Navegando por Palavras-chave "Care takers"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Adaptação transcultural e validação do Caring Ability Inventory(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2014-12-17) Rosanelli, Cleci Lourdes Schmidt Piovesan [UNIFESP]; Gutierrez, Maria Gaby Rivero de [UNIFESP]; Magnago, Tânia Solange Bosi de Souza; http://lattes.cnpq.br/3081145376769567; http://lattes.cnpq.br/4595643076722509; http://lattes.cnpq.br/1024793617932808; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A obtenção de dados por meio da avaliação da habilidade de cuidado do cuidador é uma condição básica para promover a qualidade de cuidado dispensado ao indivíduo em situação de cronicidade. Objetivos: realizar a adaptação transcultural do Caring Ability Inventory (CAI) para utilização no contexto de assistência oncológica do Brasil; verificar a validade e confiabilidade do CAI adaptado ao português do Brasil, com cuidadores informais de pacientes com diagnóstico de câncer cuidados no domicílio e enfermeiros de instituições credenciadas para o atendimento desses pacientes; identificar as características sociodemográficas dos cuidadores informais e dos enfermeiros. Material e método: estudo metodológico desenvolvido entre dezembro de 2012 a abril de 2013, após autorização do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo/SP-Brasil (CAE nº 115.973). Na etapa de adaptação transcultural do instrumento CAI, composto por 37 questões com opções de resposta variando de ?discordo fortemente? a ?concordo fortemente?, participaram quatro tradutores e um comitê de especialistas. Após a síntese da tradução e retrotradução do instrumento e da sua avaliação quanto à equivalência semântica, idiomática e conceitual entre a versão original e a adaptada ao português do Brasil, o comitê de especialistas o enviou a sua mentora a fim de aprovação. A seguir foi realizado o pré-teste da versão final adaptada, com uma amostra de 80 sujeitos (50 CIs e 30 enfermeiros) de um hospital de grande porte que é referência para o atendimento de pacientes em tratamento oncológico, situado na região Sul do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Para análise das propriedades psicométricas do instrumento foi calculada uma amostra de 212 sujeitos (148 CIs e 64 enfermeiros) e procedeu-se da seguinte maneira: análise de reprodutibilidade do instrumento, por meio do teste-reteste junto aos 80 participantes do pré-teste, utilizando o Coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC), e análise da consistência interna com os 212 participantes, utilizando o Coeficiente de Alfa de Cronbach e análise fatorial. Resultados: na adaptação transcultural do CAI ao português do Brasil, houve 100% de concordância entre as especialistas em 32 (86,5%) questões e, nas cinco restantes (13,5%) foram feitas sugestões posteriormente incorporadas à versão final do instrumento, dando origem ao Inventário de Habilidade de Cuidado (IHC), que manteve as 37 afirmativas, a ordem, o conteúdo e a escala de classificação das mesmas, conforme proposição da autora. Após o pré-teste, alterou-se a escala de resposta das afirmativas, de sete para cinco pontos. O perfil sociodemográfico dos cuidadores informais caracterizou-se pelo predomínio do sexo feminino (75%), com idade entre 31 e 60 anos (27%), com ensino fundamental (42,6%), classificação ABEP-C1 (31,8%), casados/união estável (81,7%), e que desenvolvem atividades remuneradas (40,5%). No que se refere às características do cuidado prestado, 68,9% deles residem com o paciente, 80,7% envolvem-se no cuidado diuturnamente, 43,9% são cônjuges, 64,9% prestam o cuidado entre um e cinco anos, 61,5% necessitam do auxílio de terceiros, 93,5% são auxiliados pelos familiares, 93,5% diariamente, 65,2% em consultas, 64,1% no auxílio para alimentação e 60,9% necessitam de auxílio para deslocamento de carro. Em relação aos enfermeiros também predominou o sexo feminino (85,9%), na faixa entre os 21 e 30 anos (53,2%), casadas (64,0%), ABEP-B1, com tempo de trabalho como enfermeiras entre um e cinco anos (51,6%), no período da manhã ou tarde (58,7%). Na avaliação da confiabilidade analisou-se a estabilidade do instrumento e de suas subescalas, por meio do coeficiente de correlação intraclasse, cujo resultado geral foi de 0,76, indicando excelente reprodutibilidade. Também foi analisada a consistência interna, verificada por meio do coeficiente de Alfa de Cronbach, com um nível de significância de 0,05. O valor obtido (0,78) é indicativo de boa consistência interna. Para analisar a validade do instrumento, utilizou-se a análise fatorial, cujo resultado evidenciou que alguns dos 37 itens do Inventário Adaptado não mantiveram os agrupamentos e o número de afirmativas, conforme distribuídas nas três dimensões do instrumento original. Porém, as cargas fatoriais, que se mantiveram agrupadas mostram a existência de correlação entre as dimensões do instrumento e os itens correspondentes. Conclusão: a versão do Inventário de Habilidade de Cuidado, produzida a partir da adaptação transcultural do Caring Ability Inventory, mostrou-se confiável e válido. Entende-se, no entanto, que são necessárias novas pesquisas junto a outros grupos da população brasileira com vistas a estudar uma possível distribuição fatorial diferente, nas três dimensões que constituem esse instrumento.