Ultrassonografia duplex para vigilância de pacientes submetidos a revascularização de membros inferiores: revisão sistemática Cochrane

dc.contributor.advisorFlumignan, Ronald Luiz Gomes [UNIFESP]
dc.contributor.advisor-coFlumignan, Carolina Dutra Queiroz [UNIFESP]
dc.contributor.advisor-coNakano, Luis Carlos Uta [UNIFESP]
dc.contributor.advisor-coLatteshttp://lattes.cnpq.br/4945693154870418pt_BR
dc.contributor.advisor-coLatteshttp://lattes.cnpq.br/7498955151131694pt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/6751410694690699pt_BR
dc.contributor.authorSarpe, Anna Karina Paiva [UNIFESP]
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/3297294632442801pt_BR
dc.coverage.spatialSão Paulopt_BR
dc.date.accessioned2023-11-23T18:52:39Z
dc.date.available2023-11-23T18:52:39Z
dc.date.issued2023-10-05
dc.description.abstractIntrodução: A doença aterosclerótica obstrutiva periférica (DAOP), embora na maioria das vezes assintomática, pode apresentar-se com sintomas de claudicação intermitente e isquemia crítica do membro. Procedimentos de revascularização podem ser necessários nos casos mais graves em que não há melhora com intervenções não cirúrgicas. A manutenção da perviedade dos vasos após a revascularização é um desafio para os cirurgiões vasculares e programas de vigilância com ultrassonografia duplex (USD) como parte dos cuidados pós-operatórios podem facilitar o diagnóstico precoce de reestenose e evitar a amputação em pacientes submetidos à revascularização. Objetivos: Avaliar os efeitos do USD versus palpação de pulso, índice de pressão arterial, angiografia ou qualquer combinação destes, para vigilância após revascularização de membros inferiores em indivíduos com DAOP. Métodos: Pesquisamos as bases de dados Cochrane Vascular Specialized Register, CENTRAL, MEDLINE, Embase, CINAHL, LILACS e World Health Organization International Clinical Trials Registry Platform e ClinicalTrials.gov desde o início até 1º de fevereiro de 2022. Buscamos todos os ensaios clínicos randomizados (ECRs) e quasi-ECRs que avaliaram a vigilância após a revascularização de membros inferiores com USD em comparação com a vigilância clínica caracterizada pelo exame físico com palpação de pulso, com ou sem qualquer outro teste objetivo, como medidas de índice de pressão arterial. Os desfechos primários avaliados foram a taxa de salvamento do membro, a perviedade secundária do enxerto e os eventos adversos resultantes da vigilância com USD. Os desfechos secundários avaliados foram mortalidade por todas as causas, capacidade funcional de caminhada avaliada pela distância percorrida, escalas de gravidade clínica, qualidade de vida (QoL), taxas de reintervenção e capacidade funcional de caminhada avaliada por qualquer questionário validado de comprometimento da marcha. Apresentamos os resultados em dois momentos: dois anos ou menos após a revascularização original (curto prazo) e mais de dois anos após a revascularização original (longo prazo). Usamos os procedimentos metodológicos padrão da Cochrane. Usamos a ferramenta Cochrane para avaliar o risco de viés para ECR e GRADE para avaliar a certeza das evidências. Realizamos meta-análise quando apropriado. Resultados: Incluímos três estudos (1.092 participantes) que avaliaram o USD mais palpação de pulso e índice de pressão arterial (ITB ou pressão do hálux) em comparação com a palpação de pulso e índice de pressão arterial (ITB e pressão do hálux) para vigilância de enxerto realizado para revascularização de membros inferiores. Nenhum estudo incluído avaliou a vigilância com USD após angioplastia e/ou colocação de stent. A curto prazo, a vigilância com USD pode levar a pouca ou nenhuma diferença na taxa de salvamento do membro (risco relativo (RR) 0,84, intervalo de confiança (IC) de 95% 0,49 a 1,45; I² = 93%; dois estudos, 936 participantes; evidência de baixa certeza) e na perviedade secundária do enxerto venoso (RR 0,92, IC 95% 0,67 a 1,26; I² = 57%; três estudos, 1.092 