Navegando por Palavras-chave "Nutritional dwarfism"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Diferenças entre mulheres baixas com sobrepeso/obesidade e seus pares sem baixa estatura antes e após perda de peso(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2015-03-03) Bueno, Nassib Bezerra [UNIFESP]; Sawaya, Ana Lydia [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6388185949585379; http://lattes.cnpq.br/5369978028432392; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O Brasil apresenta alta prevalência de obesidade e na região Nordeste, que ainda é acometida por bolsões de miséria, os níveis deste mal na população feminina já são iguais aos da média nacional. Uma população de baixa renda possui um grande risco de ter sofrido desnutrição no período peri-natal, o que acarreta uma série de comprometimentos fisiológicos e metabólicos, inclusive maior risco de morte cardiovascular na vida adulta. A manifestação fenotípica mais evidente desta condição é a baixa estatura dos indivíduos quando comparados com a população de referência. Os mecanismos que justificam esse risco aumentado ainda não estão completamente elucidados. Assim, mulheres de baixa renda, com excesso de peso e de baixa estatura constituem um importante grupo de risco, pois combinam os efeitos de duas condições deletérias. A perda de peso, especialmente no contexto de uma intervenção multidisciplinar com dieta e exercício físico, é a escolha de eleição para combater a obesidade. Entretanto, devido às diversas mudanças metabólicas, não se sabe como mulheres de baixa estatura respondem à perda de peso. Diante disto, o presente estudo visa responder a seguinte pergunta: ?Existem diferenças nas alterações antropométricas e bioquímicas entre as mulheres de baixa estatura com sobrepeso/obesidade comparadas a seus pares sem baixa estatura, antes e após à perda de peso?? Para tal, conduziu-se um ensaio clínico não-aleatório, com 3 meses de seguimento, no Centro de Recuperação e Educação Nutricional de Alagoas, CREN-AL, com mães e parentes das crianças desnutridas do Centro. Os critérios de inclusão foram (1) idade entre 19-45 anos; (2) Estatura < 152,3 cm (percentil 5 das curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde) para compor o grupo Baixa Estatura (BE); (3) Estatura > 158,7 cm (percentil 25 das curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde) para compor o grupo das não-baixas (NB); (4) Índice de Massa Corporal > 25kg/m². Ao todo, 113 mulheres, 56 de baixa estatura e 57 sem baixa estatura foram incluídas. Foram coletados dados socioeconômicos,antropométricos, bioquímicos e de auto-imagem corporal. As mulheres de baixa estatura apresentaram maior razão cintura-estatura (p = 0,023), mais massa gorda (p < 0,01) e menos massa livre de gordura (p = 0,02). Além disso, o IMC foi um pior preditor da auto-imagem corporal para o grupo BE (p-interação = 0,018). Considerando apenas o subgrupo de mulheres obesas, sendo 32 do grupo BE e 33 do grupo NB, 6 (18,8%) do grupo BE e 14 (42,4%) do grupo NB, se percebiam como obesas (p = 0,039). Desta forma, o grupo BE apresenta maior adiposidade central e uma pobre percepção de sua auto-imagem, o que pode contribuir para o risco cardiovascular aumentado. As 65 mulheres obesas foram submetidas a um tratamento multidisciplinar com dieta restrita em carboidratos, exercícios físicos e oficinas e educativas por 3 meses, onde todos os dados foram coletados novamente. Não foram encontradas diferenças nas variáveis antropométricas entre os grupos após a perda de peso, indicando que ambos alteram sua composição corporal de maneira semelhante. Nos parâmetros bioquímicos, ambos os grupos apresentaram melhoras, no entanto o grupo BE apresentou reduções menores na glicemia (p = 0,04), insulinemia (p = 0,02) e albuminúria (p = 0,02). Os dados sugerem que mulheres obesas com BE são menos responsivas à perda de peso induzida por dieta e exercício físico, mostrando menos melhoras no perfil bioquímico que mulheres obesas NB,apesar de mudanças antropométricas equivalentes.