Carlos Sebe Bom Meihy (2005), Germana de Sousa (2004), Marisa Lajolo (1996), Jaime Guinzburg (2008), Maria Alice Nogueira e Cláudio Marques Martins Nogueira, (2004), Walter Benjamin (2008), Aristides Coelho Neto (2008), Fernanda R. Miranda (2019), Chimamanda Ngozi Adichie (2009), Stuart Hall (2016) e Gayatri Spivak (2010). Destacamos problematizações suscitadas por Conceição Evaristo (2021) junto ao Conselho Editorial Caroliniano; além das teorizações de Lélia Gonzalez (2020), em especial quanto ao termo “pretuguês”. Este trabalho está dividido em três capítulos principais, além de uma introdução e considerações finais. No primeiro capítulo, analisamos a construção editorial e a recepção crítica da figura pública de Carolina, explorando como suas experiências pessoais influenciam sua escrita e desafiam convenções literárias, no contexto sociopolítico e cultural de sua obra. No segundo, investigamos em que medida a edição conduzida por Dantas influenciou a recepção do livro; recorremos, nesse capítulo, a teorias de Pierre Bourdieu para discutir o impacto das estruturas de poder na literatura e suas implicações sociais. O terceiro capítulo aborda a revisão dos textos de Carolina, discutindo o equilíbrio entre preservar sua voz original e adaptar o texto, analisando as implicações dessas intervenções editoriais.
dc.description.abstractLa carrera literaria de Carolina Maria de Jesus (1914/1977) comenzó en 1960 con la publicación de Quarto de despejo: diário de uma favelada. Su obra se asocia al periodista Audálio Dantas, quien, mientras realizaba un reportaje en la favela de Canindé, conoció a Carolina y tuvo acceso a su diario, en el que relataba las penurias de la favela. Dantas se encargó de la publicación, que llegó a vender más de un millón de ejemplares. Esta investigación pretende estudiar las construcciones editoriales realizadas en los diarios originales de la autora, teniendo en cuenta las intervenciones efectuadas. Nuestro objetivo es comprender cómo los proyectos editoriales contribuyen a la constitución de una figura pública del escritor, en el contexto en el que se formó esta imagen. Los objetivos específicos son: a) revisar la recepción crítica, literaria y teórica de la obra de Carolina, observando las construcciones hechas de sus escritos; b) analizar la interferencia de Dantas en sus escritos, propuesta como medio de inserción de la escritora en el escenario editorial de la época; c) examinar la trayectoria editorial de esta primera obra; d) discutir aspectos teóricos e históricos del trabajo de revisión. Se incluyen reflexiones críticas sobre cuestiones políticas, sociales e ideológicas, con el fin de demostrar cómo ciertos espacios sociales son negados a determinados grupos, dejándolos "adaptarse" o "conformarse" a los dictados que los estructuran. La investigación será de carácter bibliográfico, analizando textos literarios y aportaciones teóricas de algunas áreas de investigación (estudios literarios, estudios de la mujer y estudios culturales). Como base, nos basaremos en el pensamiento del sociólogo Pierre Bourdieu y en los conceptos de habitus y campo. Contribuyen las reflexiones de João Camillo Penna, entre otros, sobre los escritos testimoniales. Otras fuentes relevantes son: Afrânio Mendes Catani (2004), Regina Dalcastagnè (2012), José Carlos Sebe Bom Meihy (2005), Germana de Sousa (2004), Marisa Lajolo (1996), Jaime Guinzburg (2008), Maria Alice Nogueira y Cláudio Marques Martins Nogueira, (2004), Walter Benjamin (2008), Aristides Coelho Neto (2008), Fernanda R. Miranda (2019), Chimamanda Ngozi Adichie (2009), Stuart Hall (2016) y Gayatri Spivak (2010). Destacamos las problematizaciones planteadas por Conceição Evaristo (2021) al Consejo Editorial Carolino; así como las teorizaciones de Lélia Gonzalez (2020), especialmente en relación con el término "pretugués". Este trabajo se divide en tres capítulos principales, además de una introducción y consideraciones finales. En el primer capítulo, analizamos la construcción editorial y la recepción crítica de la figura pública de Carolina, explorando cómo sus experiencias personales influyen en su escritura y desafían las convenciones literarias, en el contexto sociopolítico y cultural de su obra. En el segundo, investigamos hasta qué punto la edición llevada a cabo por Dantas influyó en la recepción del libro; en este capítulo recurrimos a las teorías de Pierre Bourdieu para discutir el impacto de las estructuras de poder en la literatura y sus implicaciones sociales. El tercer capítulo trata de la revisión de los textos de Carolina, discutiendo el equilibrio entre la preservación de su voz original y la adaptación del texto, analizando las implicaciones de estas intervenciones editoriales.
dc.description.sponsorshipNão recebi financiamento
dc.emailadvisor.customweiss.francine@unifesp.br
dc.format.extent98 f.
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/11600/71877
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal de São Paulo
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
dc.subjectCarolina Maria de Jesus
dc.subjectEdição
dc.subjectLiteratura negra
dc.subjectCampo e habitus
dc.subjectEdición
dc.subjectCampo y habitus
dc.titleCarolina Maria de Jesus: questões editoriais
dc.title.alternativeCarolina Maria de Jesus: cuestiones editoriales
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/masterThesis
unifesp.campusEscola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH)
unifesp.graduateProgramLetras
unifesp.knowledgeAreaEstudos literários
unifesp.researchAreaLiteratura e autonomia: questões de estética e ética
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