Navegando por Palavras-chave "Psicoterapia interpessoal"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Capacitação de agentes comunitárias na aplicação de aconselhamento interpessoal para depressão: um estudo clínico randomizado controlado(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2016-01-09) Matsuzaka, Camila Tanabe [UNIFESP]; Mello, Marcelo Feijó de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9828693113292175; http://lattes.cnpq.br/9351643246486296; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Objective: Associations between parental/caregiver's depression and adverse child outcomes are well established and have been described through one or more mechanisms: children's psychopathology following exposure to a depressed caregiver, children's psychopathology exacerbating the caregiver's depression, and caregiver's and offspring's depression sharing the same etiology. Data is scant from low and middlecincome countries (LMIC). We examined correlations of common mental disorders symptoms of caregivers with their offspring's psychopathology in a Brazilian sample. Methods: Adult participants were screened for depression in a primary care setting to conduct a clinical trial within the clinic. Caregivers were assessed using the Zung Self-Rating Depression Scale and the Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20), that measures common mental disorders symptoms. Children's symptoms were measured on the Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ). For this paper, we analyzed the baseline data of 68 primary caregivers of 110 children between 6-15 years old. Results: Caregivers with higher scores on the SRQ-20 had significant correlations with their offspring's psychiatric symptoms. Conclusion: These results substantiate our hypothesis that children's psychopathology impacts caregivers' psychiatric symptoms and can help guide future strategies for reducing the burden of common mental disorders in both caregivers and children. They add to the growing literature on community assessments in LMIC.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Ensaio clínico randomizado controlado comparativo com mulheres com diagnóstico de Transtorno de Estresse Pós-traumático após abuso sexual entre terapia interpessoal e sertralina(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-09) Proença, Cecília Roberti [UNIFESP]; Mello, Andrea Feijó de [UNIFESP]; Mello, Marcelo Feijá de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9828693113292175; http://lattes.cnpq.br/5024373026936383; http://lattes.cnpq.br/9912936685632887Introdução: A violência sexual é um dos eventos traumáticos que mais frequentemente desencadeia o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), condição clínica que pode se tornar crônica e debilitante se não for tratada precocemente e de forma efetiva. Embora a maioria das diretrizes recomende inibidores seletivos de recaptação de serotonina e psicoterapias focadas no trauma como opções de tratamento, nem todos os pacientes respondem a essas abordagens, além de muitos não tolerarem a exposição às memórias traumáticas. Já existem estudos na literatura que evidenciam a eficácia de terapias não focadas no trauma, como a terapia interpessoal (TIP), que explora as consequências interpessoais do trauma, em vez de confrontar o trauma em si. Objetivo: O presente estudo visa comparar a eficácia da terapia interpessoal adaptada para o TEPT (TIP-TEPT) com a sertralina em mulheres que sofreram violência sexual recente, por meio de um ensaio clínico. Visa também explorar as trajetórias de resposta terapêutica em busca de fatores preditores, principalmente o abuso sexual infantil. Método: Este estudo consistiu em um ensaio clínico randomizado e controlado com duração de 14 semanas, envolvendo mulheres diagnosticadas com TEPT decorrente de violência sexual sofrida até seis meses antes da inclusão. As participantes foram randomizadas para receber um dos dois tratamentos, sertralina ou TIP-TEPT. Após o período de intervenção, as participantes foram acompanhadas até completar um ano da inclusão. Foram aplicados instrumentos de avaliação para mensurar os sintomas de TEPT, ansiedade e depressão. A Escala de TEPT Administrada por Clínicos-5 (CAPS-5) foi a principal medida de desfecho. Além disso, a análise de trajetória de classe latente foi utilizada para avaliar preditores de resposta ao tratamento ao final do ensaio clínico e após um ano de acompanhamento. Resultados: Foram incluídas 74 mulheres, 35 no braço sertralina e 39 no braço TIP. Ambos os tratamentos reduziram significativamente os sintomas de TEPT, ansiedade e depressão, sem diferenças nos resultados entre os grupos. A média da CAPS-5 diminuiu de 42,5 (DP = 9,4) para 27,1 (DP = 15,9) com a sertralina e de 42,6 (DP = 9,1) para 29,1 (DP = 15,5) com a TIP-TEPT. A taxa de abandono do ensaio clínico foi alta, 37,8%, sem diferença significativa entre os grupos (p = 0,40). O modelo não condicional de duas classes, resposta e não resposta, foi o modelo que melhor explicou as trajetórias das pacientes ao longo do estudo. O abuso sexual na infância foi avaliado como fator preditor, sendo associado negativamente à resposta terapêutica. Conclusões: Este ensaio mostrou melhora significativa dos sintomas de TEPT, independente da variável tempo, em ambos os braços do estudo, sem diferenças entre a TIP-TEPT e o tratamento com sertralina, sugerindo que psicoterapias não baseadas em exposição podem beneficiar pacientes com TEPT. A identificação do abuso sexual na infância como fator preditor de resposta terapêutica, independente da abordagem terapêutica, é um alerta para os clínicos avaliarem os pacientes de forma individualizada, personalizando o tratamento a ser oferecido.
