Navegando por Palavras-chave "Energetic homeostasis"
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeitos de um programa interdisciplinar para o tratamento da obesidade sobre os níveis de atividade física(Universidade Federal de São Paulo, 2021-10-05) Villani, Mariana Clara [UNIFESP]; Oliveira, Camila Aparecida Machado de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4886067148875464; http://lattes.cnpq.br/1937529150396143; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Baixos níveis de atividade física são associados com obesidade. Além disso, a inatividade física por si só é fator de risco para um grande número de doenças crônico-degenerativas e mortalidade precoce. Atualmente, contudo, o foco contínuo das pesquisas em atividade física moderada e vigorosa no contexto da saúde tem sido questionado. As atividades físicas do dia a dia, de intensidade leve, chamadas de atividade física espontânea (AFE), contribuem substancialmente para o gasto energético diário total e redução de comportamentos sedentários. Nosso objetivo nesse estudo é avaliar, em indivíduos adultos obesos, os efeitos de um programa interdisciplinar para tratamento da obesidade sobre a atividade física total e separada por intensidade (leve, moderada e vigorosa), e se mudanças na atividade física repercutem no sucesso do programa, com base em avaliações antropométricas e bioquímicas. Parâmetros antropométricos, bioquímicos e de atividade física (por acelerometria) foram determinados. A terapia interdisciplinar mostrou benefícios para vários parâmetros relacionados à saúde, incluindo diminuição da gordura corporal, triglicerídeos séricos, leptina, proteína C reativa e aumento da massa livre de gordura, aptidão cardiorrespiratória e HDL-colesterol. O tempo gasto em atividade física de qualquer intensidade ou sedentarismo bem como o peso corporal não se alteraram ao final da terapia. No entanto, as mudanças na atividade física se correlacionaram favoravelmente com as mudanças nas variáveis estudadas (atividade física de intensidade leve x massa magra r = 0,58; atividade física de intensidade moderada x glicemia de jejum r = -0,57; passos por dia x glicemia de jejum r = -0,57 e x HDL-colesterol r = 0,56; tempo sedentário x circunferência da cintura r = 0,70). Em conclusão, a terapia interdisciplinar promoveu diversos benefícios à saúde, mas não aumentou os níveis médios de atividade física e não reduziu o peso corporal. No entanto, a análise de correlação indicou que mudanças na atividade física de intensidade baixa a moderada e no tempo sedentário foram associadas a resultados positivos em mulheres obesas.
- ItemRestritoRedução compensatória da atividade física espontânea e expressão hipotalâmica de orexina em camundongos: efeitos do exercício físico e idade(Universidade Federal de São Paulo, 2022-12-01) Quintanilha, Ana Carolina Silvares [UNIFESP]; Oliveira, Camila Aparecida Machado de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4886067148875464; http://lattes.cnpq.br/0883669993598915; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A perturbação da homeostase energética por meio do exercício físico (EF) pode desencadear um mecanismo de compensação que diminui a atividade física espontânea (AFE), reduzindo assim a efetividade de estratégias que se utilizam do EF para aumento do gasto energético diário ou para reduzir os danos oriundos do comportamento sedentário. O mecanismo pelo qual o sistema nervoso central (SNC) monitora o exercício e o gasto energético associado a ele não é plenamente conhecido. A orexina é um neuropeptídeo diretamente envolvido com a homeostase energética, atuando em diversos núcleos encefálicos no controle da alimentação e do gasto energético, estando também intimamente ligada à AFE. A fim de verificar os efeitos da manipulação de intensidade, volume e treinamento sobre a compensação da AFE em resposta ao exercício físico, camundongos C57bl/6 realizaram exercício agudo em esteira nas intensidades de 25, 50 e 75% da capacidade máxima individualizada, a volumes de 20, 30 e 40 minutos. Parte desses animais também realizou treinamento contínuo de 8 semanas. Os camundongos tiveram sua AFE monitorada antes e depois das sessões agudas. Além disso, analisamos a expressão de orexina no hipotálamo lateral desses animais para verificar seu possível envolvimento na redução compensatória da AFE pós-exercício. Nossos resultados indicam que a compensação não segue um padrão dose-resposta face à manipulação de parâmetros do exercício físico em intensidade ou volume. O treinamento também não foi capaz de reduzir a compensação na AFE pós-exercício tanto em animais jovens, quanto de meia-idade. Embora diretamente ligada aos processos de AFE, não foi possível associar a expressão hipotalâmica lateral de orexina com os níveis de compensação devido a uma grande variação intra e intergrupo, indicando que serão necessários mais estudos sobre orexina na área do exercício físico. Por fim, nossos resultados sugerem que um exercício de maior duração e intensidade moderada seja mais eficaz para obtenção de um balanço energético negativo, uma vez que a compensação da AFE foi semelhante a que ocorreu após um exercício de curta duração.