Navegando por Palavras-chave "Pobreza transitória"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Pobreza crônica e transitória no Brasil entre 2012 e 2020: o papel dos ativos, da renda do não trabalho e das políticas públicas(Universidade Federal de São Paulo, 2022-02-01) Albuquerque, Thiago da Costa [UNIFESP]; Gonçalves, Solange Ledi [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1110771571585328; http://lattes.cnpq.br/0525119083276883A partir da década de 1980, dissemina-se a visão de que análises estáticas sobre pobreza têm poder explanatório limitado e podem enviesar a compreensão e resolução do problema. Assim, a literatura sobre o conceito e mensuração da privação passou a abordar a dimensão temporal e a duração do fenômeno, iniciando o campo das dinâmicas da pobreza. Tendo em vista a relativa escassez de estudos dessa literatura aplicados ao contexto brasileiro, o presente estudo tem como objetivo estimar, por meio de logit multinomial e dos microdados da PNAD Contínua (IBGE), se determinadas características socioeconômicas e demográficas aumentam ou reduzem a probabilidade de um domicílio ser pobre crônico ou transitório em relação a ser nunca pobre. Além disso, investiga-se a trajetória dos pobres crônicos, pobres transitórios e nunca pobres no período entre 2012 e 2020, o qual abrange duas grandes e importantes crises econômicas vivenciadas pelo país, e, também, a heterogeneidade entre os membros e chefes de domicílios de diferentes situações de pobreza e suas relações com as rendas do não trabalho, políticas públicas e a posse de ativos. Os principais resultados revelam que ter um domicílio em região metropolitana, com maior proporção de membros em idade ativa, chefes mais velhos, brancos e casados, com ensino fundamental, médio ou superior completo e qualificação baixa, média ou alta reduzem a probabilidade de a família ser pobre crônica ou transitória vis-à-vis a ser nunca pobre. Por outro lado, habitar em regiões rurais, ter chefe informal e afastado sem remuneração aumentam a probabilidade de o domicílio ser pobre crônico ou transitório. Assim, os resultados demonstram a importância das políticas públicas voltadas a formação de capital humano, de aposentadorias e pensões e de proteção de indivíduos economicamente ativos, sobretudo pobres crônicos, de volatilidades de renda, como o seguro-desemprego.