Navegando por Palavras-chave "Fertilizantes"
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- ItemEmbargoCapacidade de adsorção e dessorção de íons potássio e amônio provenientes da vinhaça pela zeólita natural(Universidade Federal de São Paulo, 2023-01-06) Kuriki, Fernanda Kaori [UNIFESP]; Shinzato, Mirian Chieko [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3795345587829203; http://lattes.cnpq.br/9690946200051766O efluente da indústria sucroalcooleira, mais conhecido como vinhaça ou vinhoto, tem sido aplicado diretamente no solo agrícola como um fertilizante, podendo causar a contaminação do solo e água subterrânea devido, por exemplo, à sua elevada concentração em matéria orgânica. Além de matéria orgânica, esse efluente contém elevados teores de potássio, nitrogênio e fósforo, que são elementos essenciais para o crescimento e desenvolvimento das plantas. Assim, o presente projeto teve como objetivo testar minerais com elevada capacidade de troca catiônica, como as zeólitas, para retirar os nutrientes presentes na vinhaça para serem utilizados como fertilizantes de liberação lenta. Foram realizados testes experimentais para avaliar a capacidade de retenção de potássio (K+) e amônio (NH4+) por uma amostra de concentrado de zeólitas, primeiro com soluções sintéticas e depois com a vinhaça. As análises químicas e mineralógicas revelaram que o material zeolítico é composto por duas zeólitas (72% de clinoptilolita e 16% de mordenita), além de muscovita (12%). A vinhaça apresenta altos teores de matéria orgânica (8.690 mg L-1), potássio (2.600 mg L-1), cálcio (1.310 mg L-1) e nitrogênio total (900 mg L-1). Foram realizados testes em batelada para analisar os efeitos do tempo e da concentração de amônio e potássio na eficiência de adsorção do material zeolítico. Os resultados revelaram que a eficiência de adsorção de K+ pela zeólita é um pouco maior que de NH4+. Os testes de adsorção com a vinhaça revelaram uma alta afinidade do mineral pelo potássio (devido ao elevado teor desse íon no efluente da vinhaça) – esse elemento, na forma de K2O, aumentou de 1,74% para 4,09% na composição da zeólita após contato com a vinhaça. O teste de dessorção de NH4+ e K+, retidos pelo material zeolítico, realizado em meios aquoso e ácido (para simular as condições do solo tropical) revelou que a zeólita libera os íons adsorvidos de forma lenta em ambas as condições. Em meio aquoso houve uma liberação de cerca de 1% de NH4+ e 0,6% de K+, e em meio ácido de 13% de NH4+ e 22% de K+. Este trabalho revela que as zeólitas podem ser utilizadas como alternativa ao tratamento de efluentes industriais contendo nutrientes (como a vinhaça) e seu uso posterior como fertilizantes de liberação lenta.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Produção de amônia verde no Brasil: uma análise de viabilidade financeira(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-11) Tangirino, Luiza Machado [UNIFESP]; Saes, Beatriz Macchione [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1398739259827371As mudanças climáticas e o aquecimento global têm sido pauta ao redor do mundo demonstrando a importância de buscar reduções de emissões de gases do efeito estufa em diversos setores. A produção da amônia está diretamente relacionada a alimentação da população mundial, uma vez que esta é a matéria básica dos fertilizantes nitrogenados. Porém, também está diretamente ligada as emissões de dióxido de carbono, representando 1,3% das emissões de CO2 no mundo, devido ao fato de 99% da sua produção utiliza combustíveis fosseis. A forma alternativa de produção da amônia sem emissão de CO2 é chamada de amônia verde, produzida com hidrogênio por meio da eletrólise da água e nitrogênio obtido diretamente do ar por meio de uma unidade de separação de ar. O objetivo deste trabalho é avaliar a viabilidade financeira de produção de amônia verde no Brasil para o consumo do mercado interno de fertilizantes, comparando seu custo com o preço da amônia convencional. Os resultados mostram que o custo nivelado da amônia verde (LCOA) do caso base simulado é 782 US$/Ton, superior ao da amônia convencional importada de 460 US$/Ton. No entanto, melhorias na eficiência dos eletrolisadores e redução no custo da energia poderiam reduzir o LCOA para 505 US$/ton, tornando-a mais competitiva. Além disso, um imposto sobre o carbono, estimado em 25 US$ t/CO2, pode elevar o custo da amônia convencional, favorecendo a amônia verde.