Navegando por Palavras-chave "Imunidade adaptativa"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação do perfil linfocitário T em pacientes com arterite de Takayasu(Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-07) Fernandez, Bruna Savioli Lopez [UNIFESP]; Souza, Alexandre Wagner Silva de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7033230017001241; https://lattes.cnpq.br/8699222471554576Introdução: O processo inflamatório vascular na arterite de Takayasu (AT), inicia-se na vasa vasorum da camada adventícia e se distribui por todas as camadas da parede arterial. Posteriormente, há migração de outras células inflamatórias para a parede do vaso, como: linfócitos T (LT) Th1, LT Th17, LT citotóxicos, LT, células NK, macrófagos, monócitos e células gigantes multinucleadas. O perfil efetor de LTCD4+ predominante no sangue periférico e na parede do vaso ainda não é bem conhecido, em pacientes em tratamento. Objetivos: Avaliar o perfil efetor de LT CD4+ predominante no sangue periférico e na parede da aorta em pacientes com AT e comparar o perfil efetor de LT CD4+ entre pacientes em atividade de doença, em remissão e controles. Comparar o perfil efetor de LT CD4+ predominante no sangue periférico em relação aos tipos angiográficos da AT, ao histórico de eventos arteriais isquêmicos e a terapêutica utilizada. Descrever o perfil efetor LT CD4+ na parede da aorta. Materiais e métodos: Realizamos estudo prospectivo incluindo 30 pacientes com AT e 30 controles. O número absoluto e a porcentagem de células T CD3+, LT CD3+CD4-, LTCD4+ e de LT Th1, Th2 e Th17 foram avaliados no sangue periférico por citometria de fluxo. Foi avaliada a expressão dos seguintes marcadores na parede da aorta de 6 pacientes com AT por imuno-histoquímica: CD4, CD8, Tbet (Th1), GATA-3 (Th2) e RORγT (Th17). Resultados: observamos menor número absoluto de LT CD3+ e LT CD4+ (p = 0,031 e p = 0,039, respectivamente), maior da proporção de LT Th17 (p = 0,001) e menor relação Th2/Th17 (p = 0,005) no sangue periférico em pacientes com AT quando comparados aos controles. Pacientes com AT apresentaram maior proporção de LT Th17 em comparação a indivíduos do grupo controle, independente da atividade de doença. Pacientes AT com eventos isquêmicos prévios apresentaram menor número absoluto de LT CD3+ e CD4+ e de CD3+CD4- em comparação aos demais pacientes com AT (p = 0,006; p = 0,014 e p = 0,004). Por fim, houve correlação inversa entre tempo desde o diagnóstico de AT com número absoluto e porcentagem de LT Th2 (rho = -0,610; p < 0,0001 e rho = -0,463; p = 0,010, respectivamente), LT Th17 (rho = -0,365; p = 0,047 e rho = -0,568; p = 0,001, respectivamente) e da relação Th2/Th17 (rho = -0,390; p = 0,036) no sangue periférico. Na aorta, a expressão de CD8 foi superior à de CD4. Em relação aos fatores de transcrição, houve maior expressão de GATA-3 (Th2), seguido de Tbet (Th1) e por fim, de RORγT (Th17). Conclusões: pacientes com AT em tratamento apresentam menor número de LT CD3+ e LT CD4+ no sangue periférico em comparação a controles, com aumento na proporção de LT Th17, à despeito de atividade de doença. No tecido, a expressão de CD8 foi maior do que a de CD4 e, houve maior expressão de células T efetoras Th2, seguidas de Th1 e Th17.