Navegando por Palavras-chave "Aborto legal"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Atendimento às mulheres vítimas de violência sexual: um estudo qualitativo(Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 2005-06-01) Oliveira, Eleonora Menicucci de [UNIFESP]; Barbosa, Rosana Machin [UNIFESP]; Moura, Alexandre Aníbal Valverde Marcondes de [UNIFESP]; Von Kossel, Karen [UNIFESP]; Morelli, Karina [UNIFESP]; Botelho, Luciane Francisca Fernandes [UNIFESP]; Stoianov, Maristela [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)OBJECTIVE: To assess public services attending female victims of sexual violence in the city of São Paulo. METHODS: This is a qualitative study conducted in two public services attending female victims of sexual violence. Interviews with 42 women were conducted, 13 of whom had sought these services for assistance and 29 were professionals working in these services. Evaluation of the services was based on the categories: reception, access, resolvability and sanitary responsibility. RESULTS: The analysis of the interviews per category has shown that there was reception in both services, problems with respect to access due to the lack of information concerning these services, and quality resolvability with a multi-professional team. As to the sanitary responsibility, it is present in these specialized services but is deficient in the emergency services and basic health care units. Many women are unaware of the rights they are entitled to with respect to specialized services. Frequently their late arrival compromises the efficacy of care. There are deficiencies both in terms of reference and counter reference. CONCLUSIONS: The results ratify the importance of these services and the need for their decentralized expansion. Health courses should introduce the theme of sexual violence at the undergraduate level.
- ItemAcesso aberto (Open Access)A questão do direito ao aborto no sistema interamericano de proteção aos direitos humanos: estudo dos casos Manuela e Beatriz contra el Salvador.(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12) Francisco, Julia de Lucio [UNIFESP]; Osmo, Carla [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2320132942092524; http://lattes.cnpq.br/7234248360138962O presente artigo busca realizar um estudo das repostas aos Casos Manuela e Beatriz tramitados no Sistema Interamericano de Direitos Humanos contra o Estado de El Salvador, que tratam de violações de direitos humanos de mulheres salvadorenhas, no contexto de Criminalização total do aborto no país. A partir de uma perspectiva feminista, pretende-se compreender como os órgãos interamericanos de direitos humanos - Comissão (CIDH) e CorteIDH - analisaram a questão do aborto relacionado em cada caso, verificando-se, a partir dos documentos, se tratam sobre a questão do aborto como parte dos direitos reprodutivos das mulheres. Assim, este atrabalho analisa se a CIDH e a CorteIDH afirmam que a descriminalização e mesmo a legalização do aborto podem ser consideradas uma decorrência dos direitos humanos das mulheres, baseadas em tratados internacionais de direitos humanos como a Convenção Americana de Direitos Humanos (1969).
- ItemAcesso aberto (Open Access)Risco materno e preditores para a interrupção gestacional em inviabilidade fetal(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2015) Westphal, Flavia [UNIFESP]; Abrahão, Anelise Riedel [UNIFESP]; Fustinoni, Suzete Maria [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2016866886536539; http://lattes.cnpq.br/7832457453349192; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Nas últimas décadas, houve uma revolução na área de diagnósticos, possibilitando o reconhecimento cada vez mais precoce das anomalias congênitas (AC). Com o diagnóstico fetal estabelecido, é possível, para alguns casos, propor alternativas de tratamento intraútero, possibilitando uma melhora no prognóstico. Porém, para muitas AC, não há tratamento e, muitas vezes, o desfecho pode ser a morte fetal ou neonatal. No Brasil, para AC, a legislação só permite a interrupção voluntária nos casos de diagnóstico inequívoco de anencefalia. No entanto, esta não é a única patologia fetal incompatível com a sobrevida neonatal, restando ainda uma preocupação quanto à evolução das demais gestações para as quais a autorização judicial é necessária. Deve-se ressaltar que a presença de AC pode se associar a complicações gestacionais que comprometam o futuro reprodutivo da mulher. Objetivo: Conhecer o perfil de mulheres atendidas em um serviço especializado em Medicina Fetal que receberam diagnóstico fetal de inviabilidade na gestação atual; e verificar a ocorrência de complicações durante a gestação até seu desfecho e as variáveis que se associaram à opção pela interrupção gestacional. Métodos: Estudo retrospectivo, realizado no ambulatório de Medicina Fetal de um hospital universitário da cidade de São Paulo (SP) no período de 1o de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2013, com prontuários de mulheres com fetos portadores de anomalias incompatíveis com a sobrevida neonatal na gestação atual. A amostra constituiu-se de 94 prontuários. O nível de significância considerado foi 0,05. Resultados: A população foi de adultas jovens, com escolaridade compatível com o Ensino Médio completo/ incompleto, empregadas, com renda familiar entre um e três salários mínimo, solteiras, porém vivendo com o companheiro, que não faziam uso de tabaco, bebidas alcoólicas ou de drogas ilícitas. Esses dados revelaram uma população com características diferentes das consideradas de alto risco gestacional. A interrupção gestacional ocorreu em 41 (43,6%) e a manutenção em 53 (56,4%). Mulheres com doença de base, com um maior número de gestações, paridade e/ou filhos vivos, com maior idade gestacional na ocasião do diagnóstico fetal e/ou na chegada ao serviço especializado apresentaram um menor porcentual de interrupção gestacional. Já as que planejaram a gestação atual ou que gestaram fetos com anomalias do sistema nervoso central (SNC) e defeito no fechamento toracoabdominal tiveram um porcentual maior de interrupção. Houve maior porcentual de complicações durante a gestação e/ou no pós-parto/interrupção entre as mulheres que não interromperam a gestação. As variáveis que melhor explicaram a solicitação de interrupção gestacional foram: presença de fetos com malformações do SNC ou com defeito de fechamento toracoabdominal, e número de filhos vivos que as gestantes possuíam. Conclusão: Em razão de apresentarem características diferentes daquelas consideradas de alto risco gestacional, chama a atenção a possibilidade dessas mulheres não serem facilmente identificadas durante a classificação de risco gestacional, o que pode colaborar para o diagnóstico tardio de patologias fetais. A manutenção da gravidez de fetos com anomalias incompatíveis com a sobrevida neonatal aumenta o risco materno, fato que deve subsidiar discussões sobre a legalização das interrupções gestacionais nessas condições. A inclusão de outras patologias fetais letais na legislação brasileira sobre a interrupção gestacional minimizaria o risco materno e o sofrimento do casal, facilitaria a tomada de decisão sobre a interrupção e contribuiria para a assistência multiprofissional especializada nos serviços de saúde.