PPG - Bioprodutos e Bioprocessos
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Navegando PPG - Bioprodutos e Bioprocessos por Orientador(es) "Aguiar, Anna Caroline Campos [UNIFESP]"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação da atividade de novos compostos 4-quinolonas contra multi estágios de vida de Plasmodium spp(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-22) Annunciato, Yasmin [UNIFESP]; Aguiar, Anna Caroline Campos [UNIFESP]; Cassiano, Gustavo Capatti; http://lattes.cnpq.br/9397744482406023; http://lattes.cnpq.br/6217232206685846; http://lattes.cnpq.br/2018532484205051; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: A malária é uma doença tropical com altas taxas de mortalidade e morbidade. A resistência disseminada dos parasitos aos antimaláricos ressalta a necessidade de encontrar antimaláricos inovadores para alcançar os objetivos de controle e eliminação da doença. Neste contexto, faz-se importante desenvolver terapias de bloqueio da transmissão e profilaxia eficazes. Objetivo: Avaliar o potencial de compostos da classe das 4-quinolonas contra formas assexuadas sanguíneas, bloqueadores da transmissão da malária e contra as formas de vida hepáticas. Métodos e Resultados: O composto hit 1 foi testado contra cepas resistentes de P. falciparum (GT2, HB3, V1/S, 7G8, DHODH e SB1-a6) em cultura in vitro. Os resultados mostraram que 1 foi potente, apresentando IC50 na ordem de baixo μM contra as cepas avaliadas, com exceção da cepa SB1-a6. Para esta cepa foi verificado alto índice de resistência. Os compostos 1 e 6 foram testados ex vivo contra P. vivax em ensaio de alimentação direta por membrana (DMFA), com destaque para o composto 1, que mostrou uma redução de 98% e 94,4% na formação de oocistos e esporozoítos quando testado a 10 µM. Os compostos foram avaliados contra oocineto em ensaios ex vivo, o composto 1 mostrou uma inibição de 99%. Além disso, foi analisada a capacidade do composto 1 em ensaios in vivo com camundongos fêmeas CD1 infectados com P. berghei GFP. O tratamento oral foi administrado com o composto 1 [50 mg/kg], e os mosquitos Anopheles stephensi foram alimentados com sangue após o tratamento. A exflagelação e a presença de oocistos e esporozoítos foram avaliadas por microscopia. O composto 1 demonstrou ~85% de inibição da exflagelação e uma redução de 67% de oocistos e ~90% de esporozoítos. Em seguida, a atividade dos compostos foi avaliada contra os estágios hepáticos, para isso, foram cultivadas células Huh-7 e infectadas com esporozoítos de P. berghei. O composto 1 impediu a infecção de células hepáticas apresentando IC50 de 0,25 µM. Os compostos 5 e 6 apresentaram IC50 de 0,30 µM e de 0,38 µM a 1 µM, prevenindo a infecção. Nenhum dos compostos apresentou toxicidade para os hepatócitos. Conclusão: Os compostos derivados de 4-quinolona, especialmente o composto 1, demonstraram um grande potencial como agentes bloqueadores da transmissão da malária e na prevenção de infecção de células hepáticas sem causar toxicidade. Esses resultados sugerem que esses compostos podem atuar em diferentes estágios do ciclo de vida do parasito, tornando-os candidatos promissores para o desenvolvimento de novos antimaláricos.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Descoberta de novos compostos derivados de cloroquina como candidatos a antimaláricos(Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-21) Peres, Erica Paloma Maso Lopes [UNIFESP]; Aguiar, Anna Caroline Campos [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6217232206685846; https://lattes.cnpq.br/2241425834402728; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: A malária é uma doença tropical grave, caracterizada por sua alta taxa de mortalidade e morbidade, representando um significativo problema de saúde pública com impacto socioeconômico. O controle da malária enfrenta desafios devido dificuldade no combate ao vetor e à rápida disseminação de linhagens de parasitos resistentes aos antimaláricos convencionais. O surgimento de resistência compromete a eficácia dos tratamentos atuais, tornando a luta contra a malária um desafio cada vez mais complexo sendo de extrema importância a busca por novos candidatos a antimaláricos potentes, de baixo custo e não tóxico ao hospedeiro vertebrado. Objetivo: Avaliar a atividade antiplasmodial e o alvo de ação contra estágios assexuados sanguíneos de 8 novos análogos de cloroquina, utilizando cepa de Plasmodium falciparum sensível e resistentes. Métodos: Realizamos ensaios in vitro para determinar o IC50 dos novos compostos contra as cepas de P. falciparum 3D7 (sensível), Dd2, K1 e SB1 (resistentes), utilizando o ensaio de SBYR Green I. Em seguida, prosseguimos com a avaliação citotóxica, a partir do método de rezarsurina, utilizando linhagens celulares de hepatoma humano (HepG2) e rim embrionário (HEK-293). Após essa fase, examinamos o mecanismo de resistência dos novos análogos de CQ na presença do verapamil, um inibidor de bombas de efluxo de P. falciparum e que está relacionada a resistência aos antimaláricos. Posteriormente, identificamos o vacúolo digestivo de P. falciparum como alvo intracelular dos novos compostos, utilizamos o marcador fluorescente Acridina Orange (AO). Em sequência, selecionamos os compostos 1, 2, 6 e 7 e realizamos ensaios ex vivo contra isolados de campo com P. falciparum e P. vivax circulantes na região amazônica brasileira. Resultados: Os compostos 6 e CEQ foram os mais potentes in vitro, apresentando IC50 de 7 nM e 15 nM, respectivamente, contra a cepa 3D7. Frente às cepas resistentes, os compostos mais potentes foram CEQ e 1 (cepa Dd2) com o IC50 de 30 nM e 75 nM, respectivamente, para a cepa K1, os compostos mais potentes foram 5, 7 e 8 com IC50 de 33 nM à 81 nM e para a cepa SB1 os compostos testados foram 1, 2 e 3 e todos se mostraram potentes com IC50 variando de 10 nM a 89 nM. A resistência cruzada dos compostos foi avaliada comparando seus valores de IC50 tanto para cepa sensível quanto resistentes à cloroquina. Os compostos 1, 2, 5, 7 e 8, não apresentaram índice de resistência cruzada (IRC) nos ensaios in vitro com valores de IRC <5. Os compostos CEQ, 3, 4 e 6 apresentaram IRC moderada a alta com valores de IRC >5. No ensaio com verapamil os compostos testados foram 1, 2, 3, 4 e 6 e foi observado uma redução do IC50, após incubação com verapamil, sugerindo resistência frente a cepa Dd2. Os compostos não se mostraram tóxicos para as células HepG2 e HEK-293. Para os ensaios de identificação do vacúolo digestivo (VD) com o marcador AO, pudemos identificar que ouve interação dos compostos com esta organela á partir da alteração da homeostase iônica, assim como observado para a CQ. Quando avaliamos a potência dos compostos frente aos isolados de campo circulantes em Porto Velho, foi possível observar que estes compostos foram mais potentes contra o P. vivax quando comparado com o P. falciparum, indicando uma baixa sensibilidade a essa espécie. Conclusão: Podemos concluir que esta nova classe de análogos de cloroquina apresentou resultados promissores in vitro, no entanto, não foram ativos contra os isolados circulantes na Amazônia brasileira de P. falciparum.