Navegando por Palavras-chave "Adenovírus"
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- ItemEmbargoImunização intranasal com adenovírus contendo o gene da ASP-2 de Trypanosoma cruzi(Universidade Federal de São Paulo, 2022-08-31) Wada, Liana Nanako [UNIFESP]; Vasconcelos, Jose Ronnie Carvalho de [UNIFESP]; Noronha, Isau Henrique [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1454835868106892; http://lattes.cnpq.br/2376141137368343; http://lattes.cnpq.br/9173004044048354; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário intracelular T. cruzi, que, estima-se, é responsável por cerca de 7.000 mortes anualmente. A doença é caracterizada por um curso clínico bifásico, apresentando poucos ou nenhum sintoma, podendo evoluir até a morte do hospedeiro. O conhecimento sobre a capacidade das células T CD8+ na lise das células hospedeiras infectadas pelo T. cruzi, possibilitou o desenvolvimento de vacinas que estimulam esse processo, a fim de gerar uma imunização eficaz. A vacinação genética consiste na expressão do gene do antígeno na célula do hospedeiro gerando uma resposta protetora, que, durante a infecção, com a ativação da resposta imune adaptativa, ocasiona o controle da replicação do parasito. Neste processo, os linfócitos T CD8+ são fundamentais no controle da infecção por patógenos intracelulares, como o T. cruzi. É fato consabido que a administração de vacinas por vias mucosas é eficiente em respostas imunes humorais mediadas por células, tanto em tecidos de mucosa quanto em âmbito sistêmico, mas os mecanismos acerca deste tipo de vacinação ainda permanecem em desenvolvimento. Tendo em vista a escassez de fármacos no tratamento da doença, torna-se essencial o desenvolvimento de tecnologias, como, estratégias vacinais contra o T. cruzi que sejam capazes de induzir uma resposta protetora. Considerando as múltiplas vantagens de uma vacinação intranasal, foi elaborado um protocolo de imunização adenoviral contendo o gene ASP-2 para avaliar a proteção de animais desafiados experimentalmente com o T. cruzi. Foi utilizada a linhagem A/Sn descrita como altamente suscetível à infecção para avaliar a proteção ao desafio experimental e resposta imune de células T CD8+ específicas geradas após a imunização. Até o sexagésimo dia de infecção, observamos que todos os animais imunizados via intranasal e via intramuscular com o AdASP-2 tiveram um percentual de sobrevivência completo, ao contrário dos animais que receberam o controle vacinal Adβgal, que sucumbiram à infecção no vigésimo dia. A imunização intranasal com o AdASP-2 protegeu os animais completamente, e, para a nossa surpresa, houve baixa resposta de células T CD8+ específicas em células do baço. Ergue-se, assim, a hipótese da ativação de células T CD8+ em outros compartimentos, como no linfonodo e tecidos de mucosa, ou a possível ativação de outras células presentes no sistema imunológico adaptativo, complementando a resposta contra o T. cruzi. A imunização pela inoculação intranasal foi capaz de proteger os animais do desafio experimental, diminuir a carga parasitária em diferentes tecidos e gerar anticorpos IgG e IgA. Em conjunto com esses resultados, em nossas análises, observamos um aumento no número de células secretoras de anticorpo nos grupos imunizados, indicando que células B estariam contribuindo na resposta imune após a vacinação com o AdASP-2.