Navegando por Palavras-chave "Gastrosquise"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Correlação entre o peso estimado pela ultrassonografia e ao nascimento em fetos com gastrosquise e onfalocele(Universidade Federal de São Paulo, 2020-08-03) Boute, Tatiane; Paiato, Liliam Cristine Rolo [UNIFESP]; Moron, Antonio Fernandes [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0197731060424158; http://lattes.cnpq.br/7732742031806411; http://lattes.cnpq.br/3053928804315768; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: Na ultrassonografia antenatal, as fórmulas de Hadlock 1 e 2 são utilizadas como rotina para estimativa de peso fetal. Como os fetos com defeitos de parede abdominal tem uma circunferência abdominal reduzida, frequentemente são equivocadamente classificados como pequenos para a idade gestacional (PIG). Recentemente, a fórmula de Siemer foi desenvolvida especificamente para essa população, sem incluir a medida da circunferência abdominal. Objetivos: Avaliar a correlação entre o peso fetal estimado pelas fórmulas de Hadlock 1, 2 e Siemer e o peso ao nascimento em fetos com gastrosquise e onfalocele. Avaliar se os fetos classificados como PIG na ultrassonografia nasceram de fato pequenos para a idade gestacional. Métodos: Estudo retrospectivo com fetos com gastrosquise ou onfalocele isolada que nasceram até 14 dias após o último exame ultrassonográfico, em dois centros terciários, na UNIFESP (Brasil) e na Università degli Studi di Roma Tor Vergata (Itália), entre 2010 e 2017. Além dos dados demográficos maternos, foi realizada coleta de dados ultrassonográficos e pós-natais. A análise da correlação foi feita com e sem fator de correção para o ganho de peso entre o dia do exame e o parto (25,2 gramas/dia). Resultados: Foram incluídos 85 casos (gastrosquise=44; onfalocele=41). A idade gestacional média no parto foi 37,2 semanas. Para o grupo da gastrosquise, a correlação entre o peso fetal estimado pelas 3 fórmulas foi significativa e fortemente positiva, com ou sem ajuste de peso. Neste grupo, somente metade dos fetos classificados como PIG pelas fórmulas de Hadlock tiveram confirmação de peso abaixo do esperado após o nascimento; a fórmula de Siemer apresentou o maior percentual de acerto. Já para o grupo de onfalocele, a correlação foi não significativa e fracamente negativa. Conclusão: Houve correlação da estimativa de peso de fetos com gastrosquise pelas fórmulas de Hadlock e de Siemer e peso ao nascimento; as fórmulas de Hadlock superestimaram o número de casos com peso abaixo do percentil 10; a fórmula de Siemer mostrou melhor correlação para a estimativa dos fetos PIG. Os achados não se confirmaram no grupo da onfalocele.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Fatores preditivos da gastrosquise observados em gestantes e a influência do líquido meconial nos resultados pós-natais(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-06) Muniz, Thalita Diógenes [UNIFESP]; Araújo Junior, Edward [UNIFESP]; Paiato, Liliam Cristine Rolo; http://lattes.cnpq.br/7732742031806411; http://lattes.cnpq.br/5590809884662013; http://lattes.cnpq.br/2539017312881228Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar os fatores de risco para gastrosquise, além de analisar se a presença de mecônio ao nascimento estava associada com desfechos neonatais adversos. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte observacional e retrospectivo que inclui 52 recém-nascidos com gastrosquise cujas mães tiveram parto em nosso serviço entre janeiro de 2009 e dezembro de 2020. As variáveis observadas foram as seguintes: 1) dados sociodemográficos, 2) dados ultrassonográficos, 3) dados de nascimento e 4) resultados neonatais. Modelos de regressão logística simples (univariada) e múltipla (multivariada) foram utilizados para examinar a influência do mecônio nos resultados neonatais. Resultados: A média de idade materna e índice de massa corporal (IMC) das gestantes foi de 21,9 anos e 23,3 kg/m2, respectivamente. Houve semelhança entre as raças parda (50%) e branca (48,1%), e 27,7% (13) relataram fazer uso de anticoncepcional oral (ACO). A média de peso ao nascer foi de 2.386,9 gramas e 24 dos neonatos (46,2%) eram prematuros (<37 semanas). A maioria dos neonatos apresentou sepse neonatal (40,4%) e 39 foram internados na unidade de terapia intensiva neonatal com mediana de tempo de internação de 31 dias. Quarenta neonatos necessitaram de ventilação mecânica, com mediana de duração de 5 dias. O fechamento primário foi alcançado em 50% (26) dos casos. Não houve diferenças estatísticas entre os grupos que tiveram ou não mecônio ao nascer em relação aos desfechos neonatais. Embora não significativa e com baixa precisão, a estimativa pontual sugeriu que a presença de mecônio ao nascimento, em média, reduziu a chance de fechamento primário (odds ratio - OR=0,26, intervalo de confiança de 95% - IC [0,06; 1,16], p=0,077). Conclusão: Gestantes com fetos com gastrosquise apresentaram maior probabilidade de serem jovens, primigestas, com IMC normal, brancas ou pardas e com história de uso de ACO. Não houve evidência de associação entre a presença de mecônio ao nascimento e resultados neonatais adversos.