Fatores associados a infecção por HIV entre trabalhadoras do sexo na cidade de Santos
Data
2004
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Introdução: A epidemia do HIV tem sido um importante desafio para a Saúde publica, por sua disseminacao na populacao heterossexual, com predominancia na populacao feminina, em especial nas trabalhadoras do sexo (TS). No Brasil, poucos estudos de soroprevalencia tem sido conduzidos com este segmento, embora constitua um dos grupos mais vulneraveis para infeccao por HIV e outras IST. Objetivo: Este trabalho se propos caracterizar as trabalhadoras do sexo de Santos cidade portuaria que durante oito anos apresentou a mais alta taxa de incidencia de aids no pais - segundo variaveis relativas a vulnerabilidade ao HIV e estabelecer as associacoes desses fatores com a infeccao por HIV. Metodologia: No periodo de 1995 a 1998 foi realizado um estudo transversal envolvendo o universo das TS que trabalhavam na cidade, incluindo todos os lugares de prostituicao de alta e baixa renda. Foram entrevistadas e submetidas a teste sorologico para HIV, 1047 mulheres.0 questionario incluiu questoes sociodemograficas, condicoes de trabalho, IST anterior, praticas sexuais, uso de drogas e conhecimento sobre IST e aids. A utilizacao de um consultorio ginecologico movel possibilitou o acesso de mulheres com alta vulnerabilidade que tradicionalmente nao tinham acesso aos servicos de Saúde. Resultados e Discussao: A analise univariada mostrou que 7 por cento das mulheres eram portadoras do HIV e que fatores socio-demograficos, condicoes de Saúde, praticas sexuais e uso de drogas estavam associadas com HIV. Entre as TS analfabetas encontrou-se uma prevalencia de HIV de 23 por cento, de 18 por cento nas moradoras de barracos, de 17 por cento nas que trabalhavam nas ruas e de 14 por cento nas negras e nas de baixa renda. O tempo medio de exposicao a relacoes sexuais tambem foi diferencial por HIV, para as TS positivas foi de 17 anos e para as negativas de 11. Nas TS com sorologia positiva para sifilis a prevalencia de HIV foi de 21 por cento, nas que praticavam sexo anal com clientes, 12 por cento, nas usuarias de crack, 17 por cento e nas de drogas injetaveis, 37 por cento. Baseado nestes resultados, seis variaveis independentes, que nao apresentaram multicolinearidade, foram selecionadas para compor o modelo de regressao logisticaa(au)
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São Paulo: [s.n.], 2004. 109 p.