Navegando por Palavras-chave "Bebidas Alcoólicas"
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- ItemSomente MetadadadosAvaliação da qualidade de vida e do estado nutricional em pacientes com Pancreatite Crônica Alcoólica.(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013) Beninca, Simone Carla [UNIFESP]; Libera Júnior, Ermelindo Della [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: A pancreatite cronica alcoolica leva a alteracoes no estado nutricional e diminuicao da qualidade de vida. Objetivos: Avaliar a qualidade de vida dos pacientes com pancreatite cronica alcoolica comparando com um Grupo Controle sem doencas relatadas. Secundariamente avaliar o estado nutricional e composicao corporal dos pacientes, bem como comparar os escores de qualidade de vida dos pacientes com e sem diabetes e ainda correlacionar fatores clinicos, sociodemograficos e nutricionais com os escores de qualidade de vida dos pacientes com pancreatite cronica. Pacientes e metodos: Estudo prospectivo, transversal, realizado no periodo de janeiro de 2011 a maio de 2012. A avaliacao da qualidade de vida foi realizada por meio do questionario Short Form-36, versao brasileira. O estado nutricional foi avaliado por meio da antropometria e da composicao corporal. Para o Grupo Controle somente foi realizado o questionario de qualidade de vida e indagou-se sobre informacoes sociodemograficas para posterior comparacao ao Grupo Caso (pacientes). Para cada variavel estudada foi aplicado o teste estatistico pertinente. Resultados: Nao houve diferenca entre os Grupos em relacao a idade, genero e dados sociodemograficos. A qualidade de vida mostrou-se diminuida nos pacientes com pancreatite cronica quando comparada ao Grupo Controle (p<0,000). Ao avaliar o estado nutricional dos pacientes por diferentes metodos foi encontrado divergencias em relacao ao diagnostico, principalmente quando estes eram desnutridos ou eutroficos. Ja quanto a composicao corporal, ha um grande numero de pacientes com porcentagem de gordura corporal acima do ideal. Quando comparados os subgrupos de pacientes com pancreatite cronica com e sem diabetes verificou-se diferenca em relacao a tempo medio em anos de doenca, presenca de doencas associadas, uso e tempo em meses de enzimas pancreaticas e presenca de diarreia naqueles com diabetes associado. Ja ao comparar os dominios de qualidade de vida dos pacientes do Grupo Caso com e sem diabetes associado, somente o quesito capacidade funcional apresentou diferenca. Quando foi aplicada a correlacao entre os fatores clinicos, sociodemograficos e nutricionais aos oito dominios de qualidade de vida encontrou-se que o tempo de tabagismo, a quantidade de etanol em gramas e o tempo de cirurgia incidiram de maneira negativa na qualidade de vida dos pacientes com pancreatite cronica alcoolica. Ja a idade avancada, as pregas cutaneas e a porcentagem de gordura corporal se correlacionaram positivamente para a qualidade de vida. Conclusao: A qualidade de vida esta diminuida nos pacientes com pancreatite cronica alcoolica, sendo que o tempo de tabagismo, a quantidade de etanol em gramas e o tempo de cirurgia influenciaram negativamente, ja a idade mais avancada, as dobras cutaneas e a porcentagem de gordura corporal apresentaram influencia positiva. E os pacientes com diabetes associado apresentaram qualidade de vida diminuida no quesito capacidade funcional. E ainda a maioria dos pacientes encontrava-se eutroficos ou com algum grau de desnutricao dependendo do metodo de avaliacao utilizado, dessa maneira, a associacao de diferentes metodos favorece um diagnostico nutricional mais fidedigno, direcionando para a conduta nutricional mais adequada
- ItemAcesso aberto (Open Access)Padrões de violência doméstica e uso de álcool entre mulheres de uma amostra comunitária domiciliar(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2014) Gebara, Carla Ferreira de Paula [UNIFESP]; Noto, Ana Regina [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Objetivo: Estudar o uso de bebidas alcoólicas e os padrões de violência doméstica entre mulheres adultas a partir de uma amostra comunitária domiciliar, assim como avaliar o impacto de uma intervenção breve (IB) na modificação do consumo de álcool. Métodos: A pesquisa foi dividida em dois estudos. O Estudo 1, de caráter transversal, foi realizado através de um levantamento domiciliar com amostragem representativa de dois bairros de diferentes perfis socioeconômicos (n=905) da cidade de Juiz de Fora. Foram coletadas informações sobre características sociodemográficas, saúde, uso de álcool (AUDIT) e outras substâncias, sintomas depressivos (CES-D) e violência doméstica entre parceiros (CTS2) e direcionada aos filhos (CTSPC). O Estudo 2 caracterizou-se como ensaio clínico randomizado, sendo realizado a partir dos casos detectados no Estudo 1. As mulheres identificadas com consumo de risco de bebidas alcoólicas (AUDIT ≥8) (n=61) foram divididas entre grupo de intervenção (n=32), que recebeu uma sessão única de IB nos próprios domicílios, e grupo controle (n=29). Após três meses, 46 participantes do Estudo 2 completaram a entrevista de seguimento (23 em cada grupo). Resultados: Com relação ao consumo de álcool, 6,1% das entrevistadas foram identificadas como usuárias de risco. Os dados considerando a mulher como agressora do parceiro nos últimos três meses que antecederam a pesquisa indicaram prevalências de 13,7% de violência física, 51,9% de agressão psicológica, 4,4% de coerção sexual e 4,5% de injúria. Já os relatos da violência recente considerando a mulher como vítima foram de: 10,8% de violência física, 48,3% de agressão psicológica, 7,8% de coerção sexual e 4,7% de injúria. No que se refere à prática de violência contra os filhos nos últimos três meses, 70,5% das mulheres relataram agressão psicológica, 51,4% admitiram o uso de punição corporal e 9,8% praticaram maus tratos físicos. Regressões logísticas indicaram associações entre o consumo de álcool com a situação conjugal e ocupação da mulher, enquanto a violência entre parceiros se mostrou associada a características como idade, escolaridade, status socioeconômico e depressão. No que diz respeito à violência contra crianças/adolescentes, menor escolaridade e status socioeconômico mais baixo destacaram-se como fatores de risco para a prática de agressão psicológica e punição corporal, enquanto o consumo de álcool e depressão nas mães mostraram-se associados aos maus tratos praticados contra os filhos. A partir dos dados do ensaio clínico, observou-se uma diminuição significativa no consumo de álcool do grupo de intervenção, considerando a avaliação inicial e o seguimento. Porém, não foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos, pois as mulheres do grupo controle também reduziram o seu consumo de forma significativa. Conclusões: O consumo de álcool e a violência doméstica se apresentam como fenômenos de alta frequência (e com alguns pontos de interseção) no contexto pesquisado, apontando para a necessidade de intervenções mais ampliadas. A abordagem domiciliar se mostrou viável para a triagem e realização da IB, indicando o seu potencial como ferramenta estratégica de detecção, intervenção e/ou encaminhamento nos casos de uso de risco de álcool e violência doméstica, dois dos mais relevantes temas de saúde pública da atualidade.