Navegando por Palavras-chave "Redução do dano"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Intervenções breves para problemas relacionados ao álcool(Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP, 2004-05-01) Marques, Ana Cecília Petta Roselli [UNIFESP]; Furtado, Erikson Felipe; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); Universidade de São Paulo (USP)This article presents the concepts and basic premises that are necessary for a better understanding of the Brief Interventions (BIs), with a literature review of its effectiveness and a discussion about BIs in Brazil. The theoretical premises are discussed, as well the concepts represented by the acronym FRAMES: Feedback; Responsibility; Advice; Menu; Empathic and Self-efficacy. Results of systematic reviews and metanalysis about BIs effectiveness are discussed and a summary box with the main studies is presented. Finally, the recent developments about the introduction of BIs in Brazil are commented. The importance of health professionals training and the adoption of BIs within different settings are emphasized considering its demonstrated effectiveness and economic feasibility.
- ItemSomente MetadadadosPrevenção do uso indevido de drogas: avaliação de conhecimentos e atitudes dos coordenadores pedagógicos das escola públicas de ensino fundamental da cidade de São Paulo(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2005) Moreira, Fernanda Gonçalves [UNIFESP]; Andreoli, Sergio Baxter [UNIFESP]RESUMO Objetivo: diagnóstico da situação atual de conhecimentos e de atitudes dos Coordenadores Pedagógicos CP das escolas municipais de ensino fundamental da cidade de São Paulo em relação ao uso indevido de substâncias psicoativas pelos alunos. Método: corte transversal com amostra probabilística de 20 por cento das Escolas Municipais de Ensino Fundamental da cidade de São Paulo, das quais foi sorteado um coordenador pedagógico para aplicação de 4 questionários de auto-aplicação: (1) formação e dados pessoais do profissional e dados das escolas; (2) avaliação de atitudes em situações relacionadas ao uso indevido de drogas; (3) avaliação de conhecimentos sobre o tema; (4) avaliação da adequação das propostas de promoção de saúde e temas transversais na escola e da escola promotora de saúde. Além de um questionário preenchido pelo entrevistador: (5) questionário de avaliação do entorno. Foi testada associação entre a presença ou não da exposição do coordenador pedagógico aos conhecimentos de prevenção do uso indevido de drogas, os conhecimentos sobre o assunto apresentados e suas atitudes, por meio de tabelas de contingência e a significância estatística testada pelo Qui-Quadrado, Teste Exato de Fisher, teste T de Studant, ou correlação de Spearmam ou de Pearson. Resultados: perfil da EMEF: funciona há 29 ± 16,8 anos, em 4 períodos (61 por cento); tem 1510 :t 653 alunos, 64 ± 30 professores, 24,7 ± 8,4 alunos por professor, 13,5 :t 6,4 salas de aula por escola, ocupadas por 32,2 :t 9 alunos. Perfil do CP: sexo feminino (91,7 por cento), cristão (89,4 por cento), com alguma freqüência no templo / igreja (60,7 por cento), casado / união estável (50,6 por cento), tem filhos (58,8 por cento), paulistano (81,7 por cento), idade = 43 ± 6,9 anos. Formação do CP: tem especialização ou mestrado (41 por cento), fizeram curso preparatório para CP (17,3 por cento), participou de algum curso sobre drogas (57,3 por cento), atuam como CP há 5,4 ± 4 anos; tempo total de trabalho em escolas = 18,9 ± 7,4 anos, tempo de trabalho como professor = 14,5 ± 6,2 anos. Escores da Escala de Atitudes: 11,5 ± 3,8 (valores possíveis: de -17 a +21). Isto significa que, no geral, os valores encontrados representam atitudes mais compreensivas. Escores da Escala de Conhecimentos Sobre Drogas: 55,2 :t 12,5. Escore médio nas questões (O a 10): sobre o crack = 7 (respostas "não sei" = 5,7 por cento); sobre drogas ilícitas = 6 (respostas "não sei" = 18 por cento); sobre dependente químico = 6 ("não sei" = 16 por cento); sobre o álcool = 4 ("não sei" = 8 por cento). Correlação Escala de Atitudes com Tempo de atuação como CP: R = -0,288; P < 0,01. Diferença de médias da Escala de Atitudes com formação dos CP = -1,93, t = 2,26; gl 80; p < 0,05. Não houve correlação entre conhecimento do CP e: características das escolas; exercício profissional do CP; formação do CP, incluindo cursos sobre drogas e exposição à discussão sobre Redução de Danos. Média na Escala de Conhecimentos no grupo de atitudes de afastamento: diferença de médias é significante para t = 2,74; gl = 85; p < 0,01. orrelação de escores na Escala de Atitudes e Conhecimentos sobre Fatores ssociados ao Risco para o Abuso de Substâncias: R = 0,373, p < 0,01. Conclusões: foi encontrado um descompasso entre o conhecimento geral sobre drogas apresentado pelos entrevistados e as atitudes em situações direta ou indiretamente relacionadas ao uso indevido de drogas nas escolas. O Conhecimento sobre drogas dos educadores é mediano, com melhor desempenho nas questões sobre drogas ilícitas e menor desempenho nas questões sobre o álcool. O conhecimento não se mostrou influenciado pela formação dos CP, está associado ao maior número de pedidos de afastamento da escola e atitudes menos compreensivas na situação de aluno dependente. As atitudes são predominantemente compreensivas, associadas diretamente à formação geral do CP (ter pós-graduação) e ao conhecimento dos fatores associado ao risco para o uso de drogas, e inversamente associadas ao tempo de atuação como CP. Os educadores encontram-se prensados, de um lado a orientação pedagógica vigente que propõe atitudes compreensivas e inclusivas para com os alunos, que é corroborada pela própria prática destes, atenta e sensível às necessidades dos seus alunos; de outro lado, a sobrecarga de trabalho e de responsabilidade e a representação social preconceituosa do uso e do usuário de drogas ilícitas, inserida na sociedade ocidental-moderno-contemporânea que continua a criar seus bodes expiatórios.
