Proteínas totais do LCR no prognóstico do paciente com acidente vascular encefálico hemorrágico
Data
1995-03-01
Tipo
Artigo
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Resumo
The main purpose of this study was to verify the value of CSF total proteins level on the prognosis of subarachnoid hemorrhage. In order of this, samples of 254 patients with diagnosis of intracranial bleeding were analyzed, with special attention to the rate of CSF total proteins. Statistical tests for evaluation of the results have been accomplished, revealing a close relationship between the total proteins rates increase and death in patients with subarachnoid hemorrhage, independent of sex and age. The limit score of total proteins level for survive was 3000 mg/100 ml (nephelometric method).
O prognóstico dos pacientes com acidente vascular encefálico hemorrágico (AVEH) é reservado, apresentando altas taxas de morbidade e mortalidade. Estudos experimentais sugerem que existe alteração da barreira hematoencefálica nos AVEH experimentais e que estas alterações estão relacionadas ao desenvolvimento do vasoespasmo e pior prognóstico. Distúrbios da barreira hematoencefálica podem ser avaliados pelo estudo da taxa das proteínas totais do LCR. O propósito deste estudo é avaliar o valor da taxa de proteínas totais no prognóstico, em relação à sobrevida, de pacientes com derrame de sangue no espaço subaracnóideo. Para tanto foram estudadas 254 fichas de pacientes do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Escola Paulista de Medicina, com diagnóstico de AVEH, 144 do sexo masculino e 110 do sexo feminino, com idade variando de 8 a 84 anos. Foi verificado que a taxa de proteínas totais está diretamente correlacionada ao prognóstico, em relação à sobrevida, nos pacientes com AVEH. Quanto mais elevada a taxa de proteínas, pior o prognóstico; no material deste estudo todos os pacientes, em número de 1S, que tiveram taxa de proteínas totais no LCR acima de 3000 mg/100 ml faleceram. Este achado indica que a taxa de proteínas totais no LCR de paciente com AVEH é um preditor de óbito. A análise comparativa entre os sexos não mostrou diferença estatística. Porém quando foram correlacionados o sexo, a idade e taxa de proteínas, verificou-se que homens acima de 50 anos tiveram taxa de proteínas mais elevadas que mulheres na mesma faixa etária, demonstrando que homens idosos têm pior prognóstico que as mulheres nessa mesma faixa etária.
O prognóstico dos pacientes com acidente vascular encefálico hemorrágico (AVEH) é reservado, apresentando altas taxas de morbidade e mortalidade. Estudos experimentais sugerem que existe alteração da barreira hematoencefálica nos AVEH experimentais e que estas alterações estão relacionadas ao desenvolvimento do vasoespasmo e pior prognóstico. Distúrbios da barreira hematoencefálica podem ser avaliados pelo estudo da taxa das proteínas totais do LCR. O propósito deste estudo é avaliar o valor da taxa de proteínas totais no prognóstico, em relação à sobrevida, de pacientes com derrame de sangue no espaço subaracnóideo. Para tanto foram estudadas 254 fichas de pacientes do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Escola Paulista de Medicina, com diagnóstico de AVEH, 144 do sexo masculino e 110 do sexo feminino, com idade variando de 8 a 84 anos. Foi verificado que a taxa de proteínas totais está diretamente correlacionada ao prognóstico, em relação à sobrevida, nos pacientes com AVEH. Quanto mais elevada a taxa de proteínas, pior o prognóstico; no material deste estudo todos os pacientes, em número de 1S, que tiveram taxa de proteínas totais no LCR acima de 3000 mg/100 ml faleceram. Este achado indica que a taxa de proteínas totais no LCR de paciente com AVEH é um preditor de óbito. A análise comparativa entre os sexos não mostrou diferença estatística. Porém quando foram correlacionados o sexo, a idade e taxa de proteínas, verificou-se que homens acima de 50 anos tiveram taxa de proteínas mais elevadas que mulheres na mesma faixa etária, demonstrando que homens idosos têm pior prognóstico que as mulheres nessa mesma faixa etária.
Descrição
Citação
Arquivos de Neuro-Psiquiatria. Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO, v. 53, n. 1, p. 69-74, 1995.