Navegando por Palavras-chave "Melitina"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Investigação do efeito da administração de melitina em um modelo de crises convulsivas em ratos(Universidade Federal de São Paulo, 2020-07-16) Soares-Silva, Beatriz [UNIFESP]; Ribeiro, Alessandra Mussi [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7373640456805525; http://lattes.cnpq.br/8095426379200980; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A epilepsia é uma doença neurológica crônica caracterizada por uma hiperatividade anormal dos neurônios que geram impulsos nervosos recorrentes, espontâneos, paradoxais e sincronizados, podendo ou não produzir crises convulsivas. Esse transtorno neurológico é um dos mais comuns e afeta aproximadamente 70 milhões de indivíduos no mundo. Cabe ressaltar que cerca de 30% dos pacientes desenvolvem farmacorresistencia em relação aos antiepilépticos disponíveis na clínica. Ademais, o uso desses fármacos pode estar associado ao surgimento de efeitos adversos graves. Estudos têm mostrado o potencial terapêutico de substâncias bioativas isoladas a partir de produtos naturais no tratamento de doenças do sistema nervoso. Por exemplo, compostos isolados a partir de venenos de artrópodes contem neurotoxinas que apresentam afinidade por estruturas moleculares do tecido nervoso, podendo agir em receptores, transportadores, canais iônicos dependentes de ligante e de voltagem localizados na membrana neuronal ou glial. Nas últimas décadas com o aprimoramento de técnicas de isolamento e síntese de compostos isolados de venenos ocorreu um aumento no número de pesquisas com foco no desenvolvimento de novos fármacos. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi investigar os efeitos neuroprotetores da administração de melitina (MEL) intracerebral em ratos submetidos ao modelo de crises convulsivas induzidas por bicuculina (BIC). Para isto, ratos Wistar machos (3 meses) foram submetidos a cirurgia para a implantação de cânula unilateral no ventrículo lateral e após o período de recuperação receberam previamente uma microinjeção de solução salina (Grupo controle, NaCl 0,9%) ou MEL (Grupo tratamento, MEL 0,1 mg/por dose). Primeiramente, os animais foram avaliados em um campo aberto (CA) por 20 min e em seguida submetidos ao teste de labirinto em cruz elevado (LCE) por 5 min, e os comportamentos dos animais foram registrados através de filmagem para posterior análise comportamental. Para a avaliação da atividade anticonvulsivante os animais receberam previamente salina ou MEL, e após 30 min os animais receberam microinjeção de BIC (10 mg/ml) e novamente foram observados no CA (20 min). Nossos principais resultados mostram que a administração de MEL provocou um efeito hiperlocomotor nos animais quando avaliados no LCE, além de aumentar o tempo de latência para a primeira crise convulsiva e proteger 90% dos animais de crises tônico-clônicas induzidas pela BIC. Tomados juntos nossos resultados sugerem que a MEL apresenta potencial anticonvulsivante, entretanto, mais pesquisas são necessárias para elucidar seu(s) mecanismo(s) de ação.