Osteonecrose em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico

Data
2005-02-01
Tipo
Artigo
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Resumo
Osteonecrosis is a relatively common complication in systemic lupus erythematosus (SLE) patients. OBJECTIVE: To evaluate the possible risk factors associated with osteonecrosis in SLE patients. METHODS: SLE patients [according to American College of Rheumatology (ACR) criteria] who presented osteonecrosis were included in this study. SLE patients with no symptomatic osteonecrosis constituted the control group. Osteonecrosis was confirmed by radiographic evaluation, bone scintigraphy and/or magnetic resonance imaging. RESULTS: The study group was constituted by 14 SLE patients with osteonecrosis (10 women and 4 men, 64% of them white, 33 ± 13 years old and 120 ± 67 months of disease duration). Sex and time of SLE diagnosis matched patients without osteonecrosis constituted the control group (n = 14, 57% of them white, 33 ± 7 years old and 111 ± 54 months of SLE). Systemic lupus international collaborating clinics/ACR damage index for SLE (SLICC/ACR-DI) score was higher in patients with osteonecrosis (4 ± 1) compared with control group (1 ± 1) [p < 0.001]. Patients with osteonecrosis had higher number of other musculoskeletal irreversible damage when compared with the control group (29% versus 0, respectively; p = 0.034). Digital vasculitis was the variable associated with osteonecrosis (p = 0.021). There was no significant association between duration of prednisone use or prednisone cumulative dose and osteonecrosis in patients with regular follow-up at the Institution (p = 0.624 and p = 0.806, respectively). CONCLUSIONS: Previous history of digital vasculitis was a risk factor for the development of osteonecrosis. Patients with digital vasculitis history had 9 times more risk to present osteonecrosis than patients without previous vasculitis.
Osteonecrose é uma complicação relativamente comum em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES). OBJETIVO: avaliação dos possíveis fatores de risco associados à presença de osteonecrose em pacientes com LES. MÉTODOS: Foram incluídos neste estudo pacientes com LES [critérios para a classificação do American College of Rheumatology (ACR)] que apresentaram osteonecrose durante a evolução da doença. O grupo controle foi constituído por pacientes com LES sem indícios de osteonecrose. O diagnóstico de osteonecrose foi confirmado por radiografia simples, cintilografia óssea e/ou ressonância nuclear magnética. RESULTADOS: quatorze pacientes com LES desenvolveram osteonecrose (10 mulheres e 4 homens, 64% de cor branca, 33 ± 13 anos e 120 ± 67 meses de LES). O grupo controle, pareado por sexo e tempo de diagnóstico de LES, foi constituído por pacientes com LES e sem osteonecrose (n = 14, 57% de cor branca, 33 ± 7 anos e 111 ± 54 meses de LES). O escore do systemic lupus international collaborating clinics/ACR damage index for systemic lupus erythematosus (SLICC/ACR-DI) foi maior nos pacientes com osteonecrose (4 ± 1) em comparação com o grupo controle (1 ± 1) [p < 0,001]. Pacientes com osteonecrose apresentaram maior número de outros danos musculoesqueléticos permanentes quando comparados com os pacientes controles (29% versus zero, respectivamente; p = 0,034). A vasculite digital foi a variável associada à osteonecrose (p = 0,021). Não houve associação significante entre tempo de uso ou dose cumulativa de prednisona e osteonecrose nos pacientes regularmente acompanhados com o diagnóstico de LES (p = 0,624 e p = 0,806, respectivamente). CONCLUSÕES: História prévia de vasculite digital foi fator de risco para o desenvolvimento de osteonecrose. O risco de pacientes com vasculite digital pregressa apresentar osteonecrose foi nove vezes maior que o de pacientes com LES sem vasculite prévia.
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Citação
Revista Brasileira de Reumatologia. Sociedade Brasileira de Reumatologia, v. 45, n. 1, p. 1-8, 2005.
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