Navegando por Palavras-chave "Nanoestrutura"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Fabricação de nanoestruturas de bradicinina mediada por DNA(Universidade Federal de São Paulo, 2022-04-08) Lourenço, Thiago da Costa [UNIFESP]; Silva, Emerson Rodrigo da [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7800589206457326; http://lattes.cnpq.br/4726216622634724Introdução: A bradicinina (BK) é um peptídeo-hormônio com a seguinte sequência de aminoácidos: RPPGFSPFR (R: arginina, P: prolina, G: glicina, S: serina, F: fenilalanina). A BK está relacionada às proteínas cininas, possuindo efeito vasodilatador e estando diretamente ligada à liberação de mediadores inflamatórios. Por isso uma grande quantidade de estudos acerca da BK explora seu potencial como redutor de pressão arterial, sendo que sua aplicação já está bem estabelecida na indústria farmacêutica como princípio ativo para fármacos anti-hipertensivos. Por outro lado, mesmo que esse mecanismo já esteja bem estabelecido, ainda não há estudos utilizando materiais nanoestruturados da BK ou investigando se essas nanoestruturas apresentam a ação biológica do peptídeo nativo. Além da BK, um análogo importante é a des-Arg9-BK (DBK), cuja sequência é quase idêntica à da BK, porém com ausência de uma arginina na posição 9. A DBK também exerce um mecanismo de ação diferenciado da BK, sendo um agonista do receptor β1. Objetivo: O objetivo deste projeto foi produzir arranjos supramoleculares de BK e analisar se essas nanoestruturas exercem respostas celulares semelhantes (ou melhoradas) às do peptídeo em sua forma nativa. Métodos: Peptídeos BK e DBK foram solubilizados em meio aquoso na presença ou ausência de cadeias curtas de DNA contendo cerca de 200 pb. Essas soluções foram caracterizadas por métodos de fluorescência para determinação de concentrações de agregação críticas, enquanto a estrutura secundária foi analisada em experimentos de dicroísmo circular. A morfologia dos agregados foi observada via microscopia eletrônica e microscopia de força atômica. Análises em solução foram realizadas por meio de espalhamento de raios X a baixo ângulo, e a resposta celular foi avaliada pelo monitoramento de influxo de cálcio em células HUVEC. Resultados: Experimentos de fluorescência demostraram que na presença do DNA os peptídeos formam agregados em concentrações muito menores do que as observadas em sua ausência. Além disso, também foi possível observar um deslocamento do comprimento de emissão máxima na presença do DNA, o que é interpretado como indicador da formação de agregados nanoscópicos. Dados de microscopia eletrônica mostram que em concentrações acima de ~1.3 mg/ml, a BK forma agregados irregulares de dimensões reduzidas enquanto na presença de DNA ocorre a formação de nanofibrilas com comprimentos que atingem a escala de micrômetros, mostrando que o DNA é um excelente molde para a agregação do peptídeo. Também foi possível inferir a região de ligação dos peptídeos no DNA, monitorando espectros de emissão em ensaios de titulação. Para isso, usamos como referência as emissões de EtBr e de SYBR. Esses ensaios demonstraram que a BK se liga preferencialmente à região minor groove do DNA, enquanto a DBK é um intercalante entre bases. Respostas celulares também foram vistas em experimentos de influxo de cálcio, onde se observou que tanto a BK quanto o complexo BK-DNA induzem a entrada de cálcio, indicando que as nanoestruturas formadas preservam a função do peptídeo original. No caso da DBK, não foi observada a formação de agregados regulares nem qualquer resposta de influxo de cálcio. Conclusão: Demonstramos a produção inédita de nanoestruturas ordenadas baseadas em BK e identificamos a região de ligação entre esse peptídeo e o DNA. Demonstramos também que a capacidade da BK de promover influxo de cálcio é preservada nas nanoestruturas geradas. Esses achados levam à perspectiva de que nanoestruturas de BK podem ser utilizadas para a formulação de biomateriais nanoestruturados com propriedades hipotensoras.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Self-assembly and intracellular delivery of DNA by a truncated fragment derived from the Trojan peptide Penetratin(Royal Society of Chemistry, 2020-04-17) Silva, Emerson Rodrigo; http://lattes.cnpq.br/7800589206457326