Comparison between cardiac output values measured by thermodilution and partial carbon dioxide rebreathing in patients with acute lung injury
Data
2004-12-01
Tipo
Artigo
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Resumo
CONTEXT: Thermodilution, which is considered to be a standard technique for measuring the cardiac output in critically ill patients, is not free from relevant risks. There is a need to find alternative, noninvasive, automatic, simple and accurate methods for monitoring cardiac output at the bedside. OBJECTIVE: To compare cardiac output measurements by thermodilution and partial carbon dioxide rebreathing in patients with acute lung injury at two levels of severity (lung injury score, LIS: below 2.5, group A; and above 2.5, group B). TYPE OF STUDY: Comparative, prospective and controlled study. SETTING: Intensive Care Units of two university hospitals. METHODS: Cardiac output was measured by thermodilution and partial carbon dioxide rebreathing. Twenty patients with acute lung failure (PaO2/FiO2 < 300) who were under mechanical ventilation and from whom 294 measurements were taken: 164 measurements in group A (n = 11) and 130 in group B (n = 9), ranging from 14 to 15 determinations per patient. RESULTS: There was a poor positive correlation between the methods studied for the patients from groups A (r = 0.52, p < 0.001) and B (r = 0.47, p < 0.001). The application of the Bland-Altman test made it possible to expose the lack of agreement between the methods (group A: -0.9 ± 2.71 l/min; 95% CI = -1.14 to -0.48; and group B: -1.75 ± 2.05 l/min; 95% CI = -2.11 to -1.4). The comparison of the results (Student t and Mann-Whitney tests) within each group and between the groups showed significant difference (p = 0.000, p < 0.05). DISCUSSION: Errors in estimating CaCO2 (arterial CO2 content) from ETCO2 (end-tidal CO2) and situations of hyperdynamic circulation associated with dead space and/or increased shunt possibly explain our results. CONCLUSION: Under the conditions of this study, the results obtained allow us to conclude that, in patients with acute lung injury, the cardiac output determined by partial rebreathing of CO2 differs from the measurements obtained by thermodilution. This difference becomes greater, the more critical the lung injury is.
CONTEXTO: A termodiluição, considerada técnica padrão para medida do débito cardíaco em pacientes graves, não é isenta de riscos relevantes. Faz-se necessário encontrar métodos alternativos não invasivos, automáticos, simples e acurados para monitorar o débito cardíaco à beira do leito. OBJETIVO: Comparar as medidas do débito cardíaco obtido com os métodos termodiluição e reinalação parcial de gás carbônico em pacientes com lesão pulmonar aguda em dois níveis de gravidade (índice de lesão pulmonar - LIS abaixo de 2,5 grupo A; e acima de 2,5, grupo B). TIPO DO ESTUDO: Comparativo, prospectivo, controlado. LOCAL: Unidades de Terapia Intensiva de dois hospitais-escola. MÉTODOS: Vinte pacientes acometidos de insuficiência respiratória aguda (PaO2/FiO2 < 300), sob ventilação pulmonar artificial, nos quais foram realizadas 294 medidas, 164 medidas no grupo A (n = 11) e 130 no grupo B (n = 9),variando de 14 a 15 medidas por paciente, foram estudados. Débito cardíaco foi medido com termodiluição e reinalação parcial de gás carbônico. RESULTADOS: A correlação entre os métodos estudados foi fraca no grupos A (r = 0,52, p < 0,001*) e no B: r = 0,47, p < 0,001*). A aplicação do teste de Bland-Altman permitiu evidenciar a discordância entre os métodos (grupo A: -0,9 ± 2,71 l/min; IC 95% = - 1,14 a -0,48; e grupo B: -1,75 ± 2,05 l/min (IC 95% = -2,11 a -1,4). A comparação dos resultados (testes t para grupos emparelhados e Mann-Whitney) obtidos nos grupos e entre os grupos de estudo revelou diferenças ( p = 0,00*, p < 0,05). DISCUSSÃO: Erros em estimar o CaCO2 (conteúdo arterial de CO2) através da ETCO2 (CO2 de final de corrente) e situações de circulação hiperdinâmica associados a espaço morto e/ou shunt possivelmente expliquem nossos resultados. CONCLUSÃO: Em pacientes com lesão pulmonar aguda, o débito cardíaco determinado pela reinalação parcial de gás carbônico difere dos valores medidos com termodiluição. Esta diferença se acentua com a maior gravidade da lesão pulmonar.
CONTEXTO: A termodiluição, considerada técnica padrão para medida do débito cardíaco em pacientes graves, não é isenta de riscos relevantes. Faz-se necessário encontrar métodos alternativos não invasivos, automáticos, simples e acurados para monitorar o débito cardíaco à beira do leito. OBJETIVO: Comparar as medidas do débito cardíaco obtido com os métodos termodiluição e reinalação parcial de gás carbônico em pacientes com lesão pulmonar aguda em dois níveis de gravidade (índice de lesão pulmonar - LIS abaixo de 2,5 grupo A; e acima de 2,5, grupo B). TIPO DO ESTUDO: Comparativo, prospectivo, controlado. LOCAL: Unidades de Terapia Intensiva de dois hospitais-escola. MÉTODOS: Vinte pacientes acometidos de insuficiência respiratória aguda (PaO2/FiO2 < 300), sob ventilação pulmonar artificial, nos quais foram realizadas 294 medidas, 164 medidas no grupo A (n = 11) e 130 no grupo B (n = 9),variando de 14 a 15 medidas por paciente, foram estudados. Débito cardíaco foi medido com termodiluição e reinalação parcial de gás carbônico. RESULTADOS: A correlação entre os métodos estudados foi fraca no grupos A (r = 0,52, p < 0,001*) e no B: r = 0,47, p < 0,001*). A aplicação do teste de Bland-Altman permitiu evidenciar a discordância entre os métodos (grupo A: -0,9 ± 2,71 l/min; IC 95% = - 1,14 a -0,48; e grupo B: -1,75 ± 2,05 l/min (IC 95% = -2,11 a -1,4). A comparação dos resultados (testes t para grupos emparelhados e Mann-Whitney) obtidos nos grupos e entre os grupos de estudo revelou diferenças ( p = 0,00*, p < 0,05). DISCUSSÃO: Erros em estimar o CaCO2 (conteúdo arterial de CO2) através da ETCO2 (CO2 de final de corrente) e situações de circulação hiperdinâmica associados a espaço morto e/ou shunt possivelmente expliquem nossos resultados. CONCLUSÃO: Em pacientes com lesão pulmonar aguda, o débito cardíaco determinado pela reinalação parcial de gás carbônico difere dos valores medidos com termodiluição. Esta diferença se acentua com a maior gravidade da lesão pulmonar.
Descrição
Citação
São Paulo Medical Journal. Associação Paulista de Medicina - APM, v. 122, n. 6, p. 233-238, 2004.