Navegando por Palavras-chave "Morphologic adaptation"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAcesso aberto (Open Access)Processos ecológicos na evolução dos cantos dos gaviões buteoninos (Aves; Accipitridae)(Universidade Federal de São Paulo, 2019) Silva, Guilherme Cavicchioli da [UNIFESP]; Amaral, Fábio Sarubbi Raposo do [UNIFESP]; Candia-Gallardo, Carlos Ernesto; http://lattes.cnpq.br/1825322839093632; http://lattes.cnpq.br/6554940862323689; http://lattes.cnpq.br/6114729436460533Sinais acústicos das aves podem ter funções essenciais para a sobrevivência e reprodução. As diferenças entre sinais vocais de espécies próximas têm potencial de serem barreiras prézigóticas e atuarem no estabelecimento e na manutenção do isolamento reprodutivo. Compreender quais processos podem conduzir à divergência em sinais acústicos é, portanto, fundamental para explicar a especiação em aves. Sabe-se que forças microevolutivas como a deriva genética e a seleção natural e sexual podem mediar as divergências em sinais acústicos. Fatores ecológicos ecológicas podem atuar na seleção diretamente, otimizando a transmissão do canto (segundo a hipótese de condução sensorial), ou indiretamente, quando adaptações morfológicas ocorrem em uma característica fenotípica relacionada a produção ou alteração da vocalização (hipótese da adaptação morfológica). Esses processos são relativamente bem estudados em aves Passeriformes, porém, pouco se sabe sobre a evolução do sinal acústico de aves de outros grupos. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o papel de processos ecológicos diretos e indiretos na variação vocal encontrada dentro do grupo de gaviões buteoninos (Accipitridae) do novo mundo, um grupo de aves nãoPasseriformes ecologicamente diverso. Com base em gravações de vocalizações de 32 espécies de gaviões buteoninos testamos as hipóteses de condução sensorial e adaptação morfológica, que preveem que os sinais acústicos se diversificam em diferentes nichos e habitats como (i) um subproduto de uma morfologia ótima ou (ii) uma transmissão do som mais eficiente, respectivamente. Mostramos que há uma forte relação entre o tamanho corporal e a evolução de frequências máximas dentro dos buteoninos, o que sugere uma evolução correlacionada, tal como discutido nas teorias tradicionais. Já a evolução de outras características espectrais e temporais, como largura de banda e tamanho da nota, respectivamente, parece não estar relacionada a diferenças de habitats ou tamanho corporal. Portanto, fatores ecológicos podem afetar indiretamente os atributos acústicos dos gaviões buteoninos.