O luto amoroso: uma leitura de Paisagem com dromedário, de Carola Saavedra
Data
2016-08-18
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Published in 2010, Landscape with dromedary is writer Carola Saavedra?s third novel. In 22 recordings addressed to Alex, her object of love, the narrator and character Erika recounts her love exile on an island not named, only described, shortly after the death of the other vertex of a triangular love relationship, the young Karen. In contact with this landscape, appropriated by the narrator, she writes. The need to share with Alex the sensations and emotions caused by this landscapemakes Érika compose her recordings, with the belief that sound is the most effective to reach the other the way we want.In these recordings, which make up a mourning journal, the narrator enters her intimacy, seeking to define the real places of her relationship with Alex and Karen. At the same time, she carries out her work of mourning, Erika reflects on the concepts of contemporary art and, at the end of the narrative, we find out that the recordings have become an installation. Through this transformation the recipient is no longer only Alex,but also the viewers and we, the readers, come into contact with the reflection of relational art, in which everything can be art, depending on the interpretation of the viewer. This work seeks to analyze the main themes present in the Saavedra?s novel: landscape, love, mourning, intimacy, addressing and art, approached by the narrator?s fragmentary discursive elaboration during her loving mourning work, to recall and make Karen present. Theorists like Roland Barthes, Julia Kristeva, Anne Cauquelin, Jacques Derrida, Zygmund Bauman, Nicolas Bourriaud and Michel Foucault assist us in the understanding of these issues, as well as the psychoanalytic perspective, through the light of Sigmund Freud.
Publicado em 2010, Paisagem com dromedário é o terceiro romance da escritora Carola Saavedra. Em 22 gravações destinadas a Alex, seu objeto de amor, a narradora-personagem Érika narra seu exílio amoroso em uma ilha não nomeada, apenas descrita, logo após a morte do outro vértice de um relacionamento triangular amoroso, a jovem Karen. É no contato com essa paisagem, apropriada pela narradora, que ela grava.A necessidade de compartilhar com Alex as sensações e emoções provocadas por essa paisagem faz com que Érika componha as suas gravações, acreditando na maior eficácia do som para atingir o outro do modo como desejamos. Nessas gravações, que compõem um diário de luto, a narradora adentra a sua intimidade, procurando definir os verdadeiros lugares de sua relação com Alex e Karen. Ao mesmo tempo em que realiza seu trabalho de luto, Érika reflete sobre os conceitos da arte contemporânea e, ao fim da narrativa, descobrimos que as gravações se tornaram uma instalação. É nessa transformação que o destinatário não passa a ser somente Alex e, sim, os espectadores, e nós, leitores, entramos em contato com a reflexão da arte relacional, em que tudo pode ser arte, dependendo da interpretação do espectador. Assim, este trabalho busca analisar as principais temáticas presentes no romance de Saavedra: paisagem, amor, luto, intimidade, endereçamento e arte,abordadas através da elaboração discursiva fragmentária da narradora, durante o seu trabalho de luto amoroso, ao rememorar e presentificar Karen. Teóricos como Roland Barthes, Julia Kristeva, Anne Cauquelin, Jacques Derrida, Zygmund Bauman, Nicolas Baurriaud e Michel Foucault auxiliarão na compreensão desses temas, além da perspectiva psicanalítica, sob a luz de Sigmund Freud.
Publicado em 2010, Paisagem com dromedário é o terceiro romance da escritora Carola Saavedra. Em 22 gravações destinadas a Alex, seu objeto de amor, a narradora-personagem Érika narra seu exílio amoroso em uma ilha não nomeada, apenas descrita, logo após a morte do outro vértice de um relacionamento triangular amoroso, a jovem Karen. É no contato com essa paisagem, apropriada pela narradora, que ela grava.A necessidade de compartilhar com Alex as sensações e emoções provocadas por essa paisagem faz com que Érika componha as suas gravações, acreditando na maior eficácia do som para atingir o outro do modo como desejamos. Nessas gravações, que compõem um diário de luto, a narradora adentra a sua intimidade, procurando definir os verdadeiros lugares de sua relação com Alex e Karen. Ao mesmo tempo em que realiza seu trabalho de luto, Érika reflete sobre os conceitos da arte contemporânea e, ao fim da narrativa, descobrimos que as gravações se tornaram uma instalação. É nessa transformação que o destinatário não passa a ser somente Alex e, sim, os espectadores, e nós, leitores, entramos em contato com a reflexão da arte relacional, em que tudo pode ser arte, dependendo da interpretação do espectador. Assim, este trabalho busca analisar as principais temáticas presentes no romance de Saavedra: paisagem, amor, luto, intimidade, endereçamento e arte,abordadas através da elaboração discursiva fragmentária da narradora, durante o seu trabalho de luto amoroso, ao rememorar e presentificar Karen. Teóricos como Roland Barthes, Julia Kristeva, Anne Cauquelin, Jacques Derrida, Zygmund Bauman, Nicolas Baurriaud e Michel Foucault auxiliarão na compreensão desses temas, além da perspectiva psicanalítica, sob a luz de Sigmund Freud.
Descrição
Citação
CRUZ, Patricia Mariz da. O luto amoroso: uma leitura de Paisagem com dromedário, de Carola Saavedra. 2016. Dissertação (Mestrado) - Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Guarulhos, 2016.