Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH)
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A Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH) foi inaugurado em março de 2007 e fica no campus Guarulhos. Informações: https://www.unifesp.br/campus/gua/
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Navegando Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH) por Palavras-chave "(pós-)fotografia expandida"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Poéticas do sensível no campo expandido do (pós-) fotográfico(Universidade Federal de São Paulo, 2023-09-22) Oliveira, Gabriel Brito Bueno de [UNIFESP]; Filho, Osvaldo fontes [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4167849706894566; http://lattes.cnpq.br/7716733740832466Esta pesquisa propõe percorrer certas intermitências visuais promovidas pelo digital turn e o trabalho que uma fotografia expandida motiva junto à materialidade da imagem e a seu registro do tempo por força do deslocamento que promove de uma indicialidade de fundo. A noção de “campo expandido” (bem como de seu subconjunto, a “pós-fotografia”) aqui trabalhada aponta para uma encruzilhada entre indeterminações, abre perspectivas de narrativas visuais diferenciadas, cria tensões entre modos diversos de representação, aponta, enfim, para uma inespecificidade da imagem contemporânea. O que se focaliza, pois, é uma mudança de estatuto, de percepção e de possibilidade formal, indicativa de uma livre migração dos media. Razão porque um dos objetivos desta pesquisa seja examinar um pensar próprio ao manuseio de imagens: reenquadramentos, recuperações de arquivos, lampejos de imaginação, enfim, procedimentos capazes de criar novas possibilidades estéticas, portanto mundos possíveis, para renovadas sensibilidades e sentidos. As poéticas visuais aqui percorridas, demonstrativas dessas novas possibilidades formais, apontam ainda para um trabalho com temporalidades que se entrelaçam, que assumem o anacronismo ao tecerem novas redes de produção de memória. Razão porque evocamos a intermitência das imagens pós-fotográficas que relampejam memórias e onde found footage e found photography ecoam impertinências visuais junto ao frame realocado para fora das “grandes narrativas” legitimadoras das especificidades artísticas. Este trabalho se quer na forma de uma heurística, assentado sobre uma lógica da incerteza - preconizada por Georges Didi-Huberman para toda escrita em história da arte -, heurística que procura dialogar com um campo expandido do fotográfico. A noção de pós-fotografia, usada aqui como uma das categorias da inespecificidade assumida pela estética contemporânea, permite falar de uma verdade da ficção, de uma imagem-ficção, de uma imagem-como-mundo-possível. Para além da negação da fotografia em sua trajetória de linguagem consolidada, busca-se mostrar como o rompimento teórico (e procedural) de uma imagem-traço possibilita um olhar generoso para com a imagem em sua fisicalidade, com o desconcerto inerente ao fato de ali encontrar algo da ordem de uma indeterminação e precariedade com dons de potencialidade criativa. Nosso empenho será, pois, o de mostrar como o trabalho fotográfico em campo expandido, com o consequente desassossego das indeterminações presentes nas fronteiras da indicialidade fotográfica, permite uma renovada poética do sensível.