Navegando por Palavras-chave "Th17/Treg"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeitos do eugenol e deidrodieugenol na modulação da imunidade adaptativa (Th17/Treg) em modelo experimental de asma(Universidade Federal de São Paulo, 2021-11-26) Lourenço, Luiz Otávio [UNIFESP]; Prado, Carla Máximo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1740478426977844; http://lattes.cnpq.br/9172546146050077; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: A asma é um problema de saúde pública, particularmente em sua forma mais grave e é definida como uma doença inflamatória crônica de vias aéreas. Apesar do avanço dos tratamentos e de vários novos fármacos, ainda existe uma porcentagem dos pacientes que não melhoram com o uso de corticosteroides e que evoluem a óbito ou apresentam alta morbidade. Nosso grupo demonstrou previamente que o eugenol (EUG) e deidrodieugenol (DHDE), este último um composto fenólico dímero do eugenol, reduziu a inflamação pulmonar em modelo de asma experimental eosinofílico e também em modelo que simula a forma mais grave da asma, o neutrofílico ou misto. Assim, o presente estudo busca entender quais mecanismos estão envolvidos nos efeitos do deidrodieugenol em modelo de asma experimental, e nossa hipótese é que este composto possa melhorar a resposta imune. Objetivos: Avaliar se o tratamento com o eugenol ou deidrodieugenol modulam a imunidade inata e adaptativa (Th17/Treg) em modelo de asma em camundongos. Metodologia: Animais do grupo controle receberam apenas solução salina 0,9%, enquanto o grupo ovoalbumina (OVA) e aqueles tratados com EUG e DHDE foram sensibilizados com injeção intraperitoneal de ovoalbumina + hidróxido de alumínio nos dias 0 e 14 do protocolo, e posteriormente foram submetidos ao desafio inalatório nos dias 22, 24, 26 e 28 com ovoalbumina 1%, o grupo controle apenas solução salina. O eugenol e o deidrodieugenol foram administrados na concentração de 10 mg/kg do dia 22 ao dia 29. Os grupos controle e OVA receberam veículo como tratamento. No 29o dia do protocolo, os animais foram eutanasiados e o pulmão coletado para análise de células inflamatórias e remodelamento pulmonar por coloração de hematoxilina e eosina (H&E) e picrosírius, respectivamente, e células positivas para CD20, CD8, IL-17, IL-10, IL-4, TNF- α, FOXP3-Treg, STAT3 e NF-κB ao redor de vias aéreas, espaço peribroncovascular e parênquima pulmonar por meio de imunohistoquímica. Além disso foi conduzido a obtenção do lavado broncoalveolar e citometria de fluxo em painel de células e fatores de transcrição, sendo feita ainda a concatenação destes dados em agrupamentos de células de acordo com seus marcadores. Resultados: Animais do grupo OVA apresentaram aumento de células mononucleares e polimorfonucleares e fibras colágenas e células positivas para CD20, CD8, para as citocinas de perfil Th1 (TNF-α), Th2 (IL-4), Th17 (IL-17) e Treg (IL-10) e positivas para fatores de transcrição STAT3, NF-κB e FOXP3 tanto em vias aéreas quanto no espaço peribroncovascular e no parênquima tecidual. Na citometria de fluxo detectamos que a sensibilização com OVA induziu aumento células inatas (macrófagos, eosinófilos, linfócitos e células dendríticas) e adaptativas (linfócitos Th2, Th17, CD8 e Treg). Os tratamentos com EUG e DHDE foram capazes de reduzir diversos marcadores inflamatórios como células positivas para CD20, CD8, IL-17, IL-4, TNF-α, STAT3 e NF-κB nos diferentes compartimentos pulmonares. Além disso, o tratamento com DHDE ainda aumentou o número de células positivas para FOXP3 e reduziu as células positivas para IL-17 no parênquima pulmonar, sugerindo que estes compostos podem interferir com o equilíbrio Th17/Treg neste modelo. Estes dados sugerem que estes compostos tem um potencial anti-inflamatório em modelo de asma por redução das respostas Th1, Th2 e Th17 e pelo menos em parte, aumento de células T regulatórias, melhorando assim o equilíbrio entre estes perfis.