Navegando por Palavras-chave "Colicin"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Pesquisa de colicinas em Escherichia coli produtora de toxina shiga(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2017-12-21) Marcondes, Caio Antonio Righetti [UNIFESP]; Guth, Beatriz Ernestina Cabilio [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5661607777623571; http://lattes.cnpq.br/1466190513866008; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Objetivo: Pesquisar a produção de colicinas por cepas de Escherichia coli produtora de toxina Shiga (STEC) de diferentes sorotipos, isoladas de infecções em humanos, do reservatório animal e do ambiente, buscando analisar sua importância como fator de virulência. Métodos: Um total de 251 cepas STEC, isoladas de diferentes origens, como humana (n=46), animal (n=195) e água (n=10) foram estudadas. Foram utilizados ensaios de expressão de colicinas e indução da expressão nas cepas negativas com Mitomicina C (MMC). A pesquisa das sequências genéticas para colicinas foi realizada utilizando primers para col Ia/Ib, col Ia, col Ib, col E2 e col V. As cepas que tiveram seus genes col identificados, foram testadas em ensaios de disco-difusão, para avaliação da sensibilidade a antimicrobianos. Resultados: A expressão de colicinas foi identificada em 62% das cepas STEC. Alta frequência de expressão de colicinas foi identificada nas cepas STEC de origem humana (91%), isoladas de água (100%) e variou de 48% a 100% de acordo com a espécie animal. A indução da expressão de colicinas foi observada em apenas cinco cepas do sorotipo O157:H7. A produção de colicinas foi identificada em uma grande diversidade de sorotipos, porém dentre as cepas deorigem humana os mais freqüentes foram O111:H8 (29%), O26:H11 (19%) O111:H- (19%); enquanto entre os bovinos prevaleceram os sorotipos O178:H19 (13%), O111:H8 (11%) e O116:H21 (9%) e dentre os caprinos, O5:H- e O174:H8. Dentre as cepas STEC colicinogênicas 49% carreavam alguma das sequências genéticas pesquisadas, sendo o gene col Ib o mais prevalente (59%) seguido de col Ia/Ib (19%) e col E2 (16%). A ocorrência de mais de um gene para colicina foi observada em cinco cepas STEC de origem humana e animal. A maioria (91%) das cepas STEC que apresentaram um dos genes col foi sensível aos antimicrobianos pesquisados. A análise da correlação entre o genótipo stx e a presença do gene col demonstrou que os genótipos stx2 e stx1stx2 foram os mais frequentes sendo observados em 45% e 41% das cepas, respectivamente. Conclusão: Uma alta freqüência na expressão de colicinas foi, pela primeira vez, identificada em cepas STEC de origem humana, de espécies animais e do ambiente no Brasil. Apesar da diversidade de sorotipos identificados entre as cepas colicinogênicas, a frequência de colicinas em sorotipos STEC responsáveis por causar severas infecções humanas poderia indicar a sua participação como fator de virulência. Além disso, a alta ocorrência de colicinas em cepas STEC isoladas de diferentes espécies animais e do ambiente sugere o seu envolvimento como mecanismo de persistência nestes reservatórios.