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- ItemAcesso aberto (Open Access)Opiniões e perfis dos pediatras brasileiros, instrutores de reanimação neonatal, a respeito das práticas de reanimação em sala de parto em prematuros extremos(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2015-03-07) Ambrosio, Cristiane Ribeiro [UNIFESP]; Guinsburg, Ruth [UNIFESP]; Almeida, Maria Fernanda Branco de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7346149704101984; http://lattes.cnpq.br/6286661930160341; http://lattes.cnpq.br/7228536833322444; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Objetivo: Descrever as opiniões e os perfis dos pediatras que ensinam reanimação no Brasil no que concerne às práticas de aconselhamento antenatal, às questões éticas, e aos fatores determinantes da aplicação de ventilação com pressão positiva e de procedimentos de reanimação avançada em sala de parto de recém-nascidos (RN) com idade gestacional (IG) entre 23 e 26 semanas. Método: Estudo transversal com questionário eletrônico validado internacionalmente (Dez/11-Set/13) enviado aos instrutores do Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria sobre práticas de aconselhamento parental, os limites e as considerações médicas para reanimação de um prematuro extremo. Aplicaram-se técnicas estatísticas descritivas para conhecer a opinião dos entrevistados. Além disso, avaliou-se a IG em que o entrevistado dizia realizar qualquer forma de ventilação com pressão positiva e manobras de reanimação avançada em sala de parto e aplicou-se a Análise de Classes Latentes para verificar os perfis mais conservadores ou proativos dos entrevistados quanto à reanimação de prematuros extremos, seguida de regressão logística para verificar os fatores associados à pertencer a uma das classes obtidas. Resultados: Dos 699 instrutores, 560 (82%) consentiram em participar. Apenas 5-13% relataram ter oportunidade de aconselhamento antenatal dos pais: 122 (22%) referiram discutir com a família sobre a possibilidade de não reanimar na sala de parto; 354 (63%) sobre a possibilidade de morte na sala de parto e 498 (89%) sobre a possibilidade de morte na UTI. Em relação a iniciar ou não a reanimação em sala de parto, identificaram-se duas classes latentes: "Pró-Reanimação" (instrutores com alta probabilidade de realizar a ventilação em RN com IG 23-26 semanas) e "Pró-Limitação" (alta probabilidade de iniciar a ventilação apenas com 25 e 26 semanas de IG). No modelo multivariado, comparados aos da classe "Pró-Limitação", os pediatras da classe "Pró-Reanimação" mostraram maior chance de serem especialistas em neonatologia e menor chance de usar como critérios a probabilidade de morte do bebê e considerações morais/religiosas. Já em relação avançada, identificaram-se três classes de pediatras: "Pró-Reanimação" (instrutores com alta probabilidade de realizarem reanimação avançada em RN com IG 23-26 semanas), "Intermediária" (probabilidade nula de realizar reanimação avançada com 23 semanas, intermediária com 24 semanas e alta probabilidade com 25-26 semanas) e "Pró-Limitação" (probabilidade nula de fazer reanimação avançada com 23-25 semanas e intermediária com 26 semanas). No modelo multivariado, a idade dos instrutores, o tempo de prática de neonatologia, a importância da religião, o peso de nascimento, a probabilidade de morte e a qualidade de vida futura do neonato se associaram à classe à qual pertencem. Conclusão: A conduta quanto à reanimação de prematuros extremos é permeada por ambivalências e contradições. É possível distinguir diferentes grupos de pediatras com opiniões distintas sobre o início da reanimação e sobre a aplicação de procedimentos de reanimação avançada em prematuros extremos. Observa-se que, mais do que a opinião dos pais, questões subjetivas influenciaram diretamente a tomada de decisões na reanimação neonatal.