Tabelas de composição química de alimentos: análise comparativa com resultados laboratoriais

Data
2001
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
As tabelas de composicao de alimentos sao as ferramentas basicas para o desenvolvimento do trabalho do nutricionista, entretanto as tabelas brasileiras, alem de incompletas em termos de nutrientes, sao, frequentemente pouco confiaveis, devido a falta de descricao tanto dos alimentos e preparacoes quanto dos procedimentos analiticos. Esta lacuna leva os profissionais de nutricao a utilizar as informacoes disponiveis na literatura internacional. Tendo em vista estas questoes, o objetivo deste trabalho foi avaliar a concordancia entre os valores de macronutrientes e energia de alguns alimentos analisados em laboratorio com os dados apresentados nas tabelas (ENDEF, Guilherme Franco e FCF/USP) e softwares (Virtual Nutri e NUT) de composicao de alimentos em uso no Brasil. Foram analisados 21 tipos de alimentos destinados tanto ao mercado quanto a merenda escolar, totalizando 953 amostras. Observou-se que, dependendo do alimento e do nutriente estudado e da tabela ou software escolhido para a comparacao, ocorreram diferencas estatisticamente significantes entre os dados laboratoriais e os dados de tabelas e softwares. Sessenta por cento dos dados de proteina e carboidratos foram superestimados pela tabela do ENDEF, enquanto em 55 por cento e 60 por cento dos dados de lipidios e energia, respectivamente, ocorreu subestimacao. A tabela de Guilherme Franco tendeu a superestimar os valores de proteina e carboidratos, em 65 por cento e 70 por cento dos dados, respectivamente, e a subestimar os dados de lipidios em 60 por cento e os de energia em 65 por cento. O software Virtual Nutri tendeu a superestimar os valores de lipidios em 53 por cento dos dados e os de energia em 58 por cento , e a subestimar os de proteinas e carboidratos em 89 por cento e 53 por cento dos dados, respectivamente. O software NUT tendeu a subestimar os teores de proteina, de lipidios, de carboidratos e de energia em 57 por cento, 67 por cento, 76 por cento e 71 por cento dos dados, respectivamente. Na tabela da FCF/USP houve uma tendencia a superestimacao do conteudo de carboidratos (75 por cento dos dados) e subestimacao de proteinas (75 por cento dos dados), lipidios (56 por cento dos dados) e energia (75 por cento dos dados). Estes resultados permitem concluir que e fundamental a elaboracao de uma tabela de composicao de alimentos brasileira que leve em consideracao as marcas comerciais mais consumidas e a representatividade de consumo dos alimentos pela populacao...(au)
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Citação
São Paulo: [s.n.], 2001. 151 p. tabgraf.
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