Efeito do Treinamento Físico no Perfil Hemodinâmico de Ratas Diabéticas Ooforectomizadas
Arquivos
Data
2006-12-31
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Diabetes and menopause markedly increase the risk of cardiovascular disease among women. The objective of the present study was to investigate the effects of exercise training on cardiovascular autonomic dysfunction and in the incidence of mortality in diabetic female rats submitted to ovarian hormones deprivation. Female Wistar rats were divided in ovariectomized groups: sedentary and trained (SO) controls (TO), and sedentary (SDO) and trained diabetics (TDO). Diabetes was induced by a single streptozotocin injection (50 mg/kg i.v.) 15 days after ovariectomy. Arterial pressure (AP), heart rate (HR), heart rate variability (HRV), baroreflex sensitivity and autonomic control of HR were evaluated after the exercise training period on treadmill, started 1 week after ovariectiomy. SO group presented highest body weight at the end of the protocol (346±7g) and also highest mean AP (124±3 mmHg) and HR (361±13 bpm) in relation to other studied groups. OT group showed reduced body weight (325±7g), mean AP (113±2 mmHg) and HR (327±5 bpm) as compared to OS group. DSO animals presented reduced body weight (186±7g), bradycardia (251±8 bpm) and hypotension (102±2 mmHg) when compared to OS animals. TDO rats showed attenuation of these alterations. Diabetes impaired baroreflex sensitivity (~55%). Exercise training induced an improvement in bradycardic and tachycardic responses in controls (~40 and 74%) and diabetic (~89 and 74%) groups in relation to their respective sedentary groups. Heart rate variability was reduced in sedentary diabetic rats (13±1.3 bpm) when compared to sedentary rats (18±1.5 bpm). Trained groups showed an increase in heart rate variability (23±1 and 21±1.2 bpm in trained diabetic group) as compared with sedentary groups. Diabetes reduced vagal tonus (~68%). Trained diabetic group presented similar vagal tonus than sedentary control and reduced sympathetic tonus when compared to others studied groups. IHR was reduced in SDO rats in relation to SO rats and exercise training attenuated this dysfunction. Correlation analysis showed a relationship between heart rate variability and vagal tonus with bradycardic (r=-0.5 and r=-0.5) and with tachycardic (r=0.6 and r=0.6) responses to AP changes. Mortality was 50% and 25 % among sedentary and trained diabetic animals, respectively. Together these findings may provide insight that baroreflex sensitivity and heart rate variability impairments are potential mechanisms responsible for the enhanced CVD-related mortality observed in diabetic women, as well as, that exercise training-induced autonomic improvement can lower the incidence of mortality in diabetic postmenopause women.
Diabetes e menopausa aumentam significativamente o risco de doença cardiovascular entre as mulheres. O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos do treinamento físico na disfunção autonômica cardiovascular e na incidência da mortalidade em ratas fêmeas diabéticas submetidas a privação dos hormônios ovariana. Ratos Wistar fêmeas foram divididas em grupos ooforectomizados: euglicêmicos sedentário e treinado (EOS e EOT), e diabéticos sedentário e treinado (DOS e DOT). O diabetes foi induzido por uma única injeção de estreptozotocina (50mg/kg i.v.) quinze dias antes da ooforectomia. A freqüência cardíaca (FC), a pressão arterial (PA), a variabilidade da freqüência cardíaca (VFC), a sensibilidade barorreflexa e o controle autonômico da FC foram avaliados após o período de treinamento físico em esteira ergométrica (8 semanas) iniciado uma semana após a ooforectomia. O grupo EOS apresentou o maior peso corporal ao final do protocolo (346±7g), além dos maiores valores de PA média (124±3 mmHg) e FC (361±13 bpm) em relação aos demais grupos estudados. O animais EOT mostrou menor peso corporal (325±7g), PA média (113±2 mmHg) e de FC (327±5 bpm) em comparação aos animais EOS. O grupo DOS apresentou reduzido peso corporal (186±7g), bradicardia (251±8 bpm) e hipotensão (102±2 mmHg) em relação ao grupo EOS. Os animais DOT apresentaram atenuação dessas alterações. O diabetes induziu redução da sensibilidade barorreflexa (~55%). O treinamento físico induziu aumento das respostas de bradicárdica e taquicárdica no grupo euglicêmico (~40 e 74%) e diabético (~89 e 74%) em relação aos seus respectivos grupos sedentários. A VFC estava reduzida no grupo DOS (13±1,3 bpm) quando comparada ao grupo EOS (18±1,5 bpm). Os grupos treinados mostraram aumento da VFC (23±1 no EOT e 21±1,2 bpm no DOT) quando comparados aos grupos sedentários. O diabetes reduziu o tônus vagal (~68%). O grupo DOT apresentou o tônus vagal semelhante ao grupo EOS e reduzido tônus simpático quando comparado aos outros grupos. A FCI foi menor nas ratas DOS em relação as ratas EOS e o treinamento físico atenuou tal disfunção. Correlações foram obtidas entre a VFC e o tônus vagal com as respostas bradicárdica (r=-0,5 e r=-0,5) e taquicárdica (r=0,6 e r=0,6) induzidas por variações da PA. A mortalidade foi de 50% e de 25% entre os animais DOS e DOT, respectivamente. Em conjunto, esses achados fornecem evidências de que prejuízo na sensibilidade barorreflexa e na variabilidade da freqüência cardíaca são potenciais mecanismos responsáveis pelo aumento da mortalidade relacionada a doenças cardiovasculares observado em mulheres diabéticas, bem como que a melhora autonômica induzida pelo treinamento físico pode diminuir a incidência de mortalidade em mulheres diabéticas menopausadas.