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Marcadores ultrassonográficos e resultados perinatais adversos em fetos portadores de gastrosquise simples e complexa(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-24) Caldas, João Victor Jacomele (UNIFESP); Araújo Júnior, Edward [UNIFESP]; Paiato, Liliam Cristine Rolo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7732742031806411; http://lattes.cnpq.br/5590809884662013; http://lattes.cnpq.br/5179085789918719Objetivos: o objetivo desse estudo foi avaliar a associação entre marcadores ultrassonográficos de fetos com gastrosquise e desfechos neonatais adversos. Métodos: trata-se de um estudo de coorte retrospectivo que incluiu na análise estatística 46 recém-nascidos com gastrosquise que tiveram assistência pré-natal e parto entre 2009 a 2019. As variáveis observadas incluíram dados sociodemográficos, dados ultrassonográficos, dados de nascimento e os respectivos resultados neonatais. Os testes de normalidade D'Agostino e Pearson foram utilizados para analisar se os valores apresentaram distribuição Gaussiana. O teste de Mann Whitney foi utilizado para comparar as variáveis de distribuição não paramétrica entre os grupos. O teste T Student foi utilizado para comparar as variáveis de distribuição paramétrica entre os grupos. O teste Qui quadrado foi utilizado para avaliar a associação entre os grupos e variáveis categóricas. A regressão logística binária foi utilizada para determinar os melhores preditores gastrosquise complexa e desfechos perinatais adversos. A razão de chances (OR) para o desenvolvimento gastrosquise complexa e desfechos perinatais adversos com diferença estatística entre os grupos foi determinada por regressão logística binomial stepwise. Resultados: após o nascimento, 78% gastrosquises foram classificadas como simples e 22% como complexas. Foi observado associação significativa entre o tipo de gastrosquise e a prevalência em primigestas, sendo as gastrosquises simples mais prevalentes nesse grupo (40,0 vs 77,8%, p=0,022). Não foi observado efeito significativo do tipo de gastrosquise sobre idade materna (p=0,658), índice de massa corporal (p=0,877), número de gestações (p=0,096), etnia (p=0,706), uso de drogas (p=1,00), uso de antinflamatório não esteroidal/ácido acetilsalicílico (p=0,591), uso de anticoncepcional oral (p=0,971), infecção sexualmente transmissível (p=0,432) e infecção do trato urinário (p=0,482). Os fetos com gastrosquise complexa apresentaram peso fetal estimado durante o exame de ultrassonografia significativamente menor que aqueles com gastrosquise simples (1907,0 vs 2171,0, p=0,040, respectivamente). Não foi observado efeito significativo do tipo de gastrosquise sobre a medida do índice de líquido amniótico (p=0,137), diâmetro da alça intra-abdominal (p=0,089), diâmetro da alça extra-abdominal (p=0,092), espessura da alça intestinal (p=1,00) e diâmetro da abertura do defeito (p=0,158). Os recém-nascidos com gastrosquise complexa, apresentaram maior prevalência de óbito neonatal precoce, quando comparados aos recém-nascidos com gastrosquise simples (30,0% vs 2,8%, p=0,007, respectivamente). A medida da abertura do defeito associou-se a sepse neonatal [X2: 6.31 (1), OR:0,92, IC95% (0,85-0,98), p=0,020] e a presença de gastrosquise complexa [X2: 7,33 (1), OR: 23,25, IC95% 1,92- 280,77, p=0,013] foi o único preditor significativo para óbito neonatal precoce. A presença de gastrosquise complexa aumenta o risco óbito neonatal precoce em 23,25 vezes. Conclusões: gastrosquise complexa esteve associada a redução na necessidade de nutrição enteral e aumento do risco de óbito neonatal precoce. A medida de abertura do defeito se mostrou um preditor significativo para sepse neonatal em ambas as gastrosquises simples e complexas.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Resultados perinatais de neonatos com gastrosquise em uma maternidade de referência do Ceará: estudo retrospectivo(Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-14) Esteche, Cinthia Maria Gomes da Costa Escoto [UNIFESP]; Paiato, Liliam Cristine Rolo [UNIFESP]; Araujo Júnior, Edward [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5590809884662013; http://lattes.cnpq.br/7732742031806411; http://lattes.cnpq.br/7773772110714792Objetivos: Avaliar os desfechos de recém-nascidos(RN) com gastrosquise em uma maternidade terciária em Fortaleza- Ceará; apresentar a prevalência da gastrosquise entre 2014-2022. Método: Estudo observacional, retrospectivo, coorte de base hospitalar, realizado em RN com gastrosquise na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), Universidade Federal do Ceará/ EBSERH, entre 2014 e 2022. Foram analisados os prontuários de todos os RN portadores de gastrosquise e que nasceram na maternidade referida, perfazendo uma amostra total de 46 RN. Os dados do estudo foram coletados e gerenciados usando a ferramenta REDCap. As variáveis foram apresentadas em média e desvio-padrão e mediana, percentis, razão de chance. Na investigação de associação entre as variáveis foram utilizados os seguintes testes: Teste qui-quadrado de independência; Teste de soma de postos de Wilcoxon; Teste exato de Fisher e regressão logística binominal. Adotou-se um nível de significância de 5%. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o programa estatístico R. Resultados: Nos casos de gastrosquise analisados, observou-se que 65,2% dos recém-nascidos tiveram alta, enquanto 34,8% vieram a óbito. Dos 46 casos identificados, 44 foram categorizados, sendo 33 como gastrosquise simples e 11 como gastrosquise complexa. Em 97,8% dos recém-nascidos foi realizada alguma intervenção cirúrgica, sendo que em 71,1% dos casos foi feita apenas uma intervenção e 82,2% dos recém-nascidos receberam reparo por fechamento primário. A infecção neonatal foi a intercorrência clínica mais frequente. Todos os recém-nascidos foram encaminhados para a UTIN. Conclusão: A mortalidade em recém-nascidos com gastrosquise é multifatorial e influenciada por diversos fatores relacionados à mãe, ao bebê e à assistência recebida. A otimização do acompanhamento pré-natal, a realização de um fechamento primário precoce e a minimização do tempo de ventilação mecânica são medidas importantes para melhorar o prognóstico desses bebês.