Employment and quality of life in mesial temporal lobe epilepsy with hippocampal sclerosis: is there a change after surgical treatment?

Data
2009-06-01
Tipo
Artigo
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Resumo
PURPOSE: The aim of this study was to evaluate in patients with mesial temporal lobe epilepsy (MTLE) with hippocampal sclerosis (HS): (1) employment patterns before and three years after epilepsy surgery and their impact in Quality of Life (QOL); (2) demographic and clinical variables associated with employment. METHODS: Data from 58 patients with diagnosis of refractory MTLE with HS who had corticoamygdalo-hippocampectomy were analyzed. The subjects answered to Brazilian validated version of the Epilepsy Surgery Inventory (ESI-55) before, and three years after surgery. In a semi-structured interview, sociodemographic and clinical characteristics were obtained. Changes in employment after surgery were classified in one of the three categories: (i) improvement status: those who were unemployed, no-formal employed, students, housewives and subjects who have never worked to employed category; (ii) unchanged status: no change in occupation; this category included subjects who were employed before and after the surgery, housewives, students, and the group who remained unemployed, receiving ill-health benefits or retired after the surgical treatment; and (iii) worsened status: loss of employment. RESULTS: Employment status did not show any significant change after surgery: in 51(87.9%) it remained unchanged, in six (10.3%) it improved, and one patient (1.7%), who was employed before the surgery, retired after that. In a subgroup of 22 patients employed after surgery, ten (45.5%) were seizure-free, seven (31.8%) had only rare auras, and five (22.7%) had seizures. In the group of improvement, 12 patients (70.5%) had no-formal employment and five (29.5%) had a formal job before surgery. After three years, 14 (63.6%) of 22 subjects were formally employed. Our data suggested that the employability was strongly correlated (p<0.05) with a positive perception of health-related quality of life measured by ESI-55, before and after surgical evaluation. CONCLUSION: Our study demonstrated in a homogeneous group of MTLE with HS, a modest, but positive relationship between surgical outcome and work gain, and that QOL had strong correlation with the fact of being employed.
OBJETIVO: Avaliar o estado empregatício e a qualidade de vida (QV) de indivíduos com epilepsia do lobo temporal mesial (ELTM) com esclerose do hipocampo (EH) antes e três anos após a realização de corticoamigdalohipocampectomia e verificar as variáveis demográficas e clínicas associadas ao emprego. METODOLOGIA: 58 pacientes com ELTM com EH submetidos a corticoamigdalohipocampectomia foram avaliados antes e três anos após a cirurgia. Todos responderam ao Epilepsy Surgery Inventory (ES-I55) - versão brasileira como medida da QV, bem como a um breve questionário contendo dados sociodemográficos e clínicos. Alterações na situação de emprego após a cirurgia foram classificadas do seguinte modo: (i) melhora: indivíduos desempregados, com emprego não-formal, estudantes, donas-de-casa e aqueles que nunca haviam trabalhado e que estavam empregados três anos após a cirurgia; (ii) nenhuma mudança: aqueles que não obtiveram modificações em sua situação ocupacional. Esta categoria compreendeu indivíduos que permaneceram empregados, continuaram com atividades domésticas, estudantes, em auxílio doença, aposentados e os que nunca trabalharam; e (iii) piora: perda do emprego. RESULTADOS: A situação de emprego não mudou significativamente após a cirurgia: 51(87.9%) permaneceram com o mesmo estado empregatício anterior à cirurgia, seis (10.3%) tiveram melhora, e um paciente (1.7%), que estava empregado antes da cirurgia, aposentou-se. No subgrupo dos 22 pacientes empregados após três anos, dez (45.5%) estavam livres de crises, sete (31.8%) tinham apenas auras esporádicas e cinco (22.7%) permaneceram com crises. No grupo que obteve melhora, 12 pacientes (70.5%) eram autônomos antes da cirurgia e cinco (29.5%), tinham emprego formal. Na avaliação do terceiro ano após cirurgia, 14 (63.6%) dos 22 indivíduos conseguiram um emprego formal. Nosso estudo verificou que a QV manteve relação estatística positiva com o estado de trabalho (p<0.05). Aqueles que exerciam atividade remunerada tinham percepção mais positiva sobre sua QV, medida pelo ESI-55, antes e após o tratamento cirúrgico. CONCLUSÃO: Nosso estudo mostrou mudança modesta, mas positiva quanto à situação empregatícia após a cirurgia, bem como a importância de atividade produtiva para a QV, em um grupo homogêneo de indivíduos com ELTM e EH.
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Citação
Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology. Liga Brasileira de Epilepsia (LBE), v. 15, n. 2, p. 89-93, 2009.
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