Navegando por Palavras-chave "Síndrome de ardência bucal"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeitos do laser de baixa potência na síndrome de ardência bucal: revisão sistemática(Universidade Federal de São Paulo, 2021-08) Okuhara, Monica Reiko [UNIFESP]; Macedo, Cristiane Rufino de [UNIFESP]; Trevisani, Virginia Fernandes Moça [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9054730236021091; http://lattes.cnpq.br/7093212122696156; http://lattes.cnpq.br/9299810057160269Objetivo: Avaliar a efetividade e segurança do laser de baixa potência na síndrome de ardência bucal comparado a placebo, não laser, clonazepam e ácido alfa-lipólico. Métodos: Revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados. As bases de dados MEDLINE, CENTRAL, LILACS, EMBASE e as bases de registros de ensaios clínicos ClincalTrial.org e WHO-ICTRP, foram utilizadas para recuperar os ensaios publicados até setembro de 2020, que atenderam os critérios de inclusão, além de busca manual de revistas, livros e resumos de conferências relacionados ao tema proposto. Não houve restrição ao idioma e à data de publicação das citações recuperadas. Os desfechos incluíram alívio de dor, mudança na qualidade de vida da saúde bucal, efeitos adversos, mudança na qualidade de vida em relação à ansiedade e depressão. Dois autores, independentes selecionaram os estudos, e avaliaram os riscos de vieses dos ensaios clínicos de acordo com as ferramentas da colaboração Cochrane. A metanálise de efeito randômico foi utilizada para calcular o risco relativo e 95% de intervalo de confiança dos desfechos. Heterogeneidade foi estimada pelo I² e investigada pela análise de subgrupos. Foi utilizado o software Review Manager 5.3 para realizar os cálculos. Resultados: Foram localizadas 389 referências, incluídos 13 estudos, num total de 515 participantes, 7 foram avaliados qualitativamente, e 6 foram agrupados para metanálise de dados de acordo com o tipo de laser utilizado, vermelho ou infravermelho. Foram avaliadas as seguintes comparações: laser versus placebo, laser versus clonazepam e laser versus ácido alfa-lipólico. A dor foi menor de maneira significativa com o uso de laser vermelho versus placebo com diferença de média ponderada (DMP) de -1,18; 95% IC [-2,16 a -0,19]; I²= 61%; N =58; 2 ECRs com baixa qualidade da evidência. Da mesma forma, para a mesma comparação foi melhor para o desfecho qualidade de vida de saúde oral com DMP=-1,08; 95%IC [-1,49 a -0,66]; I²= 0%; N=105; 2 ECRs, a qualidade dessa evidência é baixa. Da mesma forma, a dor também foi menor para o grupo que usou laser infravermelho DMP= -0,46; 95% IC [-1,94 a 1,03]; I²= 90%; N=87; 3 ECRs comparado ao placebo mas sem diferenças significativas. Para a mesma comparação a qualidade de vida da saúde oral foi melhor para o grupo laser e também sem diferenças significativas com DMP= -0,46; 95%IC [-1,70 a 0.78]; I²= 86%; N=87; 3 ECRs. Com qualidade de evidência muito baixa em todos os desfechos, a comparação laser infravermelho versus placebo, também não apresentou diferenças significativas para ansiedade com diferença de média (DM) de 0,11; 95%IC [-2,64 a 2,86]; N=28; 1 ECR e depressão com DM= -0.66; 95%IC [- 3,56 a 3,44]; N=28; 1 ECR entre os grupos. Para a comparação laser versus clonazepam, com qualidade de evidência muito baixa houve melhora a favor do laser nos seguintes desfechos: dor com DM= -0,01; 95%IC [-2,42 a 2,40]; I²= 0%; N=33; 1 ECR; qualidade de vida com DM= -19,65; 95%IC [-45,97 a 6,67]; N=33; 1 EC; ansiedade e depressão com DM= 1,05; 95%IC [-2,83 a 4,93]; N=33; 1 ECR. Conclusão: A dor foi menos comum quando utilizado o laser de baixa potência comparado ao placebo e clonazepam. No entanto a qualidade da saúde oral foi melhor apenas quando o laser foi comparado ao clonazepam. As evidências obtidas são de qualidade baixa e muito baixa, isto significa que o verdadeiro efeito pode apresentar substancialmente diferente da estimativa de efeito. Novos ECR bem conduzidos são necessários a fim de aumentar o grau de certeza da evidência obtida.