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- ItemAcesso aberto (Open Access)Classificação da aptidão cardiorrespiratória e seu papel mediador na saúde cardiometabólica e respiratória de adultos: resultados transversal do estudo EPIMOV(Universidade Federal de São Paulo, 2019-12-05) Dourado, Victor Zuniga [UNIFESP]; Dourado, Victor Zuniga [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1919368500743497; http://lattes.cnpq.br/1919368500743497; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)RESUMO PARTE 1: CLASSIFICAÇÃO DA APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA INTRODUÇÃO: A American Heart Association recomendou em 2016 que a avaliação da aptidão cardiorrespiratória (ACR) seja considerada um sinal vital na prática clínica devido à sua importância na triagem do risco cardiometabólico. Entretanto, a avaliação da ACR ainda não tem sido incorporada como estratégia de rotina. Tabelas de normalidade e equações de predição do consumo máximo de O2 (V ̇O2max), principalmente utilizando testes mais simples como o teste de caminhada de seis minutos (TC6), poderiam facilitar o uso da avaliação da ACR na prática clínica e na saúde pública. OBJETIVOS: Avaliar a ACR e suas alterações relacionadas ao sexo e idade, bem como oferecer tabelas de normalidade para a distância percorrida no TC6 (DTC6) em adultos com base na classificação obtida por avaliação direta da ACR (i.e., V ̇O2max). MÉTODOS: Avaliamos os resultados de 1295 participantes adultos entre 18 e 80 anos (60% mulheres) que realizaram a primeira avaliação no Estudo Epidemiológico do Movimento Humano (EPIMOV). O V ̇O2max foi avaliado diretamente durante teste de exercício cardiorrespiratório máximo realizado em esteira sob protocolo de rampa. O TC6 foi aplicado conforme padronização internacional. Peso, estatura foram mensurados e o índice de massa corporal (IMC) foi calculado. A ACR foi classificada para sexo e faixa etária de acordo com os percentis (p) como se segue: muito fraca (< p5%), fraca (p5% - p25%), regular (p26% - p50%), boa (p51% - p75%), excelente (p76% - p95%) e superior (> p95%), tanto para o V ̇O2max quanto para o TC6. As alterações do V ̇O2max e da DTC6 relacionadas ao sexo e idade foram avaliadas e calculamos o declínio por década (18-29, 30-39, 40-49, 50-59, 60-80 anos). A correlação entre a DTC6 e o V ̇O2max foi inspecionada e uma equação foi desenvolvida para estimativa do V ̇O2max com base na DTC6. De acordo com a classificação do V ̇O2max (i.e., padrão ouro), investigamos a DTC6 em percentual do predito com maior combinação de sensibilidade e especificidade para identificar cada uma das classificações do V ̇O2max utilizando curvas ROC. RESULTADOS: O V ̇O2max declinou em homens e mulheres, ambos em média em 8,7% por década. A DTC6, em média, declinou 9,3% por década nas mulheres e 9,5% por década nos homens. A DTC6 apresentou correlação significativa exponencial com o V ̇O2max (V ̇O2max(mL/min/kg) = 4,910 x exp (0,003 x DTC6(m)); R2 = 0,548). Produzimos tabelas de classificação da ACR nas faixas etárias 18-27, 28-34, 35-42, 43-51, 52-59 e 60-80 anos. Considerando a classificação da ACR obtida por meio do V ̇O2max como critério padrão ouro, a DTC6, em percentual do predito, apresentou excelente capacidade para identificar a ACR muito fraca (DTC6 ≤ 96%; AUC = 0,819). Apresentou boa capacidade para identificar a ACR fraca (DTC6 = 97 – 103%; AUC = 0,735), excelente (DTC6 = 107 – 109%; AUC = 0,715) e superior (DTC6 > 109%; AUC = 0,790). Entretanto, não foi capaz de diferenciar a ACR regular e boa. CONCLUSÕES: A classificação da ACR por meio da DTC6 é válida em comparação à ACR diretamente avaliada pelo V ̇O2max e poderia ser utilizada na prática clínica e na saúde pública para a triagem e monitoramento do risco cardiometabólico e respiratório de adultos da população em geral. RESUMO PARTE 2: PAPEL MEDIADOR DA APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA INTRODUÇÃO: Estudos de grande dimensão identificaram os baixos níveis de atividade física moderada a vigorosa (AFMV) e aptidão cardiorrespiratória (ACR) como causadores independentes de problemas cardiometabólicos e respiratórios em adultos. Entretanto, a influência combinada desses atributos tem sido investigada inapropriadamente, considerando a ACR como um confundidor. Levantamos a hipótese de que a ACR desempenha papel mediador significativo na relação entre a AFMV e tais desfechos de saúde indesejáveis. OBJETIVO: Investigar o papel mediador da ACR na correlação entre a AFMV e atributos cardiometabólicos e respiratórios em adultos assintomáticos. MÉTODOS: Avaliamos 1295 adultos entre 18 e 80 anos (60% mulheres) que utilizaram um acelerômetro triaxial acima do quadril dominante durante sete dias para avaliação da AFMV. O consumo máximo de O2 (V ̇O2max) foi avaliado diretamente durante teste de exercício