Avaliação in vitro do efeito neuroprotetor do extrato liofilizado das folhas de Eugenia uniflora L. (Pitangueira) em cultura de células SH-SY5Y
Data
2020-11-23
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
The bioprospecting of natural products for the development of new therapeutic strategies has unquestionable potential mainly because the great source of natural resources from Brazilian biodiversity. PD is a progressive neurodegenerative disease characterized by the death of dopaminergic neurons and the accumulation of alpha-synuclein protein aggregates. The etiology of PD remains unknown. Evidence shows that this disease is multifactorial related to exposure to environmental factors and genetic predisposition. Pharmacological treatment focus in the relief of symptoms but not in the PD progression. In addition, long-term use of antiparkinsonian drugs contributes to adverse effects. Studies have been developed to evaluate the potential use of plant extracts for prevention and treatment of PD. In this sense, the plant Eugenia uniflora L., popularly named to pitangueira and belonging to the family Myrtaceae, native of Brazil. Previous studies showed that E. uniflora extracts have anti-inflammatory, anti-rheumatic, antipyretic, antioxidant, antifungal activities. This study aims to identify the main phytochemicals in the extract of E, uniflora (EEu), as well as to evaluate the effects of this extract on the SH-SY5Y cell culture model. Initially, extract of dry leaves obtained and submitted to mass spectrometry to identify their main compounds. In addition, EEu was evaluated in different concentrations to analyze cell viability. Preliminary results indicate the presence of five main compounds: myricetin raminosil, oleanolic acid, galoyl-HHDP-glucose, pygenic acid A and B. Moreover, we observed that the EEu in high concentrations decreased the levels of viability of SH-SY5Y cells, in contrast in low concentrations, EEu showed a proliferative and protective effects. Our results show that the EEu is not toxic in cell culture and that it can be an important neuroprotective potential. Further studies are needed to investigate the neuroprotective potential of the EEu.
A bioprospecção de produtos naturais para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas visando o tratamento de doenças que afetam o sistema nervoso central, como a doença de Parkinson (DP), apresenta inquestionável potencial diante da vasta fonte de recursos naturais da biodiversidade brasileira. A DP é uma doença neurodegenerativa progressiva caracterizada pela morte de neurônios dopaminérgicos e pelo acúmulo de agregados proteicos como por exemplo de alfa-sinucleína (α-sin). A etiologia da DP ainda permanece desconhecida, entretanto evidências mostram que é uma patologia multifatorial relacionada a combinação entre a exposição a fatores ambientais e a predisposição genética. O tratamento farmacológico atualmente atua no alívio dos sintomas sem interferir na progressão da doença. Além disso, a administração crônica de fármacos antiparkinsonianos leva ao surgimento de severos efeitos adversos. Neste sentido, muitas pesquisas têm sido desenvolvidas acerca do potencial terapêutico de extratos de plantas para o tratamento da DP. A pitangueira (Eugenia uniflora L.) é uma espécie nativa do Brasil pertencente à família Myrtaceae. Estudos prévios demonstram suas atividades anti-inflamatória, antirreumática, antipirética, antioxidante, antifúngica. O objetivo deste estudo foi identificar os principais compostos fitoquímicos do extrato liofilizado das folhas de E. uniflora (EEu), bem como avaliar os efeitos deste extrato no modelo de cultura de células SH-SY5Y. O extrato foi obtido do macerado de folhas e posteriormente este foi submetido ao método de espectrometria de massas para identificação dos seus principais compostos. Logo após o EEu foi avaliado em diferentes concentrações para análise da viabilidade celular através do ensaio do MTT. Os resultados deste estudo apontam a presença no EEu de cinco principais compostos a miricetina raminosil, o ácido oleanólico, a galoyl-HHDP-glucose, o ácido pigênico A e B. Além disso, o EEu em altas concentrações diminuiu a viabilidade de células SH-SY5Y, porém em baixas concentrações o EEu mostrou uma ação proliferativa e protetora. Sendo assim, nossos resultados mostram que o EEu não é tóxico em cultura de células e que pode apresentar um potencial neuroprotetor importante motivando o desenvolvimento de novos estudos acerca disso.
A bioprospecção de produtos naturais para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas visando o tratamento de doenças que afetam o sistema nervoso central, como a doença de Parkinson (DP), apresenta inquestionável potencial diante da vasta fonte de recursos naturais da biodiversidade brasileira. A DP é uma doença neurodegenerativa progressiva caracterizada pela morte de neurônios dopaminérgicos e pelo acúmulo de agregados proteicos como por exemplo de alfa-sinucleína (α-sin). A etiologia da DP ainda permanece desconhecida, entretanto evidências mostram que é uma patologia multifatorial relacionada a combinação entre a exposição a fatores ambientais e a predisposição genética. O tratamento farmacológico atualmente atua no alívio dos sintomas sem interferir na progressão da doença. Além disso, a administração crônica de fármacos antiparkinsonianos leva ao surgimento de severos efeitos adversos. Neste sentido, muitas pesquisas têm sido desenvolvidas acerca do potencial terapêutico de extratos de plantas para o tratamento da DP. A pitangueira (Eugenia uniflora L.) é uma espécie nativa do Brasil pertencente à família Myrtaceae. Estudos prévios demonstram suas atividades anti-inflamatória, antirreumática, antipirética, antioxidante, antifúngica. O objetivo deste estudo foi identificar os principais compostos fitoquímicos do extrato liofilizado das folhas de E. uniflora (EEu), bem como avaliar os efeitos deste extrato no modelo de cultura de células SH-SY5Y. O extrato foi obtido do macerado de folhas e posteriormente este foi submetido ao método de espectrometria de massas para identificação dos seus principais compostos. Logo após o EEu foi avaliado em diferentes concentrações para análise da viabilidade celular através do ensaio do MTT. Os resultados deste estudo apontam a presença no EEu de cinco principais compostos a miricetina raminosil, o ácido oleanólico, a galoyl-HHDP-glucose, o ácido pigênico A e B. Além disso, o EEu em altas concentrações diminuiu a viabilidade de células SH-SY5Y, porém em baixas concentrações o EEu mostrou uma ação proliferativa e protetora. Sendo assim, nossos resultados mostram que o EEu não é tóxico em cultura de células e que pode apresentar um potencial neuroprotetor importante motivando o desenvolvimento de novos estudos acerca disso.