Associacao do nivel socioeconomico, manifestacoes clinicas, alteracoes laboratoriais e indice de dano(SLICC) em pacientes com lupus eritematoso sistemico, atendido em servico terciario
Data
2004
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objetivos: Determinar o indice de dano (ID) atraves do Systemic Lupus Iinternational Collaborating Clinics/ACR Damage Index for Systemic Lupus Erythematosus (SLICC/ACR-DI), em pacientes com lupus eritematoso sistemico (LES), atendidos em hospital universitario e avaliar a possivel associacao do nivel socioeconomico (NSE), idade de inicio da doenca, manifestacoes clinicas, alteracoes laboratoriais e dano. Pacientes e Metodos: Cento e setenta pacientes com LES foram entrevistados para obtencao de dados demograficos e socioeconomicos (idade, cor, sexo, escolaridade, estado civil, tipo de moradia, renda familiar e per capita e classificacao economica). A revisao de prontuarios foi realizada, para avaliacao dos aspectos clinicos e laboratoriais da doenca [idade do inicio ( 16 anos;  21 anos) e idade ao diagnostico da doenca, tempo de doenca (TD); criterios de classificacao ACR, presenca de autoanticorpos e hipocomplementemia)]. Os escores do SLICC foram obtidos atraves da entrevista com o paciente, avaliacao clinica e revisao de prontuarios. Analise estatistica: A analise univarida foi feita com os testes de Mann-Whitney, Fisher, qui-quadrado e Kruskal-Wallis. 0 coeficiente de Spearman foi utilizado para avaliar possivel correlacao de SLICC com: tempo de doenca, tempo de inicio de doenca, idade ao diagnostico, idade atual, numero de criterios ACR ao diagnostico e ao longo da doenca (numero total), numero de pulsos com ciclofosfamida (CFM) e MPS (metilprednisolona), classificacao economica, escolaridade e salario minimo por pessoa. No modelo inicial de regressao logistica foram incluidas as seguintes variaveis: tempo de doenca, numero de criterios do ACR ao diagnostico e numero total de criterios, hipocomplementemia, anticorpos anti-DNAn, anticorpos aCl, pulsoterapia com MPS e/ou pulsoterapia com CFM. Valores com p<0,05 foram considerados estatisticamente significantes. Resultados: Cento e dez pacientes (64,5 por cento) apresentaram algum dano ao longo da doenca, A media de SLICC foi de 1,26 ±1,38 e a media do TD foi de 90,9 meses. 0 dano cutaneo (17,6 por cento) foi o mais frequente, seguido do musculoesqueletico (15,3 por cento), neuropsiquiatrico (14,7 por cento), vascular periferico (11,2 por cento) e renal (9,4 por cento). Na analise univariada foi encontrada associacao significante entre nefrite (p=0,004), anticorpos auti-DNAn (p=0,047), anti-aCl (p=0,030) e hipocomplementemia (p=0,007) e ID. No modelo final de analise de regressao multipla para o SLICC as seguintes variaveis foram significantes: TD (r=0,3; p<0,001), numero de pulsos com CFM (r = 0,392; p<0,001) e numero de pulsos com MPS (r= 0.285; p<0,001). Nao houve correlacao do com NSE com dano. Conclusao: A media do SLICC em nosso estudo nao parece ser diferente da referida na literatura, em trabalhos avaliando pacientes com tempo de doenca comparavel. Pacientes com maior tempo de doenca apresentaram maior indice de dano. Nao foi encontrada correlacao entre nivel socioeconomico e indice de dano. A analise de regressao multipla mostrou correlacao do tempo de doenca, numero de pulso com ciclofosfamida e numero de pulso com metilprednisolona e dano
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São Paulo: [s.n.], 2004. 61 p.