Navegando por Palavras-chave "Fortification"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeito de polimorfismos genéticos no metabolismo do ácido fólico e sua relação com as concentrações de folato, vitamina b12 e homocisteína total em indivíduos submetidos à fortificação e/ou terapêutica com ácido fólico(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2015-11-27) Lucena, Maylla Rodrigues [UNIFESP]; Shinohara, Elvira Maria Guerra [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6921653066114752; http://lattes.cnpq.br/5347418523066251; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O ácido fólico (AF) é um micronutriente importante para diversas reações no organismo, como a síntese de ácidos nucleicos e reações de metilação. Várias enzimas participam destas reações como a glutamato carboxipeptidase II (GCPII), metilenotetraidrofolato redutase (MTHFR), diidrofolato redutase (DHFR) e metilenotetraidrofolato desidrogenase (MTHFD1), além do carreador de folato reduzido (RFC1) sendo importantes para a absorção e metabolização do AF. Alguns polimorfismos genéticos nestas enzimas (MTHFR c.677C>T, MTHFR c.1298A>C, RFC1 c. 80G>A, GCP2 c. 1561C>T, MTHFD1 c. 1958G>A) associam-se à redução nas concentrações desta vitamina em humanos, e o polimorfismos DHFR del 19 pb está relacionado ao aparecimento de ácido fólico não metabolizado na circulação. A deficiência de AF é fator de risco para defeito de fechamento de tubo neural (DFTN), e outras malformações fetais, um problema de saúde pública no mundo. Na intenção de reduzir casos de DFTN, alguns países adotaram políticas de fortificação dos alimentos com AF. No Brasil, desde 2004 as farinhas de trigo e milho são fortificadas com 150 ug/AF para 100g de farinha. Estudos realizados após este período revelam alta incidência de indivíduos com concentrações suprafisiológicas de AF nas populações submetidas ao consumo de alimentos fortificados, sendo desconhecidos os possíveis efeitos destas concentrações na população. Objetivos: Avaliar o efeito de polimorfismos genéticos no metabolismo do AF e sua relação com as concentrações de folato, vitamina b12 e homocisteína total (tHcy) em indivíduos submetidos à fortificação e/ou terapêutica com AF. Métodos: Foram incluídos 27 pacientes com esferocitose hereditária e 50 indivíduos com ? talassemia heterozigota em uso ou não de AF. Também foram recrutados a participar do estudo 145 indivíduos saudáveis expostos apenas a fortificação obrigatória de farinhas de milho e trigo. Adicionalmente, foi realizado um estudo de intervenção com 5mg/dia de AF com 30 indivíduos saudáveis, com coleta de sangue e dados antes da intervenção e após 45 e 90 dias. A avaliação do consumo alimentar foi feita por meio de dois recordatórios de 24 horas e analisada utilizando o software Nutrition Data System for Research ? NDSR. Foram determinadas as concentrações séricas de folato e vitamina B12 (métodos microbiológicos), ácido fólico não metabolizado (UMFA), tetraidrofolato, 5-metil-tetraidrofolato, 5-formil- tetraidrofolato, 5,10-metenil-tetrahidrofolato, MeFox e folato total (LCMS), e as concentrações plasmáticas tHcy (quimiluminescência). Os polimorfismos MTHFR c. 677C>T, MTHFR c. 1298 A>C, MTHFD1 c. 1958G>A, DHFR del 19-pb, RFC1 c. 80G>A e GCPII c. 1561C>T foram determinados por técnicas de PCR, PCR-RFLP e PCR em tempo real. Resultados: Os valores das concentrações AF foram maiores em indivíduos que estavam em uso de AF (pacientes com EH e indivíduos saudáveis submetidos a intervenção com 5mg/dia de AF). Não foi encontrada relação entre os polimorfismos genéticos e as concentrações de AF, vitamina B12 e tHcy, quando analisados isoladamente nos grupos estudados. Entretanto, quando analisamos os polimorfismos em associação, houve efeito da interação entre genótipo para MTHFR c.677C>T, MTHFD1 c.1958G>A e RFC1.c.80G>A e a intervenção no grupo submetido a 5mg/dia de AF. A frequência de concentrações suprafisiológicas de AF (sérico e UMFA) foi alta, porém não foi encontrada associação entre altas concentrações de AF e a deleção no gene da DHFR (DHFR del 19-pb) nos indivíduos submetidos a fortificação e/ou intervenção com 5mg/dia de AF. Conclusões: As concentrações de folato sérico, eritrocitário e UMFA foram maiores nos indivíduos que estavam submetidos a terapêutica e/ou intervenção com 5mg/dia de AF. Os polimorfismos genéticos estudados não foram associados a menores concentrações de AF, nem tampouco a maiores concentrações de tHcy nos indivíduos saudáveis. Este achado sugere que a fortificação e/ou terapêutica com AF pode compensar o efeito dos polimorfismos, especialmente para o MTHFR c.677C>T, que é comprovadamente associado a menores concentrações de AF e maiores de tHcy.