Estudo da modulacao da atividade de celulas dendriticas apos sinalizacao via receptor dopaminergico
Data
2012
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Apesar de ja bem estabelecido, o conceito de que os sistemas nervoso e imune interagem de maneira estreita ainda e pouco empregado quando sao delineados estudos que buscam entender os eventos envolvidos na geracao e regulacao de respostas imunes adaptativas. Uma das vias de interacao dos sistemas imune e nervoso e constituida pelo sistema nervoso simpatico (SNS). Assim sendo, sabe-se que orgaos linfoides tais como timo, baco e linfonodos recebem intensa inervacao simpatica, ou seja, fibras nervosas que utilizam como principais mediadores de suas acoes as catecolaminas (noradrenalina e dopamina). A anatomia da inervacao simpatica no baco e em linfonodos sugere que processos tais como apresentacao antigenica, ativacao e diferenciacao de celulas T podem ser influenciados pelo SNS. Ademais, celulas dendriticas expressam receptores para catecolaminas o que as habilita a receber sinais oriundos do SNS. A influencia exercida pelo SNS no desenvolvimento de respostas imunes adaptativas parece ter grande relevancia biologica ja que estudos realizados com celulas dendriticas tem demonstrado que a ativacao de alguns receptores catecolaminergicos e capaz de modular o perfil de citocinas secretadas por estas celulas mediante um estimulo antigenico, promovendo impacto na polarizacao das celulas T. Como as celulas dendriticas exercem papeis essenciais no processo de geracao da resposta imune adaptativa, este trabalho teve como objetivo estudar os modos pelos quais a ativacao via os receptores dopaminergicos podem eventualmente modular a ativacao de celulas dendriticas, alem de processos como endocitose e apresentacao de antigenos. Por meio de experimentos com celulas dendriticas derivadas da medula ossea observamos que os receptores dopaminergicos do tipo D1 estao expressos nas celulas dendriticas imaturas e maduras. Desse modo, verificamos que a ativacao dos receptores dopaminergicos D1 e D5 nas celulas dendriticas imaturas tanto pela dopamina quanto pelo uso do agonista seletivo, previamente a um estimulo antigenico pelos ligantes de receptores Toll (LPS+R848), dificultou o aumento da expressao das moleculas MHCII e CD86, em relacao as DCs que foram estimuladas apenas com os mesmos ligantes de receptores Toll. Observamos que as celulas dendriticas tratadas com o agonista dos receptores dopaminergicos D1 e D5 apresentaram um fenotipo aproximado as celulas dendriticas imaturas. Ademais, o previo tratamento das iDCs com este mesmo agonista seletivo tambem reduziu a habilidade das mesmas em induzir a proliferacao de celulas T naive antigeno especificas. Assim, nossos dados sugerem que a sinalizacao via os receptores dopaminergicos nas celulas dendriticas promove um perfil oreguladoro nestas celulas, uma vez que dificulta sua maturacao e modula sua habilidade de ativar as celulas T nao primadas
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São Paulo: [s.n.], 2012. 86 p.