Navegando por Palavras-chave "Distúrbio metabólico"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeito da combinação enantato de estradiol e algestona acetofenida sobre os parâmetros de função renal de ratos(Universidade Federal de São Paulo, 2021-12-16) Silva, Juliana Veloso Gusmão UNIFESP]; Gomes, Guiomar Nascimento [UNIFESP]; Silva, Magnus Régios Dias da [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2598816440086436; http://lattes.cnpq.br/4388413223109833; http://lattes.cnpq.br/0333520759675786As formulações contendo estrogênio e progestina têm sido amplamente utilizadas no auxílio de modificações corporais durante a transição do gênero masculino para o feminino no Brasil e no mundo. Grande parte do uso destes hormônios ocorre por automedicação e poucos estudos avaliam as repercussões destas formulações sobre os diversos sistemas do organismo. Objetivo: avaliar os efeitos da administração crônica da combinação de estrogênio e progestina em ratos sobre a pressão arterial e parâmetros de função renal. Métodos: ratos Wistar machos, com dois meses de idade, obtidos do CEDEME-UNIFESP, foram alojados em gaiolas ventiladas, em sala com temperatura fixa (22° C) e ciclo de luz (alternando o ciclo a cada 12h, iniciando o período de iluminação às 7h), e tiveram acesso livre a ração (para roedores - Purina) e água durante todo o protocolo experimental. Os animais foram inicialmente submetidos à orquiectomia (OQX) ou a cirurgia simulada (Sham) e a seguir foram distribuídos em quatro grupos experimentais: S+G - Sham tratado com veículo (óleo de gergelim), S+H - Sham tratado com a combinação de hormônios: algestona acetofenida e enantato de estradiol (AAEE), O+G - OQX tratado com veículo, O+H - OQX tratado com AAEE. Tanto o óleo de gergelim como o AAEE foram administrados i.m., a cada 10 dias durante 5 meses. Após o tratamento, amostras de urina foram coletadas em gaiolas metabólicas a o sangue foi colhido por punção da artéria aorta abdominal. Parâmetros avaliados: pressão arterial (PA), peso corporal (PC), comprimento nasoanal (CNA), ingestão de ração (IR) e hídrica (IH), perfil lipídico (triglicerídeos, LDL, HDL), perfil ácido básico (valores sanguíneos de pH, pCO2 e bicarbonato), concentrações plasmáticas de ureia (URpl) e creatinina (Crpl), volume urinário (V24h), excreção de sódio (UNa+), potássio (UK+), amônio, acidez titulável (AT), e proteinúria. Os resultados estão expressos como média ± ep. A análise estatística foi feita com ANOVA seguida de teste de Tukey. O nível de significância foi estabelecido em 5% (p ≤ 0,05). Estudo aprovado pelo CEUA/UNIFESP nº 0573101218. Resultados: Verificamos que o tratamento hormonal reduziu significativamente o peso corporal [S+G: 462,8 ± 24,4; S+H: 324,5 ± 31,1*; O+G: 423,4 ± 78,01; O+H: 291,7 ± 41,3* (g)] e o comprimento nasoanal [S+G: 27,5 ± 0,7; S+H: 24,5 ± 0,4*; O+G: 27,7 ± 0,7; O+H: 24,6 ± 1,0* (cm)], sem alterar os valores de pressão arterial [S+G: 126 ± 6,5; S+H: 129 ± 7,6; O+G: 123 ± 4,0; O+H: 131 ±4,2 (mmHg)]. Os valores de concentração plasmática de ureia [S+G: 40,4 ± 9,6; S+H: 55,0 ± 4,8*; O+G: 42,1 ± 6,7; O+H: 42,5 ± 8,8$ (mg/dL)] e creatinina [S+G: 0,35±0,05; S+H: 0,47±0,05*; O+G: 0,38±0,04; O+H: 0,46±0,04* (mg/dL)] foram alterados pelo tratamento sem no entanto alterar o clearance de creatinina [S+G: 6,2 ± 1,2; S+H: 5,8 ± 1,1; O+G: 5,3 ± 0,7; O+H: 5,5 ± 1,4 (ml/min/kg)]. Houve aumento significativo da carga excretada de sódio [S+G: 1,7 ± 0,5; S+H: 3,1 ± 0,8*; O+G: 1,6 ± 0,4; O+H: 3,3 ± 0,4* (µEq/min/kg)], potássio [S+G: 0,53 ± 0,15; S+H: 0,91 ± 0,22*; O+G: 0,51 ± 0,09; O+H: 0,94 ± 0,22* (µEq/min/kg)] e do volume urinário [S+G: 10,9 ± 2,1; S+H: 15,5 ± 2,1*; O+G: 10,4 ±2,3; O+H: 16,4 ± 2,9* (ml/24h)]. Não foram observadas alterações no perfil lipídico e nos valores sanguíneos de pH, pCO2 e bicarbonato. Conclusões: A terapia hormonal cruzada em ratos Wistar machos alterou significativamente as características físicas do animal em consequência da redução do ritmo de crescimento, repercutindo no peso corporal e o comprimento nasoanal. O tratamento com AAEE também aumentou o volume urinário e a excreção de sódio e potássio, provavelmente pelas adaptações renais, e sem repercussão sobre a pressão arterial. O aumento das concentrações plasmáticas de ureia e creatinina pode indicar o início de uma disfunção renal, porém mais avaliações em longo prazo são necessárias para a compreensão das repercussões deste tratamento hormonal sobre a função renal.