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Terapia com ciclofosfamida no lúpus eritematoso sistêmico: heteronegeidade no impacto sobre o sistema imunitário adaptativo(Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-28) Agustinelli, Renan de Almeida [UNIFESP]; Andrade, Luis Eduardo Coelho [UNIFESP]; Perazzio, Sandro Felix [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6444207507484384; http://lattes.cnpq.br/3012990107397690; http://lattes.cnpq.br/2666279009499168Introdução: Pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) são frequentemente tratados com drogas imunossupressoras para diminuir o processo inflamatório lesivo. Alguns pacientes tornam-se vulneráveis a infecções enquanto outros parecem tolerar bem o uso da terapia imunossupressora. Isso sugere heterogeneidade individual do sistema imunitários de pacientes com LES aos imunossupressores. Objetivo: Avaliar se pacientes com nefrite lúpica apresentam heterogeneidade na susceptibilidade do sistema imune adaptativo ao tratamento com ciclofosfamida. Materiais e métodos: Foram incluídos sessenta pacientes com nefrite lúpica e tratamento com ciclofosfamida EV mensal. Colheu-se sangue antes (Tempo T1) e 20 dias após a 4ª pulsoterapia (Tempo T2) para imunofenotipagem de linfócitos T e B e seus subtipos, ensaio de proliferação de linfócitos T e dosagem sérica de IgA, IgM e IgG e suas subclasses. Trinta e nove pacientes completaram os 4 meses. Foram selecionados quarenta controles saudáveis pareados por sexo e idade para comparação em T1. Células mononucleares do sangue periférico foram marcadas com CFSE e cultivadas a 37ºC/5%CO2 sob estímulo com fitohemaglutinina ou anti-CD3/CD28. A proliferação foi avaliada após 72 horas por citometria de fluxo. As imunoglobulinas séricas foram quantificadas através de método imunoturbidimétrico. Trinta pacientes receberam vacina polissacarídica antipneumocócica e reforço contra o toxoide tetânico após a 4ª pulsoterapia e foi realizada nova coleta de sangue após 1 mês para a pesquisa de anticorpos contra 7 sorotipos do pneumococo e contra o toxoide tetânico por ELISA para comparação com os níveis anteriores à pulsoterapia. Resultados: Pacientes apresentaram menor frequência absoluta de linfócitos do que os controles, além de menor frequência absoluta e relativa de linfócitos T (LT) CD4+ de memória central e frequência absoluta de LT CD8+ de memória efetor e LT Th1 e Th2. Pacientes também apresentaram menor frequência absoluta de linfócitos B (LB) totais e LB imaturos, transicionais, LB com e sem switch de memória e plasmablastos, além de menor frequência relativa de LB naïve maduros. Encontramos maior capacidade proliferativa de LT estimulados com anti-CD3/CD28, além maiores níveis de IgG1 e IgG3 e menores níveis de IgG2 e IgG4 em pacientes. Na avaliação temporal, houve aumento da frequência relativa de LT CD4+, acompanhado de elevação de LT CD4+ de memória central e redução da frequência relativa de LT CD8+ de memória efetor. Também observamos redução da frequência relativa e absoluta de LB totais e absoluta de LB naïve maduros e de memória atípicos, redução da proliferação de LT estimulado com anti-CD3/CD28, dos níveis séricos de IgG, e de IgG1, IgG2 e IgG4. Após vacina contra o pneumococo houve elevação de anticorpos contra todos os sorotipos, apesar de onze pacientes não terem apresentado a resposta vacinal esperada. De forma semelhante, houve elevação dos anticorpos anti-toxóide tetânico, porém quatorze pacientes não obtiveram proteção plena. Análise hierárquica de clusters deflagrou três clusters em relação às variações temporais dos parâmetros imunológicos analisados, sendo que um desses clusters se associou com a ocorrência de infecções. A característica mais marcante desse cluster foi a redução dos níveis de imunoglobulinas após o tratamento. Conclusão: Houve flagrante heterogeneidade interindividual em relação à evolução temporal dos parâmetros imunitários estudados ao longo do tratamento com ciclofosfamida. Dentre os parâmetros analisados, a variação temporal dos níveis de imunoglobulinas parece despontar como potencial marcador para identificar risco de infecções durante o tratamento.