- ItemSomente MetadadadosSituações relacionadas ao uso indevido de drogas nas escolas públicas da cidade de São Paulo(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2003) Moreira, Fernanda Gonçalves [UNIFESP]; Andreoli, Sergio Baxter [UNIFESP]Objetivo: Levantar informacoes sobre situacoes direta ou indiretamente relacionadas ao uso indevido de substancias psicoativas nas escolas municipais de ensino fundamental da cidade de São Paulo, bem como os correspondentes comportamentos, atitudes e conhecimentos sobre o tema dos coordenadores pedagogicos. Metodo: Estudo etnografico com informacoes colhidas com informanteschave, selecionados pela tecnica do snow-bali, entre os educadores da rede municipal de ensino locados no setor administrativo da Secretaria Municipal de Educacao. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas, focando a formacao media, as condicoes de trabalho e as situacoes comumente vividas pelos Coordenadores Pedagogicos das escolas municipais de São Paulo. Este estudo foi realizado com base no referencial etnografico e as entrevistas, depois de transcritas, passaram pela analise por meio da tecnica de logica categorial de conteudo, procurando fixar-se ao fenomeno descrito, sem entrar na interpretacao da forma do discurso. Resultados: Entre as dificuldades cotidianas relacionadas ao corpo discente citadas, boa parte guarda relacao direta ou indireta com a questao das drogas. A maioria dos entrevistados mostra tranquilidade na identificacao de alunos com problemas de atencao, comportamento ou com problemas familiares, fatores de risco para futuro uso abusivo de substancias. Em geral, as intervencoes relatadas primaram pela compreensao e inclusao do aluno, o que resulta indiretamente numa acao preventiva do uso indevido de drogas. Apesar do discurso teorico predominantemente pautado pelos principios da guerra as drogas, muitas acoes inclusivas, coerentes com o movimento de reducao de danos, foram relatadas, especialmente quando a situacao nao tinha relacao direta ou aparente com o uso de drogas. Quando a questao da droga era explicita, a atitude tendia a maior intolerancia e ao preconceito. Em geral, as intervencoes visando a inclusao de alunos em situacao vulneravel nao foram reconhecidas como acoes de prevencao. O discurso geral dos entrevistados enfatiza o despreparo e a inseguranca da equipe docente para lidar com o problema. A ideia da transmissao de conhecimentos como base da prevencao permeia a maioria dos discursos. A forma de intervencao preventiva mais citada foi palestra. Discussao: Entre os fatores que podem estar associados a relutancia dos educadores em apropriar-se do papel de mediador de intervencoes preventivas estao: os problemas relativos a formacao e informacao e o lugar social ocupado pela droga na sociedade atual, alem da sobrecarrega do corpo docente. O fato intervencoes caracteristicas da reducao de danos serem realizadas mesmo por entrevistados que nao demonstraram um conhecimento mais sistematizado sobre esta corrente teorica nao chega a surpreender, pois a reducao de danos e um movimento internacional que surgiu da praxis para depois se transformar em conhecimento academico. A profusao de relatos da convocacao ou presenca da Guarda Civil Metropolitana nas escolas provavelmente se deve a aproximacao entre o uso de drogas e a marginalidade no ideario do educador, como na sociedade. Conclusao: O Coordenador Pedagogico pode ser visto como o profissional de eleicao para protagonizar a reflexao sobre o uso indevido de drogas nas escolas e sua prevencao. Faz-se necessario nao somente a capacitacao, mas a valorizacao profissional do educador. A atitude mais proxima da politica da reducao de danos parece bastante compativel com a pratica do educador aberto a realidade social da escola e sensivel as necessidades dos alunos. Os obstaculos a esta pratica incluem a conotacao moral das drogas, colocadas no lugar de bode expiatorio da sociedade atual, associada a baixas condicoes de trabalho de nossos docentes. Neste sentido, a capacitacao teorica dos educadores teria a funcao de ratificar uma pratica desenvolvida a partir da vivencia na escola, tornando-os mais seguros nas suas intervencoes