Navegando por Palavras-chave "malassezia"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Seborreia e dermatite seborreica: estudo clínico-laboratorial, comparativo e randomizado sobre eficácia e segurança da isotretinoína oral em dose baixa e identificações fenotípica e genotípica do gênero malassezia spp(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2014-06-30) Kamamoto, Cristhine de Souza Leão [UNIFESP]; Bagatin, Edileia [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Fundamentos: o uso off label da isotretinoína oral para seborreia e dermatite seborreica foi relatado na literatura em estudos abertos em combinação com medicações tópicas. Quando utilizada a dose convencional, apresenta ação anti-inflamatória e reduz a secreção do sebo e volume da glândula sebácea. Considerando tais propriedades, acredita-se que possa controlar a seborreia e dermatite seborreica em dose baixa. Objetivos: avaliar a eficácia e segurança da isotretinoína oral em dose baixa na redução da secreção sebácea e no controle da seborreia/dermatite seborreica moderada a grave, da face e couro cabeludo, comparada ao tratamento tópico anti-seborreico; quantificar a secreção sebácea (medição da secreção sebácea) na face e/ou couro cabeludo; analisar a hidratação da pele da face; verificar o impacto dos tratamentos na qualidade de vida e realizar as identificações fenotípica e genotípica de amostras de leveduras do gênero Malassezia obtidas da superfície cutânea do couro cabeludo, antes e após os tratamentos. Métodos: estudo de intervenção terapêutica, randomizado e comparativo incluiu homens e mulheres, de 18 a 40 anos, com seborreia/dermatite seborreica moderada a grave, após verificação de critérios de seleção. Foram constituídos dois grupos randomizados para tratamento: (a) isotretinoína oral (ISO), 10 mg/dia, em dias alternados e (b) xampu e sabonete anti-seborreicos (XAMPU) três vezes por semana durante seis meses. A eficácia foi avaliada pela opinião do participante da pesquisa, escore clínico de gravidade (escore total e sinais clínicos), medição da secreção sebácea pelo Sebumeter® nas fases pré, meio e após tratamento e qualidade de vida antes e ao final do tratamento. A segurança foi verificada pelo relato e ocorrência de eventos adversos clínico-laboratoriais e pela medição da hidratação da pele. A população intention-to-treat foi submetida à análise estatística. A coleta de escamas/sebo do couro cabeludo foi realizada e incubados no meio de Dixon modificado a 32 º C. Procedeu-se às identificações fenotípica e genotípica. O seqüenciamento do DNA utilizou primers para as regiões ITS e D1/D2 do DNA ribossomal. Resultados: os participantes dos grupos ISO (n=25) e XAMPU (n=20) apresentaram idade média de 28,7 ± 5,8 e 29,8 ± 6,5 respectivamente, e a associação entre seborreia/dermatite seborreia correspondeu ao diagnóstico clínico mais frequente; houve melhora na opinião dos participantes, do escore clínico de gravidade e redução de produção de sebo do couro cabeludo sem diferenças entre os tratamentos. Na face, o nível de secreção sebácea foi menor no grupo ISO. Houve melhora clínica da qualidade de vida nos dois grupos e os eventos adversos foram previsíveis, de intensidade leve em sua maioria, e bem controlados. M. globosa e M. restricta foram as espécies predominantes isoladas no couro cabeludo em ambos os grupos antes e após os tratamentos. Outras espécies fúngicas que não Malassezia também foram identificadas. Limitações: pequeno número de participantes; dose baixa de isotretinoína sem considerar peso e falta de seguimento prolongado. Conclusões: dose baixa de isotretinoína oral foi eficaz e segura para seborreia/dermatite seborreica moderada a grave, com redução significante da taxa de secreção sebácea. Entretanto, não foi superior ao tratamento tópico. As Malassezia spp. colonizaram a pele do couro cabeludo em ambos os grupos mesmo após tratamento.