Navegando por Palavras-chave "Educação antirracista"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)A formação continuada de professores para a educação das relações étnico raciais e o prêmio Akoni de promoção da igualdade racial no município de Guarulhos: uma experiência(Universidade Federal de São Paulo, 2023-02-16) Silva, Patricia Cruz da; Silvestre, Magali Aparecida; http://lattes.cnpq.br/4428320866575246; https://lattes.cnpq.br/4348424384291000A presente pesquisa visa investigar os resultados das formações continuadas oferecidas aos educadores pela Secretaria Municipal de Educação de Guarulhos no que diz respeito às relações étnico-raciais no âmbito da Lei 10639/03 e demais legislações que versam sobre a temática, destacando a participação no Prêmio Akoni de Promoção da Igualdade Racial. Inicialmente discutiremos a história do município de Guarulhos utilizando como referência Santos (2006), Toledo (2011), Silva Júnior (2016) e Oliveira e Ferreira (2013). Também discutiremos o desenvolvimento das escolas no município bem como o percurso traçado pelos negros no campo da educação baseado em trabalhos de Ribeiro (1992), Nagle (1974), Bencostta (2005), Duarte (2000), Almeida e Sanchez (2016) dentre outros. Para tecer a discussão a respeito da formação continuada de professores contaremos com as contribuições de Freire (2001 e 2019), Silvestre (2011), Imbernón (2010), Contreras (1999), além de outros pesquisadores do campo. Com relação especificamente a Guarulhos no que diz respeito à Lei 10639/03 bem como ao Prêmio Akoni nos basearemos em publicações oficiais do município (2010, 2013 e 2016). Para coletar as informações necessárias para atingir o objetivo da pesquisa foram utilizadas entrevistas semi-estruturadas com duas professoras egressas de qualquer uma das edições do Prêmio Akoni. Estas educadoras foram ouvidas com relação a sua participação na premiação e sobre como, tanto as formações quanto a premiação, impactaram em sua prática pedagógica. Também ouvimos uma das integrantes do Grupo de Trabalho de Promoção da Igualdade Racial (GTPIR) para melhor compreender o contexto de criação e desenvolvimento da premiação. Por meio das respostas das professoras e da gestora concluímos que houve mudanças nas práticas a partir da participação na premiação, bem como da percepção do racismo, mas ficaram indagações sobre se o Prêmio foi capaz de prover os egressos de reflexões sobre a questão racial no Brasil ou se só instrumentalizou os participantes de práticas pedagógicas com influência afro-brasileiras como jogos e músicas.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Práticas pedagógicas antirracistas: vida e obra de Carolina Maria de Jesus como conteúdo curricular na aplicação da lei 10.639/03(Universidade Federal de São Paulo, 2023-06-23) Jesus, Michael Dias de [UNIFESP]; Pinto, Umberto de Andrade [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2255702986791645; http://lattes.cnpq.br/1536569210879525Este trabalho tem o objetivo de analisar como a vida e obra da escritora Carolina Maria de Jesus fornecem subsídios para práticas pedagógicas a partir da Lei 10.639/03 nas escolas públicas. Dito isso, é notório que a legislação foi responsável por mudanças profícuas acerca das relações étnico-raciais. Conseguinte, a educação antirracista foi ganhando espaço e novos métodos, possibilitando a valorização das construções negras em nosso país, bem como, orientando para o combate sistêmico do racismo e o fortalecimento da identidade negra dos(as) estudantes. A hipótese da pesquisa é que Carolina Maria de Jesus e o conjunto das suas obras estão contribuindo para uma educação antirracista nas escolas públicas, porém, não havia pesquisas que constatassem esse feito. A pesquisa tem caráter qualitativo, e, para a comprovação da hipótese os procedimentos metodológicos foram: revisão de bibliografia, estudo teórico e pesquisa empírica com análises espelhadas em Bardin (2016). A pesquisa ouviu seis professores(as) da Educação Básica pública que atuam na perspectiva antirracista e, consequentemente, utilizam a vida e obra da intelectual. Assim, diagnosticamos que: 1) A Lei 10.639/03 tem sido relevante para práticas pedagógicas nas escolas públicas; 2) Carolina Maria de Jesus tem uma forte identidade com os(as) professores(as) e os(as) estudantes das escolas públicas; 3) A vida e obra da autora dialogam diretamente com os propósitos da Lei 10.639/03; 4) Carolina Maria de Jesus e seus manuscritos fornecem um vasto campo para estratégias de combate ao racismo nas escolas públicas; 5) A intelectual oferece ferramentas para trabalhar as questões corpóreas negras no campo da identidade; 6) A vida e oba de Carolina Maria de Jesus contribuem para práticas pedagógicas antirracistas. Também foi possível diagnosticar que a vida e as obras da autora ainda não são exploradas de maneira plena, fazendo com que muitas práticas se voltem apenas para seu livro Quarto de Despejo, o que não condiz com a herança literária e cultural deixada por ela, visto que, há outras obras publicadas em diversos gêneros, um disco musical e trechos de um documentário disponíveis na internet. Destarte, a pesquisa aponta que a vida e obra de Carolina Maria de Jesus continuem sendo utilizadas em acordo com a Lei 10.639/03, pois possibilita o seguimento de práticas pedagógicas antirracistas nas escolas públicas, visando uma sociedade plural, combatente das desigualdades, que valore a identidade negra dos(as) estudantes e reconheça a produção intelectual de uma mulher negra.