Diabetes e menopausa aumentam significativamente o risco de doença cardiovascular entre as mulheres. O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos do treinamento físico na disfunção autonômica cardiovascular e na incidência da mortalidade em ratas fêmeas diabéticas submetidas a privação dos hormônios ovariana. Ratos Wistar fêmeas foram divididas em grupos ooforectomizados: euglicêmicos sedentário e treinado (EOS e EOT), e diabéticos sedentário e treinado (DOS e DOT). O diabetes foi induzido por uma única injeção de estreptozotocina (50mg/kg i.v.) quinze dias antes da ooforectomia. A freqüência cardíaca (FC), a pressão arterial (PA), a variabilidade da freqüência cardíaca (VFC), a sensibilidade barorreflexa e o controle autonômico da FC foram avaliados após o período de treinamento físico em esteira ergométrica (8 semanas) iniciado uma semana após a ooforectomia. O grupo EOS apresentou o maior peso corporal ao final do protocolo (346±7g), além dos maiores valores de PA média (124±3 mmHg) e FC (361±13 bpm) em relação aos demais grupos estudados. O animais EOT mostrou menor peso corporal (325±7g), PA média (113±2 mmHg) e de FC (327±5 bpm) em comparação aos animais EOS. O grupo DOS apresentou reduzido peso corporal (186±7g), bradicardia (251±8 bpm) e hipotensão (102±2 mmHg) em relação ao grupo EOS. Os animais DOT apresentaram atenuação dessas alterações. O diabetes induziu redução da sensibilidade barorreflexa (~55%). O treinamento físico induziu aumento das respostas de bradicárdica e taquicárdica no grupo euglicêmico (~40 e 74%) e diabético (~89 e 74%) em relação aos seus respectivos grupos sedentários. A VFC estava reduzida no grupo DOS (13±1,3 bpm) quando comparada ao grupo EOS (18±1,5 bpm). Os grupos treinados mostraram aumento da VFC (23±1 no EOT e 21±1,2 bpm no DOT) quando comparados aos grupos sedentários. O diabetes reduziu o tônus vagal (~68%). O grupo DOT apresentou o tônus vagal semelhante ao grupo EOS e reduzido tônus simpático quando comparado aos outros grupos. A FCI foi menor nas ratas DOS em relação as ratas EOS e o treinamento físico atenuou tal disfunção. Correlações foram obtidas entre a VFC e o tônus vagal com as respostas bradicárdica (r=-0,5 e r=-0,5) e taquicárdica (r=0,6 e r=0,6) induzidas por variações da PA. A mortalidade foi de 50% e de 25% entre os animais DOS e DOT, respectivamente. Em conjunto, esses achados fornecem evidências de que prejuízo na sensibilidade barorreflexa e na variabilidade da freqüência cardíaca são potenciais mecanismos responsáveis pelo aumento da mortalidade relacionada a doenças cardiovasculares observado em mulheres diabéticas, bem como que a melhora autonômica induzida pelo treinamento físico pode diminuir a incidência de mortalidade em mulheres diabéticas menopausadas.
Descrição
Citação
SOUZA, Silvia Beatriz Paulino Cavasin de. Efeito do Treinamento Físico no Perfil Hemodinâmico de Ratas Diabéticas Ooforectomizadas. 2006. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2006.