Condições De Trabalho Docente No Ensino Fundamental Ii Na Rede Estadual Paulista E Representações De Professores Sobre Autonomia

Data
2017-08-25
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
This research aimed to investigate teachers' representations about their autonomy, establishing relationships between such representations and the concreteness of the work they perform, as well as the practical knowledge of the social world they possess, and the position they occupy in the social structure. It was also tried to identify if in the organization of work in the school it is possible the occurrence of spaces that allow autonomy as a collective construction. The research problem refers to the representation of teachers in relation to pedagogical autonomy as an educational attribute of collective construction in the school. This problem can be demonstrated by the following central questions: 1) What representation do teachers have about autonomy in their work process? 2) In what way does the position occupied by teachers in the social structure contribute to configuring the representation they have about their work? 3) Do the objective conditions of the teaching work process interfere with the constitution of the teachers' representation about their autonomy? The focus of the analysis was the teachers working in primary and secondary education of the state network of São Paulo during the academic years of 2015 and 2016. The methodology used was a qualitative approach, through observation of the field of research and achievement Of semi-structured interviews with five teachers. The conception of autonomy adopted was that of Contreras (2012), which understood it to be constituted from collective processes, which express the desire for institutional and social transformations of education. The concepts of habitus, field and social representation, elaborated by Pierre Bourdieu, were constituted as analytical tools to investigate the objective structures in which the agents are immersed as well as their dispositions for the action and perception of the social world in which they are inserted. The analyzes allowed to show that the representation of the teachers of their autonomy is linked to the control of the technical aspects of the work and to the exercise of power and authority over the students. These representations relate to the status and prestige that the teachers give to the work they perform, a world vision that seeks to value teaching through the symbolic struggle to distinguish themselves. It was also verified the representation that understands the autonomy as related to the perception of the questions that permeate the school and the society in a critical way, putting the possibility of acting in favor of social and educational changes.
Esta pesquisa teve como objetivo investigar as representações dos professores sobre sua autonomia, estabelecendo relações entre tais representações e a concretude do trabalho que realizam, bem como ao conhecimento prático do mundo social que possuem, e à posição que ocupam na estrutura social. Buscou-se ainda identificar se na organização do trabalho na escola é possível a ocorrência de espaços que possibilitem a autonomia como construção coletiva. O problema de pesquisa refere-se à representação de professores com relação à autonomia pedagógica como atributo educativo de construção coletiva na escola. Esse problema pode ser demonstrado por meio das seguintes questões centrais: 1) Qual a representação que os docentes possuem sobre a autonomia em seu processo de trabalho? 2) De que modo a posição ocupada pelos professores na estrutura social contribui para configurar a representação que possuem sobre seu trabalho? 3) As condições objetivas do processo de trabalho docente interferem na constituição da representação dos professores sobre sua autonomia? O foco da análise foram os professores atuantes no ensino fundamental II e médio da rede estadual de São Paulo durante os anos letivos de 2015 e 2016. A metodologia de trabalho utilizada foi de abordagem qualitativa, por meio da observação do campo de pesquisa e da realização das entrevistas semiestruturadas com cinco professores. A concepção de autonomia adotada foi a exposta por Contreras (2012), que a entende constituída a partir de processos coletivos, que expressem o anseio de transformações institucionais e sociais da educação. Os conceitos de habitus, campo e representação social, elaborados por Pierre Bourdieu, se constituíram como ferramentas analíticas para se investigar as estruturas objetivas em que os agentes estão imersos assim como suas disposições para a ação e percepção do mundo social em que se inserem. As análises permitiram evidenciar que a representação dos professores de sua autonomia se vincula ao controle dos aspectos técnicos do trabalho e ao exercício de poder e autoridade sobre os alunos. Estas representações se relacionam ao status e prestígio que os docentes conferem ao trabalho que executam, visão de mundo que busca valorizar a docência por meio da luta simbólica para distinguirem-se. Verificou-se ainda a representação que entende a autonomia como relacionada a percepção das questões que permeiam a escola e a sociedade de forma crítica, colocando a possibilidade de agir em prol de mudanças sociais e educativas.
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