- ItemAcesso aberto (Open Access)A influência do estilo de apego na clínica e no tratamento de mulheres com Transtorno de Estresse Pós Traumático após violência sexual(Universidade Federal de São Paulo, 2024-05-03) Maciel, Mariana Rangel [UNIFESP]; Mello, Andrea de Abreu Feijó de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5024373026936383; http://lattes.cnpq.br/4304514986088514Introdução: Estilos inseguros de apego estão estabelecidos como fator de risco para desenvolvimento de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e como preditores de evolução e resposta ao tratamento do quadro. Estilo de apego no adulto pode mudar a depender das experiências ao longo da vida e com o próprio tratamento. Objetivos: Procuramos investigar as dimensões de apego em mulheres adultas com TEPT após violência sexual, tratadas por 14 semanas com psicoterapia interpessoal ou medicação sertralina. Investigamos se houve mudança nas dimensões de ansiedade e evitação do apego ao longo do tempo; avaliamos se estas mudanças nas dimensões de apego foram mediadoras da resposta ao tratamento; e verificamos se a resposta ao tratamento esteve associada com as dimensões de ansiedade e evitação de apego. Métodos: Um grupo de 74 mulheres foi acompanhado por 14 semanas. Foram aplicadas a Escala de TEPT Administrada pelo Clínico-5 (CAPS-5) e a Escala Revisada de Apego no Adulto (RAAS) no início do estudo, na semana 8 e na semana 14 de tratamento. Realizamos um modelo paralelo de mediação para explorar se havia papel mediador de mudança no apego na redução dos sintomas do TEPT causada pelos dois tratamentos realizados, ou seja, efeito indireto via dimensões de evitação e ansiedade. Modelo linear múltiplo foi desenvolvido para explicar os valores das dimensões de apego no início do estudo. Dois modelos lineares mistos foram estruturados para verificar como cada uma das duas dimensões de apego variou ao longo do tempo de seguimento (desfecho RAAS), e como os sintomas de TEPT variaram ao longo das 14 semanas de acompanhamento em função das dimensões de apego e de outras variáveis relevantes (desfecho CAPS-5). Resultados: O modelo de mediação não evidenciou efeito indireto das intervenções nos sintomas de TEPT via dimensões de apego. Observamos no início do estudo relação de maior ansiedade do apego com experiências adversas na infância e adolescência; nenhuma variável relacionou-se com a dimensão evitação. A dimensão ansiedade do apego não mudou ao longo do tratamento. Já a dimensão evitação do apego apresentou aumento ao longo das 14 semanas, maior para as pacientes com mais sintomas de TEPT, de origem étnica não-branca (negras, pardas e asiática), e mais jovens. Analisando o desfecho dos sintomas de TEPT ao longo do tempo, observamos interação significativa e negativa com o tempo – redução dos sintomas de TEPT em relação ao início do estudo. A redução dos sintomas de TEPT foi quase 5 pontos maior nas mulheres negras, pardas ou asiáticas. Houve associação entre os sintomas de TEPT e apego; quanto maior o escore de ansiedade, maior o nível de sintomas de TEPT. Essa relação teve interação estatisticamente significante com tempo: valores maiores da CAPS são encontrados à medida que o escore de ansiedade do apego fica mais alto. Conclusão: As dimensões de apego apresentaram comportamento diferente do esperado, com aumento do nível de evitação ao longo do tratamento, apesar da redução dos sintomas de TEPT; este aumento foi maior nas mulheres que se mantiveram mais sintomáticas do TEPT. Maior ansiedade do apego esteve associada com pior resposta ao tratamento do TEPT.