Navegando por Palavras-chave "Metanalysis"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAcesso aberto (Open Access)Tacrolimos tópico para dermatite atópica moderada a grave: revisão sistemática da literatura(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2015-08-31) Martins, Jade Cury [UNIFESP]; Silva, Edina Mariko Koga da [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0262292376123164; http://lattes.cnpq.br/5037934541574630; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Objetivo: Avaliar eficácia e segurança do tacrolimo tópico para dermatite atópica comparado aos tratamentos ativos disponíveis. Métodos: Revisão sistemática realizada segundo a metodologia do Cochrane Handbook of Systematic Reviews of Interventions. Foi realizada busca eletrônica nas seguintes bases de dados: the Cochrane Skin Group Specialised Register, CENTRAL, MEDLINE, EMBASE, LILACS e GREAT. Foi realizada busca separada para efeitos adversos em estudos não randomizados. Incluíram-se ensaios clínicos randomizados de participantes com dermatite atópica moderada a grave (adultos e crianças) que usaram tacrolimo tópico em qualquer dose, duração e tempo de seguimento comparado a outros tratamentos ativos. Desfechos primários incluíram avaliação de resposta pelo médico, pelo paciente e efeitos adversos. Desfecho secundário foi a avaliação de melhora por ferramentas validadas. Resultados: Foram incluídos 20 estudos com 5885 participantes. Comparando-se a melhora na resposta global avaliada pelo médico, tacrolimo 0,1% foi melhor que corticosteroides tópicos de baixa potência (RR 3,09, IC95% 2,14-4,45, 1estudo, n=371); que corticosteroides de baixa potência na cabeça e pescoço e moderada potência no tronco e extremidades (RR 1,32, IC95% 1,17-1,49, 1estudo, n=972) e que o pimecrolimo 1% (RR 1,80, IC95% 1,35-2,42, 3estudos, n=543). Comparado à formulação de 0,03%, os tratados com 0,1% tiveram 18% menos risco de não apresentarem melhora na resposta avaliada pelo médico (RR 0,82, IC95% 0,72-0,92, 6estudos, n=1640). Na comparação com corticosteroides de moderada-a-alta potência, não foi encontrada diferença em três dos desfechos (1 estudo, n=377) e benefício marginal favorecendo tacrolimo 0,1% foi visto na autoavaliação da resposta pelo participante (RR 1,21, IC95% 1,13-1,29, 1estudo, n=972). Tacrolimo 0,03% foi superior aos corticosteroides de baixa potência na avaliação médica da resposta (RR 2,58, IC95% 1,96-3,38, 2estudos, n=790) e na autoavaliação pelo participante (RR1,64, IC95% 1,41-1,90, 1estudo, n=416). Um estudo mostrou benefício do tacrolimo 0,03% comparado ao pimecrolimo na avaliação médica (RR 1,42, IC95% 1,02-1,98, 1estudo, n=139), mas com resultados ambíguos num dos desfechos secundários. Comparando-se tacrolimo 0,03% com corticosteroides de moderada a alta potência, não foi vista diferença na maioria dos desfechos, porém, em dois estudos, uma diferença pequena favorecendo os corticosteroides foi notada. Queimação e prurido foram mais frequentes nos usuários de inibidores da calcineurina (8estudos, n=3603). Não houve diferença na ocorrência de infecções. Na comparação do tacrolimo com pimecrolimo, os efeitos adversos locais foram pouco mais frequentes no primeiro grupo, com maior duração dos sintomas (2estudos, 178 participantes). Eventos adversos graves foram raros e ocorreram em todos os grupos. Nenhum caso de linfoma foi encontrado nos ensaios clínicos, tampouco nos estudos nãocomparativos. Absorção sistêmica foi rara, em níveis baixos, exceto em doenças com defeito de barreira grave como na Síndrome de Netherton. Não se encontrou evidência de que tacrolimo tópico possa causar atrofia cutânea. Conclusões: Tacrolimo 0,1% foi superior ao 0,03%. Em suas duas formulações, foi superior aos corticosteroides de baixa potência e pimecrolimo, com resultados ambíguos na comparação aos corticosteroides de moderada-a-alta potência. Pareceu seguro e não há evidência de possíveis riscos de malignidade ou atrofia cutânea. A força da evidência é limitada pela falta de dados, devendo-se interpretar os resultados com cautela.