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- ItemAcesso aberto (Open Access)Aspectos nutricionais no surfe: energia disponível e qualidade da dieta(Universidade Federal de São Paulo, 2021-09-02) Pegorin, Gabriella Rocha [UNIFESP]; Juzwiak, Claudia Ridel [UNIFESP]; Dourado, Victor Zuniga [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1919368500743497; http://lattes.cnpq.br/5232412496774556; http://lattes.cnpq.br/2927132605949292; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Há poucos estudos sobre as demandas nutricionais no surfe. O objetivo desse estudo foi identificar a frequência de baixa energia disponível (BED) em surfistas, avaliar a qualidade da dieta e identificar o gasto energético com exercício (GEEx) no surfe. Trata-se de um estudo transversal prospectivo, no qual foram avaliados 16 surfistas, sendo 5 amadores e 11 profissionais, 13 homens e 3 mulheres, entre 18 e 40 anos de idade. Para a estimativa da BED realizou-se o cálculo da Energia Disponível (ED), que avalia se a energia ingerida (EI kcal) supre a demanda metabólica remanescente após o gasto de energia com o exercício (GEEx kcal) ser considerado e ajustada à massa livre de gordura (MLG kg). EI, GEEx e MLG, componentes para o cálculo da ED, foram obtidos através do preenchimento de registros alimentares de 3 dias, do relógio multiesportivo Polar V800® e do sensor de frequência cardíaca Polar OH1® e a partir da aferição das dobras cutâneas, respectivamente. A qualidade da dieta foi avaliada através do Índice de Qualidade da Dieta Revisado (IQD-R). Os resultados indicaram que entre os surfistas avaliados, 14 apresentaram BED, sendo a média de ED observada de 21,9 (DP=5,4) kcal/kgMLG, sem diferença segundo sexo (p=0,439) ou nível competitivo (p= 0,510). A média de GEEx de sessão de surfe foi de 5.9 (DP=1,5) e 7 (DP=1,7) unidades de equivalente metabólico (METs) para surfistas profissionais e amadores, respectivamente, sem diferença (p=0,555). A pontuação média do IQD-R foi de 63,9 (DP=14,2), indicando que a maioria dos surfistas (n=11) apresentou dieta com necessidade de modificação para que seja alcançada uma dieta saudável. Conclui-se que surfistas apresentam GEEx elevado e baixa EI, que podem ter contribuído para a elevada frequência de BED. Além disso, devem fazer a modificação da dieta com finalidade de melhorar a qualidade dos alimentos consumidos. Sugere-se que nutricionistas e técnicos que atuam com surfistas estejam alertas para as demandas do esporte e promovam educação alimentar e nutricional com intuito de prevenir a BED e melhorar a qualidade da dieta.