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Navegando Unifesp - Em verificação por Orientador(es) "Martino, Milva Maria Figueiredo de"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação das alterações eletrocardiograficas entre enfermeiros que trabalham em turnos alternados e fixos(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2011) Lima, Josemir de Almeida [UNIFESP]; Martino, Milva Maria Figueiredo de; Trindade Filho, Euclides Maurício; http://lattes.cnpq.br/8482346933128722; http://lattes.cnpq.br/7096939242634758; http://lattes.cnpq.br/0409382522656260Introdução: O trabalho em turnos esta associado a varios problemas de Saúde nos trabalhadores submetidos a esse sistema de jornada de atividade laboral. Entre os mais antigos grupos profissionais que trabalham em sistemas de turnos, encontram-se os dos servicos de Saúde, dentre os quais os enfermeiros. Diversos estudos sugerem uma relacao entre trabalho em turnos e disturbios cardiovasculares. A natureza de tal nexo nao esta bem esclarecida. As doencas cardiovasculares (DCV) sao responsaveis pela maior taxa de morbidade e mortalidade na maioria dos paises, alem de representar elevados custos sociais e economicos. Objetivo: Avaliar as alteracoes eletrocardiograficas entre enfermeiros que trabalham em turnos alternados e fixos. Metodos: Estudo tipo observacional transversal com amostra populacional de 114 enfermeiros de 3 hospitais publicos na cidade de Maceio (AL), sendo 70 trabalhadores em turno alternado e 44 em turno fixo. A tecnica de coleta de dados aplicada foi mediante um instrumento tipo formulario, dividido em seis partes, cada qual com a sua especificidade, sendo a primeira na busca das caracteristicas sociodemograficas; a segunda, os aspectos funcionais; a terceira, estilo de vida; a quarta, avaliacao do estado nutricional; a quinta, a avaliacao da PA; e ultima, as variaveis eletrocardiograficas. Exames complementares foram utilizados, como: afericao de peso, altura, medida da pressao arterial e realizacao de ECG. Para a base estatistica utilizou-se o programa Excel 2003 - ambiente Window® relacionado ao programa BioEstat versao 5.0. A comparacao das variaveis quantitativas entre os grupos trabalhadores de enfermagem do turno alternado e turno fixo foram realizadas utilizando o teste t de Student ou de Mann-Withney de acordo com os pressupostos de normalidade. A presenca de associacao entre as variaveis qualitativas e os grupos de trabalhadores em turnos alternados e turno fixo foi avaliada utilizando-se o teste estatistico Qui-quadrado. Em todos os testes estatisticos considerou-se um nivel de significancia de 0,05. Resultados: A maioria dos trabalhadores (96,5%) foi do sexo feminino, casado e com filhos (71,05%), nunca ou raramente consomem bebida alcoolica ( 70,17% ), nao fumam ( 96,49%) e tem jornada dupla de trabalho (77,19%). A media de idade constatada foi de 38 anos (DP= 6,71) sendo o valor minimo de 27 anos e maximo de 55 anos. Mostrou ainda que 100% dos individuos do sexo masculino e maioria dos individuos separados e viuvos e com idade acima de 50 anos sao trabalhadores em turno alternado. Este grupo apresentou ainda maior percentual de individuos com sobrepeso (40%), baixo peso (2,9%), fumantes (4,3%), hipertensos(20%) em relacao ao turno fixo, sendo os percentuais de (22,7%), (0,0%), (2,3%) e (9,1%), respectivamente. Houve, quanto a obesidade, maior percentual nos trabalhadores do turno fixo (25,7%) quando comparados ao turno alternado (11,4%). Houve diferencas significantes em relacao as variaveis eletrocardiograficas duracao das ondas S (V2) e T e a posicao do eixo P (anteroposterior), todavia, nao houve diferencas significantes quanto as demais variaveis. Conclusoes: A analise dos resultados obtidos no presente estudo confirmou alguns dos disturbios ja descritos na literatura cientifica relacionados ao sistema de jornada de trabalho em turnos, tais como os gastrintestinais e interferencia na vida familiar e com o conjuge. Tambem identificou os seguintes fatores de riscos para DCV: hipertensao, sobrepeso,obesidade e excesso de trabalho. No entanto, estes nao confirmaram a hipotese estatistica proposta para este estudo, de que na populacao pesquisada a frequencia de alteracoes eletrocardiograficas seria maior nos enfermeiros que trabalham em turno alternado quando comparados aos que trabalham em turno fixo. Entretanto, em razao desses resultados terem ocorrido numa populacao predominantemente jovem e do sexo feminino, nao podemos afirmar com certeza absoluta se existe ou nao um nexo entre o trabalho em turnos e alteracoes eletrocardiograficas. Havendo, portanto, a necessidade de mais estudos abordando essa problematica. Face ao exposto, e fundamental intervir na prevencao, incentivando os trabalhadores por turnos realizarem exames medicos anuais, diminuir a carga de trabalho, dedicando mais tempo a familia, ao lazer e ao autocuidado