Navegando por Palavras-chave "phénoménologie"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)A língua e o outro: giros da linguagem na obra de Jean-François Lyotard(Universidade Federal de São Paulo, 2021-05-17) Mur, Jonas; Carrasco, Alexandre de Oliveira Torres; http://lattes.cnpq.br/9900707017877536; http://lattes.cnpq.br/2385165445956465Esta dissertação busca analisar os giros da linguagem no interior da obra de Jean-François Lyotard. Delimitamos esta pesquisa a partir da perspectiva dos estudos linguísticos, semióticos e da filosofia da linguagem, abordando, sobretudo, os escritos da década de 1970. Inicia-se com uma análise detalhada do seu doctorat d’État, o livro Discours, figure (1971), em que se toma como objeto a estética e a arte, designando o “figural” como elemento “fora da linguagem” (primeiro giro) a partir de um cruzamento da fenomenologia, estruturalismo e psicanálise. Em Dérive à partir de Marx et Freud (1973), Des dispositifs pulsionnels (1973) e Économie libidinale (1974), consolida-se uma “filosofia libidinal” em que se afirmam os “signostensores” por meio de uma metafísica pulsional engendrada pela “banda libidinal”. Seguem-se Instructions païennes (1977) e Rudiments païens (1977) afirmando as singularidades periféricas, isto é, forças antagônicas à unidade e ao centro que ele reúne sob o nome “paganismo”. No contexto de um tournant langagier, ocorre uma retração da sua “filosofia libidinal” prévia, direcionando-se a uma “linguagem sem fora” (segundo giro) que se situa no interior das análises discursivas na pragmática, dos paradoxos lógicos da sofística e dos jogos de linguagem. A heterogeneidade dos jogos de linguagem é apresentada em A condição pósmoderna (1979) e Au juste (1979); em seguida, a “linguagem sem fora” ontologizada se consolida nos “regimes de frase” e nos “gêneros de discurso” de Le différend (1983). Estimulada por uma divisão didática da obra elaborada por Alberto Gualandi (porém panorâmica na análise entre as continuidades e descontinuidades conceituais internas aos textos de Lyotard), a hipótese central que orienta esta dissertação consiste em mostrar que os deslocamentos teóricos na década de 1970, bem como as múltiplas concepções de linguagem de Lyotard movimentam-se em um “fora” e um “dentro” da linguagem, sobretudo por meio das noções de acontecimento e alteridade. Por fim, pretendemos introduzir em língua portuguesa o pensamento complexo e fecundo de Lyotard para além da sua importância nos estudos estéticos, ao destacar inovações nos estudos contemporâneos de epistemologia, linguagem, psicanálise, ética e política.