Evolução de longo prazo de próteses biológica e mecânica para cirurgia de valvas cardíacas. Revisão sistemática de estudos clínicos randomizados
Data
2018-10-25
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Background: The choice of a mechanical (MP) or biological prosthesis (BP) for
patients with valvular heart disease undergoing replacement is still not a consensus.
We aimed to determine the longterm
clinical outcomes of MP or BP placement in
those patients. Methods: We conducted a systematic review and metaanalysis
of
randomized controlled trials (RCTs) that compared biological prostheses and
mechanical prostheses in patients with valvular heart diseases and assessed the
longterm
outcomes. RCTs were searched in the MEDLINE, EMBASE, LILACS,
CENTRAL, SCOPUS and Web of Science (from inception to November 2014)
databases. Metaanalyses
were performed using inverse variance with random
effects models. The GRADE system was used to rate the quality of the evidence.
Results: A total of four RCTs were included in the metaanalyses
(1,528 patients):
three used old generation mechanical and biological prostheses, and one used
contemporary prostheses. No significant difference in mortality was found between
BP and MP patients (risk ratio (RR=1.07; 95% CI 0.991.15).
The risk of bleeding
was significantly lower in BP patients than MP patients (RR=0.64; 95% CI 0.520.78)
; however, reoperations were significantly more frequent in BP patients
(RR=3.60; 95% CI 2.445.32).
There were no statistically significant differences
between BP and MP patients with respect to systemic arterial embolisms and
infective endocarditis (RR= 0.93; 95% CI 0.661.31,
RR= 1.21; CI95% 0.781.88,
respectively). Results in the trials with modern and old prostheses were similar.
Conclusions: The longterm
mortality rate and the risk of thromboembolic events
and endocarditis were similar between BP and MP patients. The risk of bleeding
was approximately one third lower for BP patients than for MP patients, while the
risk of reoperations was more than three times higher for BP patients.
Introdução: a escolha entre prótese mecânica (PM) e biológica (PB) para tratamento cirúrgico de pacientes com doença de valvas cardíacas ainda não é consenso. O objetivo deste estudo foi desenvolver uma revisão sistemática de estudos randomizados para avaliar o impacto de longo prazo do uso de próteses valvares biológicas em comparação às próteses mecânicas em pacientes com doença valvar. Métodos: foi realizada uma revisão sistemática e metanálise de estudos clínicos randomizados que comparou próteses biológicas com mecânicas em pacientes com doença valvar em longo prazo; os desfechos analisados foram: mortalidade geral, necessidade de reoperação, hemorragia, embolia e endocardite infecciosa. Os estudos clínicos randomizados foram procurados nos seguintes bancos de dados: MEDLINE, EMBASE, LILACS, CENTRAL, SCOPUS e Web of Science, do início de cada base até 04 de novembro de 2014. As metanálises foram realizadas com variância inversa e modelos de efeitos randômicos. O sistema GRADE (Grades of Recommendation, Assessment, Development and Evaluation) foi usado para quantificar as evidências. Resultados: quatro estudos clínicos randomizados foram incluídos na metanálise com um total de 1.528 pacientes; em três estudos foram usadas próteses mecânicas e biológicas de geração antiga e em um, próteses contemporâneas. Não foi observada diferença significante na mortalidade geral entre pacientes com PB e PM (RR=1,07; 95% CI 0,991,15). O risco de sangramento foi significantemente mais baixo em pacientes com PB do que nos com PM (RR=0,64; 95% CI 0,520,78). As reoperações foram significantemente mais frequentes em pacientes com PB (RR=3,60; 95% CI 2,445,32). O risco de embolia arterial (RR= 0,93; 95% CI 0,661,31) e de endocardite infecciosa (RR= 1,21; CI 95% 0,781,88) não foi significantemente diferente entre os pacientes com PB e PM. Conclusão: no longo prazo a taxa de mortalidade geral, de embolia sistêmica e de endocardite infecciosa foram similares em pacientes com PB e PM. Os pacientes com PB tiveram risco de sangramento aproximadamente um terço menor e o de reoperações três vezes mais alto.
Introdução: a escolha entre prótese mecânica (PM) e biológica (PB) para tratamento cirúrgico de pacientes com doença de valvas cardíacas ainda não é consenso. O objetivo deste estudo foi desenvolver uma revisão sistemática de estudos randomizados para avaliar o impacto de longo prazo do uso de próteses valvares biológicas em comparação às próteses mecânicas em pacientes com doença valvar. Métodos: foi realizada uma revisão sistemática e metanálise de estudos clínicos randomizados que comparou próteses biológicas com mecânicas em pacientes com doença valvar em longo prazo; os desfechos analisados foram: mortalidade geral, necessidade de reoperação, hemorragia, embolia e endocardite infecciosa. Os estudos clínicos randomizados foram procurados nos seguintes bancos de dados: MEDLINE, EMBASE, LILACS, CENTRAL, SCOPUS e Web of Science, do início de cada base até 04 de novembro de 2014. As metanálises foram realizadas com variância inversa e modelos de efeitos randômicos. O sistema GRADE (Grades of Recommendation, Assessment, Development and Evaluation) foi usado para quantificar as evidências. Resultados: quatro estudos clínicos randomizados foram incluídos na metanálise com um total de 1.528 pacientes; em três estudos foram usadas próteses mecânicas e biológicas de geração antiga e em um, próteses contemporâneas. Não foi observada diferença significante na mortalidade geral entre pacientes com PB e PM (RR=1,07; 95% CI 0,991,15). O risco de sangramento foi significantemente mais baixo em pacientes com PB do que nos com PM (RR=0,64; 95% CI 0,520,78). As reoperações foram significantemente mais frequentes em pacientes com PB (RR=3,60; 95% CI 2,445,32). O risco de embolia arterial (RR= 0,93; 95% CI 0,661,31) e de endocardite infecciosa (RR= 1,21; CI 95% 0,781,88) não foi significantemente diferente entre os pacientes com PB e PM. Conclusão: no longo prazo a taxa de mortalidade geral, de embolia sistêmica e de endocardite infecciosa foram similares em pacientes com PB e PM. Os pacientes com PB tiveram risco de sangramento aproximadamente um terço menor e o de reoperações três vezes mais alto.