cardiorrespiratório realizado em esteira. Fizemos três medidas da pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) em repouso. A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) foi avaliada durante 10 minutos de repouso na posição supina por um monitor de frequ6encia cardíaca. A glicemia, colesterol total e triglicérides foram avaliados em jejum. A composição corporal foi avaliada por impedância bioelétrica tetrapolar. Realizamos espirometria para registrar a capacidade vital forçada (CVF) e o volume expiratório forçado em 1 s (VEF1). O papel mediador do V ̇O2max na relação entre AFMV (variável independente) e as variáveis cardiometabólicas e respiratórias (variáveis dependentes) foi investigado por meio de equações estruturais com cálculo dos efeitos totais (c), indiretos (ab) (i.e., mediados) e diretos (c’). O teste Sobel-Goodman foi utilizado para calcular a proporção de efeitos totais mediados. As análises de mediação foram ajustadas pela idade, sexo e escore de risco cardiovascular e, no caso do VEF1 e CVF, também para a estatura. RESULTADOS: Observamos papel mediador completo da ACR na gordura corporal e na taxa metabólica basal, com 97% e 98% dos efeitos totais mediados, respectivamente. O papel mediador do V ̇O2max foi completo também para a função pulmonar quando considerada a CVF como desfecho, com efeitos totais mediados entre 81% (CVF em L) e 93% (CVF em %pred.). Para as variáveis metabólicas o papel mediador do V ̇O2max foi significativo apenas para os triglicérides, com 77,7% do efeito total mediado. Os efeitos totais mediados pelo V ̇O2max foram significativos para quase todas as variáveis de VFC, com proporções dos efeitos totais mediados entre 36% e 64%. A AFMV não apresentou efeito total significativo na PAS ou na PAD. Diferentemente, o V ̇O2max influenciou significativamente as medidas de pressão arterial. Observamos mediação inconsistente, com a ACR atuando como variável supressora neste caso. CONCLUSÕES: A influência da AFMV na saúde cardiometabólica e respiratória de adultos é amplamente mediada pela ACR, o que demanda o delineamento de estratégias preventivas mais focadas na atividade física com intensidade suficiente para aumentar a ACR. Portanto, o presente estudo reforça as recomendações atuais no sentido de adicionar a avaliação da ACR realmente como um sinal vital na prática clínica e na saúde pública.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Comparação da capacidade aeróbia e da potência anaeróbia em atletas de futsal e futebol de campo da categoria sub-13(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013-12-17) Rodrigues, Caio Cesar Amaral Oliveira [UNIFESP]; Azevedo, Paulo Henrique Silva Marques de [UNIFESP]; Pereira, Paulo Eduardo de Assis [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5371259342713271; http://lattes.cnpq.br/6559911217770194; http://lattes.cnpq.br/6559911217770194; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O objetivo do presente estudo é comparar os índices fisiológicos de potência anaeróbia e VO2máx entre atletas de futsal e futebol de campo, e identificar qual modalidade tem atletas com melhor capacidade aeróbia e qual tem atletas com maior potência anaeróbia. Participaram desse estudo 21 atletas da categoria sub-13, todos do sexo masculino, sendo 10 jogadores de futsal e 11 jogadores de futebol de campo. Para avaliar a potência anaeróbia foi utilizado o Running-based Anaerobic sprint test. O teste consiste em seis spints de 35m com intervalos de 10s entre eles. Para avaliação do componente aeróbio (VO2máx) foi utilizado o Shuttle Run Test, teste de vai-e-vem de 20 metros, que constituiu de corridas de “ida e volta” em um percurso total de 40 metros, com velocidade inicial de 8,5 km/h com aumento progressivo de 0,5 km/h a cada estágio com duração de 1 minuto aproximadamente. Foram obtidos os seguintes valores: potência máxima (watts) 357,46 124,02 para o futsal e 273,51 73,40 para o futebol de campo, potência média 263,35 84,31 para o futsal e 234,17 62,50 para o futebol de campo, potência mínima 202,13 58,27 para o futsal e 193,95 52,06 para o futebol de campo, quanto ao VO2máx (ml/kg/min) os dados obtidos foram de 46,40 3,25 para o futsal e 46,40 5,20 para o futebol de campo. Não havendo diferença significativa entre os dados avaliados tanto na potência anaeróbia quanto na capacidade aeróbia.