Nutrição enteral em crianças gravemente enfermas: a prescrição e a oferta são adequadas as necessidades energéticas estimadas?

Data
2004
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objetivo: Identificar os fatores que dificultam o fornecimento de Nutrição Enteral (NE) na criança grave, avaliando a adequação entre prescrição, necessidades energética: o que ã efetivamente ofertado. Método: Estudo prospectivo tipo coorte, avaliando pacientes (mediana de idade: 8,2 ± 1 1,4 meses, que receberam NE por no mínimo h; desde a internação até 10 dias de oferta nutricional, por via gástrica ou pós-pilórica. As calorias prescritas e ofertadas foram registradas diariamente e comparadas com necessidade energética estimada a partir da taxa metabólica basal (TMB), segundo o padrão da Organização Mundial de Saúde. Para avaliação da gravidade clínica utilizou-se o Pediatric índex of Mortality 2 (PIM 2). Resultados: A mediana da oferta calórica foi de 29,5 ± 5,8kcal/kg/dia, 60 por cento da necessidade energética e 85 por cento das calor prescritas. Em 44 por cento (164/370) dos 10 primeiros dias de NE a relação Ofertado/Programado foi superior a 90 por cento da TMB; esta relação foi adequada em todos os dias de nutrição em apenas 6 pacientes (11 por cento). Nos primeiros 5 dias predominou a subprescrição, passando a prevalecer outros fatores nos 5 dias subseqüentes. As diferenças entre nutrientes prescritos e efetivamente ofertados foram atribuída a interrupções causadas por instabilidade hemodinâmica, manejo de vias aéreas, exames radiológicos, intervenções cirúrgicas e remoção acidental da sonda enteral. F análise bivariada, foram fatores limitantes á oferta programada: PIM> 15 por cento, complicações do trato gastrointestinal e uso de drogas vasoativas de efeito alfa-adrenérgico. Aplicado o modelo de regressão logística, apenas o uso de drogas vasoativas apresentou associação signifcante e independente com a oferta insuficiente de energia (p=0,043). Conclusão: A prescrição e oferta de energia foram inadequadas em mais da metade tempo de NE. Entre as variáveis envolvidas, o uso de drogas vasoativas de efeito alfa-adrenérgico apresentou associação signifcante independente com a oferta insuficiente de energia.
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2004. 129 p.