Valor do dilatador higroscópico para visualização do canal endocervical na conização com cirurgia de alta freqüência

Data
2004-04-01
Tipo
Artigo
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Resumo
OBJECTIVE: to evaluate the effectiveness of the hygroscopic dilator in the colposcopic examination of the endocervical canal in patients with high-grade lesion in the cytopathology and unsatisfactory colposcopy. METHODS: prospective study, including 62 patients with unsatisfactory colposcopic examination and cytology compatible with high-grade intraepithelial lesion. The patients were submitted to dilation of the endocervical canal by means of a hygroscopic dilator. After dilation, the new colposcopic findings were recorded, and then conization was made through loop electrosurgical excision procedure. The incidence of neoplasic involvement of surgical margins was compared between patients with examinations modified toward satisfactory results and those that remained with unsatisfactory colposcopy. In order to compare the incidence of involved margins and the incidence of residual disease, two retrospective control-groups were used: the GinSat group (n = 35): patients with unsatisfactory colposcopy; GSat group (n = 38): patients with satisfactory colposcopy and endocervical atypy. RESULTS: 80.6% of the cases presented satisfactory colposcopic vision after dilation. 80.4% of those presented disease-free resection margins. The incidence of disease-free resection margins in patients with persistent unsatisfactory colposcopy after dilation was 36.3%. Affected surgical margins occurred in 28% of the group that had undergone dilation, 28.5% of the cases in GinSat group, and 31.5% in the Gsat group. Follow-up showed the incidence of residual disease in 7.5% of the patients under dilation, 28.5% in the GinSat group and 28.9% in the GSat group. CONCLUSION: the use of hygroscopic dilation improved visualization of lesions of difficult access to the colposcopic examination, thus permitting reduction in the percentage of residual neoplasic disease in patients with unsatisfactory colposcopy treated with loop electrosurgical excision procedure.
OBJETIVO: avaliar a eficácia do dilatador higroscópico para auxiliar o exame colposcópico do canal endocervical, em pacientes com lesão de alto grau e colposcopia insatisfatória. MÉTODOS: estudo prospectivo no qual foram incluídas 62 pacientes com exames colposcópicos insatisfatórios e citologia sugestiva de lesão de alto grau. Todas foram submetidas à dilatação do canal por meio de dilatador higroscópico. Após a dilatação os novos achados colposcópicos foram registrados e procedeu-se à conização por cirurgia de alta freqüência (CAF). Comparamos a incidência de comprometimento neoplásico das margens cirúrgicas operatórias entre as pacientes que modificaram o exame para satisfatório e aquelas que persistiram insatisfatórios. Para comparação entre a incidência de margens comprometidas e a incidência de doença residual, foram utilizados dois grupos controle retrospectivos: grupo GinSat (n=35): pacientes com colposcopias insatisfatórias; grupo GSat (n=38): pacientes com colposcopias satisfatórias e atipia de localização endocervical. RESULTADOS: em 80,6% dos casos a visão colposcópica após a dilatação foi satisfatória. Destes, 80,4% apresentaram margens livres de doença. A incidência de margens livres nas pacientes com colposcopias insatisfatórias persistentes após a dilatação foi de 36,3%. O comprometimento das margens cirúrgicas ocorreu em 28,0% no grupo submetido à dilatação, em 28,5% dos casos no grupo GinSat e em 31,5% no grupo GSat. No acompanhamento verificou-se a incidência de 7,5% de doença residual nas pacientes submetidas à dilatação. No grupo GinSat a incidência de doença residual foi de 28,6% e no grupo GSat foi de 28,9%. CONCLUSÃO: o uso do dilatador higroscópico facilitou a visualização de lesões de difícil acesso ao exame colposcópico, permitindo diminuir a porcentagem de doença residual em pacientes com colposcopias insatisfatórias submetidas à conização por cirurgia de alta freqüência.
Descrição
Citação
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 26, n. 3, p. 213-219, 2004.
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