Caracterização microbiológica de Staphylococcus coagulase negativa isolados em infecções oculares em São Paulo, no período de 2000 a 2006

Data
2007
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Objetivo: Esta tese teve como objetivo fazer uma caracterização microbiológica de Staphylococcus coagulase negativa, isolado de infecções oculares de uma mesma comunidade. Metodologia: Foram realizados quatro estudos com amostras de Staphylococcus coagulase negativa oculares: avaliou-se 0 padrão de suscetibilidade, in vitro, segundo 0 sítio da infecção (conjuntiva e córnea), em um período de quatro anos, em relação à meticilina, as fluorquinolonas (oftoxacina e ciprofloxacina) e aos aminoglicosídeos (tobramicina e gentamicina); avaliaram-se os diferentes métodos de detecção da suscetibilidade à oxacilina, comparando-se os Staphylococcus do grupo epidermidis com os do grupo não-epidermidis; estudou-se 0 perfil de suscetibilidade in vitro dessas amostras para outros antimicrobianos; comparou-se as suscetibilidades in vitro de cepas meticilina suscetíveis e resistentes, em relação a segunda e a quarta gerações das fluoroquinolonas e comparou-se as suscetibilidades in vitro, avaliando-se a concentração inibitória mínima (MICs) das fluoroquinolonas. Resultados e conclusões: Staphylococcus coagulase negativa foi responsável por vários casos de conjuntivites e ceratites nos pacientes que procuraram 0 serviço de Oftalmologia da UNIFESP-EPM durante 0 período de quatro anos. Documentou-se a existência e 0 aumento de cepas meticilina resistentes nesta comunidade estudada. Todos os testes de resistência à oxacilina avaliados foram estatisticamente concordantes com os resultados do PCR. 0 teste de triagem em ágar (OSAS), nas concentrações de 0,75 e 1 ,00μg oxacilina/ml, apresentou os melhores resultados nas provas de validação (sensibilidade de 100% e 98% e especificidade de 95% e 100%, respectivamente). 0 E-teste (oxacilina), 0 teste de disco difusão com a cefoxitina e 0 teste automatizado (Vitek) demonstraram sensibilidades acima dos 89%. Foram demonstrados, melhores resultados de validação dos testes de resistência à oxacilina, estudados para os Staphylococcus do grupo epidermidis, do que para os não-epidermidis, evidenciando a importância da adequada identificação das espécies dos Staphylococcus coagulase negativa, para sua melhor classificação e determinação do potencial patogênico. Houve uma maior proporção significativa de resistência para as amostras mecA-positivas para penicilina G, amoxicilina-ampicilina, cefazolina, ampicilina-sulbactam, eritromicina, clindamicina, gentamicina e tetraciclina (p≤0.05). Observou-se total suscetibilidade das amostras estudadas a vancomicina. Os padrões de suscetibilidade in vitro demonstraram que as fluoroquinolonas de quarta geração oferecem vantagens sobre as outras fluoroquinolonas de segunda geração, não só para os Staphylococcus coagulase negativa, como para todos os gram-positivos estudados. A ofloxacina apresentou os maiores valores de MIC, quando se compararam as quatro fluoroquinolonas estudadas. Comparando-se as fluoroquinolonas de quarta geração, a gatifloxacina demonstou ter uma potência in vitro semelhante a da moxifloxacina para os gram-positivos, e maior para os gram-negativos..
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São Paulo: [s.n.], 2007. 93 p.