Navegando por Palavras-chave "Coastal areas"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Áreas marinhas protegidas da América Latina sob ameaça de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2019) Nunes, Beatriz Zachello [UNIFESP]; Castro, Ítalo Braga [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0426330018731301; http://lattes.cnpq.br/1320722918131437; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A criação e ampliação do sistema global de Unidades de Conservação (UCs) são ferramentas implementadas mundialmentevisando reduzir a perda de biodiversidade. De fato, essa estratégia corresponde a Meta 11 de Aichii, estabelecida durante a 10ª Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-10), que determina que, até 2020 pelo menos 10% das áreas marinhas e costeiras tenham sido conservadas por meio da criação de UCs. Embora a contaminação e a poluição figurem entre as principais ameaças contemporâneas à biodiversidade, poucos estudos tem se dedicado a avaliar seus impactos dentro de áreas marinhas protegidas (AMPs). A presente proposta avaliou, com base em um estudo metanalítico a partir de dados disponíveis na literatura, se as áreas marinhas protegidas do litoral sul-americano encontram-se ameaçadas pela contaminação por HPAs. De acordo com os resultados, 1216 registros foram reportados nas zonas costeiras de 9 países. Destes, 341 abrangeram 36 Áreas Marinhas Protegidas (AMP) localizadas nos territórios da Argentina, Brasil, Colômbia, México, Nicarágua e Uruguai. Entre as unidades de conservação afetadas foram reportadas AMPs classificadas em diferentes categorias segundo a IUCN, além de zonas objeto de diplomações especiais como Reservas de Biosfera da UNESCO e sítios de Ramsar. A quantificação dos impactos utilizando diferentes ferramentas mostrou um pequeno número de AMPs com impacto moderado (SQGq = 13 AMPs, ERL/ERM = 0 AMPs, OSPAR = 5 AMPs). Por outro lado, a grande maioria das áreas afetadas apresentou impactos baixo (SQGq = 25 AMPs, ERL/ERM = 29 AMPs, OSPAR = 5 AMPs) ou inexistente (SQGq = 17 AMPs, ERL/ERM = 6 AMPs, OSPAR = 28 AMPs). Fontes mistas (petrogênicas e piroliticas) foram as principais origens de contaminação nas AMPs analisadas, sendo atribuídas principalmente a proximidade de empreendimentos portuários, industriais ou grandes adensamentos urbanos. Considerando a existência de mais de 255 mil áras protegidas no mundo, a realização de monitoramentos visando avaliar a grande diversidade de contaminantes que potencialmente podem afetar seus objetivos de conservação não é tarefa fácil. Nesse aspecto, a abordagem adotada no presente estudo demonstrou ser uma ferramenta valiosa e útil para analisar de forma abrangente impactos químicos em AMPs do mundo, visto que as áreas sujeitas a maior vulnerabilidade foram identificadas. Sendo assim, é fortemente sugerido o uso dessa ferramenta para avaliar impactos de outros contaminantes capazes de ameaçar AMPs. Tal sugestão é ainda mais pertinente, assumindo que misturas de diferentes contaminantes podem estar presentes nessas zonas mesmo não sendo previstas em nenhuma legislação, e podendo ser um problema oculto e ainda não mensurado