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeito de dois anos da pandemia de COVID-19 no nível de condicionamento físico de indivíduos saudáveis(Universidade Federal de São Paulo, 2023) Martins, Lavínia Vivan Ferreira [UNIFESP]; Andrade, Marília dos Santos [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8618739762906389; http://lattes.cnpq.br/0486922353140034A pandemia de COVID-19 gerou, para além dos efeitos na saúde dos indivíduos infectados, uma série de outros efeitos negativos, inclusive na população não infectada. Aumento dos níveis de estresse, ansiedade, depressão e redução dos níveis de atividade física estão entre esses efeitos. Os efeitos negativos da redução do nível de atividade física são extremamente preocupantes, uma vez que indivíduos pouco ativos apresentam baixo nível de condicionamento cardiorrespiratório, que, por sua vez, está relacionado com maior risco de morbidade e mortalidade por doenças crônico degenerativas, tais como: diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares. Apesar de sabido que o nível de atividade física diminuiu durante a pandemia, não sabemos a magnitude desse impacto no nível de condicionamento cardiorrespiratório. O objetivo do presente estudo foi comparar o nível de condicionamento cardiorrespiratório, a partir do consumo máximo de oxigênio ( VO2máx) em corredores de rua entre janeiro de 2020 e janeiro 2022. Participaram do estudo 34 homens (46,8 ± 44,7 anos) classificados como muito ativos antes da pandemia. Os indivíduos responderam a um questionário sobre o nível de atividade física, e foram submetidos a um teste de esforço incremental máximo para mensuração do VO2máx nos dois períodos de avaliação. Apesar de não ter havido alteração nos níveis de atividade física geral entre as duas avaliações (p=0,07; d=0,325), os resultados evidenciaram uma significativa redução do tempo dedicado à realização de atividades de intensidade vigorosa (p=0,03; d=0,035), aumento significativo do tempo de caminhada (p=0,04; d=-0,42) e aumento significativo no tempo sentado semanal (p<0,001; d=0,77). Concomitantemente, houve queda significativa (16,7± 7,3%) do VO2máx entre em janeiro de 2020 e janeiro de 2022 (p<0,001; d=2.152). A alteração observada no padrão de atividade física durante a pandemia COVID-19 (diminuição das atividade vigorosas e aumento da caminhada e do tempo sentado) impactou negativamente a capacidade funcional dos indivíduos, o que provoca aumento do risco de doenças crônico degenerativas, de dependência física e de mortalidade. Desta forma, torna-se muito importante que programas de atividade física sejam incentivados para a população a fim de minimizar os efeitos negativos secundários da pandemia de COVID-19.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Impacto do envelhecimento no consumo máximo de oxigênio de corredores: análise do ajuste para massa magra, massa corporal total e valores absolutos(Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-28) Seffrin Neto, Aldo Antonio; Andrade, Marília dos Santos [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8618739762906389; http://lattes.cnpq.br/5035421677780773Introdução: O desempenho em esportes de resistência diminui à medida que envelhecemos, o que tem sido atribuído principalmente ao envelhecimento cardiovascular e musculoesquelético. No entanto, ainda não há informações claras sobre os fatores mais afetados pelo envelhecimento, especialmente em relação à capacidade cardiorrespiratória. Objetivo: Comparar dois grupos de corredores, um com menos de 50 anos e outro com 50 anos ou mais, levando em consideração o consumo máximo de oxigênio (V̇ O2max) absoluto, V̇ O2max ajustado à massa corporal, V̇ O2max ajustado à massa magra dos membros inferiores, limiar ventilatório (LV) e ponto de compensação respiratória (PCR). Métodos: Um total de 78 corredores recreacionais de longa distância do sexo masculino foram divididos em Grupo 1 (38,12 ± 6,87 anos) e Grupo 2 (57,55 ± 6,14 anos). Os participantes foram avaliados quanto à composição corporal (DXA), V̇ O2max, LV e PCR (Protocolo Ellestad). Resultados: O Grupo 1 apresentou valores de V̇ O2max absolutos (l·min−1) e ajustados à massa corporal (ml·kg−1·min−1) (4,60 ± 0,57 (mediana = 4,48) e 61,95 ± 8,25 (mediana = 61,91), respectivamente) mais altos do que o Grupo 2 (3,77 ± 0,56 (mediana = 3,80) e 51,50 ± 10,22 (mediana = 49,21), respectivamente), indicando uma diferença significativa (∆ = 0,83, p < 0,001, d = -1,46, IC(d) = -1,97 a -0,94 e ∆ = 10,45, p < 0,001, d = -1,16, IC(d) = -1,65 a -0,66). Da mesma forma, o Grupo 1 mostrou um V̇ O2max ajustado à massa magra dos membros inferiores (ml·kgMM−1·min−1) significativamente maior (251,72 ± 29,60 (mediana = 250,47)) do que o Grupo 2 (226,36 ± 43,94 (mediana = 224,74)), (∆ = 25,36, p = 0,008, d = -0,71, IC(d) = -1,19 a -0,24). O VT (%V̇ O2max) (∆ = -1,89, p = 0,271, d = 0,24) e o PCR (%V̇ O2max) (∆ = - 1,05, p = 0,403, d = 0,19) não diferiram entre os grupos. Conclusões: Esses achados sugerem que tanto as variáveis limitadas por condições centrais ou periféricas são negativamente afetadas pelo envelhecimento, mas a magnitude do efeito é maior nas variáveis limitadas por condições centrais. Esses resultados contribuem para nossa compreensão de como o envelhecimento afeta corredores mais experientes.