participantes; evidência de baixa certeza). O USD pode levar a pouca ou nenhuma diferença na mortalidade por todas as causas (RR 1,11, IC 95% 0,70 a 1,74; um estudo, 594 participantes; evidência de baixa certeza). Não houve diferença clara na qualidade de vida avaliada pelo escore físico Short Form (SF)-36 (diferença média (DM superior a 2, IC 95%, 2,59 a 6,59; um estudo, 594 participantes; evidência de baixa certeza), pelo escore mental SF -36 (DM superior a 3, 95% CI 0,38 a 6,38; um estudo, 594 participantes; evidência de baixa certeza) ou pelo escore EuroQol 5 Dimensions (EQ-5D) (DM superior a 0,02, 95% CI 0,03 a 0,07; um estudo, 594 participantes; evidência de baixa certeza).O USD pode aumentar as taxas de reintervenção quando considerado qualquer intervenção terapêutica (RR 1,38, IC 95% 1,05 a 1,81; três estudos, 1.092 participantes; evidência de baixa certeza) ou procedimentos de angiografia (RR 1,53, IC 95% 1,12 a 2,08; três estudos, 1.092 participantes; evidência de baixa certeza). Apenas um estudo relatou dados a longo prazo, mas relatou apenas dados de perviedade secundária. O USD pode levar a pouca ou nenhuma diferença na perviedade secundária do vaso ou do enxerto (RR 0,83, IC 95% 0,19 a 3,51; um estudo, 156 participantes; evidência de baixa certeza). Conclusões: Com base em evidências de baixa certeza, nenhuma diferença clara foi demonstrada entre o USD e a vigilância padrão na prevenção de amputação de membros, morbidade e mortalidade após revascularização de membros inferiores. Não encontramos estudos sobre vigilância com USD após angioplastia e stent; apenas estudos com enxertos. ECRs de alta qualidade metodológica são necessários para definir o melhor acompanhamento após procedimentos de revascularização do membro inferior.pt_BR
dc.description.abstractBackground: Although in many cases of less severe disease patients can be asymptomatic, the major clinical manifestations of lower extremity atherosclerotic disease (LEAD) are intermittent claudication (IC) and critical limb ischaemia (also known as chronic limb threatening ischaemia: CLTI). Revascularisation procedures may be required for those in whom the disease is severe or does not improve with non-surgical interventions. Maintaining vessel patency after revascularisation remains a challenge for vascular surgeons. Surveillance programmes with duplex ultrasound (DUS) scanning as part of the postoperative care may facilitate early diagnosis of restenosis and may help avoid amputation in patients who have undergone revascularisation. Objectives: To assess the effects of DUS versus pulse palpation, arterial pressure index, angiography, or any combination of these, for surveillance of lower limb revascularisation in people with LEAD. Search methods: The Cochrane Vascular Information Specialist searched the Cochrane Vascular Specialised Register, CENTRAL, MEDLINE, Embase, CINAHL and LILACS databases and World Health Organization International Clinical Trials Registry Platform and ClinicalTrials.gov trials registers to 1 February 2022. Eligible studies were randomised controlled trials (RCTs) and quasi-RCTs that compared DUS surveillance after lower limb revascularisation versus clinical surveillance characterised by medical examination with pulse palpation, with or without any other objective test, such as arterial pressure index measures such as ankle-brachial index (ABI) or toe brachial index (TBI). Primary outcomes were limb salvage rate, vessel or graft secondary patency and adverse events resulting from DUS surveillance. Secondary outcomes were all-cause mortality, functional walking ability assessed by walking distance, clinical severity scales, quality of life (QoL), reintervention rates, and functional walking ability assessed by any validated walking impairment questionnaire. We presented the outcomes at two time points: two years or less after the original revascularization (short-term), and at more than two years after the