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeitos da sobrecarga de frutose pós-natal sobre os parâmetros funcionais dos rins(Universidade Federal de São Paulo, 2021-12-16) Monteiro, Letícia Maria; Gomes, Guiomar Nascimento [UNIFESP]; Lichtenecker, Débora Conte Kimura [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9515319718254095; http://lattes.cnpq.br/4388413223109833; http://lattes.cnpq.br/5455055222134355Nos últimos anos, estudos foram realizados visando compreender como as alterações nutricionais podem influenciar a função renal em longo prazo. Os primeiros trabalhos evidenciaram a importância da nutrição materna antes e durante a gravidez e lactação. A nutrição pós-natal precoce também tem se demonstrado ter papel importante, sendo que no processo de transição nutricional, a alimentação pouco saudável tem aumentado acentuadamente em virtude do emprego de alimentos industrializados adoçados e ricos em frutose. O aumento da oferta desses produtos durante a primeira infância pode causar alterações funcionais, predispondo o aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis. Além disso, existem evidências de que muitas doenças podem se manifestar de maneira distinta em função do gênero. Objetivos: Avaliar os efeitos da dieta com sobrecarga de frutose introduzida após o desmame, sobre os aspectos funcionais dos rins da prole de ambos os sexos, em idade adulta. Métodos: Ratos Wistar de ambos os sexos, com 21 dias de idade foram obtidos do Centro de Desenvolvimento de Modelos Experimentais (CEDEME); 50% dos animais foram designados a beber água (A) e 50%, a outra metade, a beber D-frutose 20% (F), formando os grupos: Macho/água (M-A), Macho/frutose (M-F), Fêmea/água (F-A) e Fêmea/frutose (F-F). Aos 4 meses coletou-se as amostras de urina (em gaiolas metabólicas por 24h) e avaliou-se: ingestão de ração (IR) e hídrica (IH), concentrações plasmáticas de ureia (Upl) e creatinina (Crpl), ritmo de filtração glomerular (RFG, clearance de Cr), volume urinário (V24h), proteinúria (Uprot), excreção de sódio (UNa+), potássio (UK+), acidez titulável (UAT), perfil lipídico (colesterol total e triglicerídeos – TG) e glicemia de jejum (Gli). CEUA/UNIFESP: 2757270117. Resultados apresentados como média ± erro padrão; p≤0,05 teste t. Resultados: A frutose causou nos dois gêneros: aumento da IH [IH (mL/24h): M-A: 26,6±2,4; M-F: 42,4±4,9*; F-A: 26,8±1,2; F-F: 37,3±3,4*]; da Gli [Gli (mg/dL): M-A: 71,7±2,2; M-F: 109,5±5,4*; F-A: 84,0±2,5; F-F: 115,8±4,2*] de triglicérides [TG (mg/dL): M-A: 68,0±10,7; M-F: 115,0±9,8*; F-A: 44,5±4,8; F-F: 95,3±16,0*]; queda na Upl [Upl(mg/dL): M-A: 45,5±2,2; M-F: 30,8±2,7*; F-A: 42,4±2,2; F-F: 28,3±1,3*], na UNa+ [UNa+(mEq/24h): M-A: 3,2±0,2; M-F: 2,2±0,3*; F-A: 4,6±0,3; F-F: 2,6±0,2*], UK+ [Uk+(mEq/24h): M-A: 8,4±0,6; M-F: 5,1±0,7*; F-A: 12,1±0,7; F-F: 6,7±0,6*] e aumento de AT apenas em F-F [UAT (μEq/min/kg): M-A: 0,28±0,13; M-F: 0,50±0,05; F-A: 0,22±0,03; F-F: 0,92±0,16*]. Apenas em M-F houve redução do RFG [RFG (mL/min/kg): M-A: 8,9±1,2; M-F: 6,0±0,7*; F-A: 7,5±0,7; F-F: 6,6±0,5] e aumento da pressão arterial [M/A: 123±2,0; M/F: 130±2,0*; F/A: 123±2,4; F/F: 127±2,3 mmHg]. Conclusões: A introdução da sobrecarga de frutose após o desmame causou alterações metabólicas semelhantes em ambos os sexos, porém as alterações renais nos machos foram mais acentuadas e podem ser associadas à elevação da pressão arterial observada neste grupo.