original revascularisation (long-term). We used standard Cochrane methodological procedures. We used Cochrane risk of bias 1 tool to assess the risk of bias for RCTs and GRADE to assess the certainty of evidence. We performed meta-analysis when appropriate. Main results: We included three studies (1092 participants) that compared DUS plus pulse palpation and arterial pressure index (ABI or TBI) versus pulse palpation and arterial pressure index (ABI or TBI) for surveillance of lower limb revascularisation with bypass. No included studies assessed surveillance with DUS scanning after angioplasty and/or stenting. At the short-term time point, DUS surveillance may lead to little or no difference in limb salvage rate (risk ratio (RR) 0.84, 95% confidence interval (CI) 0.49 to 1.45; I2 =93%; two studies, 936 participants; low-certainty evidence) and in vein graft secondary patency (RR 0.92, 95% CI 0.67 to 1.26; I2 = 57%; three studies, 1092 participants; low-certainty evidence). DUS may lead to little or no difference in all-cause mortality (RR 1.11, 95% CI 0.70 to 1.74; one study, 594 participants; low-certainty evidence). There was no clear difference in QoL assessed by SF-36 physical score (MD 2 higher, 95% CI 2.59 lower to 6.59 higher; one study, 594 participants; low-certainty evidence), by SF-36 mental score (MD 3 higher, 95% CI 0.38 lower to 6.38 higher; one study, 594 participants; low-certainty evidence), or EQ-5D utility score (MD 0.02 higher, 95% CI 0.03 lower to 0.07 higher; one study, 594 participants; low-certainty evidence). DUS may increase reintervention rates when considered any therapeutic intervention (RR 1.38, 95% CI 1.05 to 1.81; three studies, 1092 participants; low-certainty evidence) or angiogram procedures (RR 1.53, 95% CI 1.12 to 2.08; three studies, 1092 participants; low-certainty evidence). One study reported data at the long-term time point, but reported only vessel or graft secondary patency data. DUS may lead to little or no difference in vessel or graft secondary patency (RR 0.83, 95% CI 0.19 to 3.51; one study, 156 participants; low-certainty evidence). Authors' conclusions: Based on low certainty evidence, no clear difference has been demonstrated between DUS and standard surveillance in preventing limb amputation, morbidity and mortality after lower limb revascularisation. We found no studies on DUS surveillance after angioplasty and/or stenting; only studies on bypass grafting. High-quality RCTs should be performed to better inform the best medical surveillance of lower limb revascularisation that may reduce the burden of peripheral arterial disease.en
dc.emailadvisor.customflumignan@gmail.compt_BR
dc.format.extent178 f.pt_BR
dc.identifier.citationSARPE, Anna Karina Paiva. Ultrassonografia duplex para vigilância de pacientes submetidos a revascularização de membros inferiores: revisão sistemática Cochrane. 2023. 178 f. Tese (Doutorado em Saúde Baseada em Evidências) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). São Paulo, 2023.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69529
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de São Paulopt_BR
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccesspt_BR
dc.subjectRevascularizaçãopt_BR
dc.subjectDuplexpt_BR
dc.subjectVigilânciapt_BR
dc.subjectEnxertopt_BR
dc.titleUltrassonografia duplex para vigilância de pacientes submetidos a revascularização de membros inferiores: revisão sistemática Cochranept_BR
dc.title.alternativeDuplex ultrasound for surveillance of lower limb revascularisation: Cochrane systematic reviewen
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/doctoralThesispt_BR
unifesp.campusEscola Paulista de Medicina (EPM)pt_BR
unifesp.graduateProgramSaúde Baseada em Evidênciaspt_BR
unifesp.knowledgeAreaSaúde Baseada em Evidênciaspt_BR
unifesp.researchAreaMetodologia e Realização de Revisões Sistemáticas de Terapêuticas em Saúdept_BR
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