Laboratory detection methods for methicillin resistance in coagulase negative Staphylococcus isolated from ophthalmic infections
Data
2007-08-01
Tipo
Artigo
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Resumo
PURPOSE: To evaluate different methods of oxacillin susceptibility testing of ocular isolates, considering polymerase chain reaction (PCR) as the 'gold standard', and to compare the in vitro susceptibility to oxacillin with that of other antimicrobials used in ophthalmologic practice. METHODS: The Vitek gram-positive identification card was used to identify ocular coagulase negative Staphylococcus species. The presence of the mecA gene was determined by the polymerase chain reaction assay with a combination of two primer sets (mecA and 16S rRNA) in a single region. Results were analyzed and compared with other oxacillin susceptibility methods: PBP2a detection by rapid slide latex agglutination test (SLA); oxacillin E-test; the Vitek automated gram-positive susceptibility card (GPS-105); the oxacillin salt agar screening test (OSAS) at a concentration of 6.0, 1.0 and 0.75 µg oxacillin per ml and the cefoxitin disk diffusion test (CDD). Automated susceptibility was also determined to other antimicrobial agents (fluoroquinolones, penicillin G, amoxicillin-ampicillin, cefazolin, ampicillin-sulbactam, erythromycin, clindamycin, gentamicin, tetracycline, trimethoprim-sulfamethoxazole, vancomycin and rifampin. RESULTS: Of the 69 CoNS isolates tested, 71% were mecA-positive and 29% mecA-negative. All methods tested had a statistically significant agreement with polymerase chain reaction. There was a tendency of positive polymerase chain reaction predomination among the S. epidermidis isolates in comparison to non-epidermidis isolates, although this was not statistically significant (78.3% vs. 56.5%; chi2= 2.54; P= 0.11). The oxacillin salt agar screening test (0.75 µg oxacillin/ml) showed the best performance, with 100% sensitivity and negative predictive value; 95% specificity and 98% positive predictive value. Using the E-test, the mecA-positive isolates were statistically significantly more resistant to ciprofloxacin, ofloxacin, gatifloxacin and moxifloxacin (P= 0.002; P= 0.008; P= 0.002 and P= 0.003, respectively). There was a statistically significant higher proportion of resistance of the coagulase negative Staphylococcus mecA-positives for: penicillin G, amoxicillin-ampicillin, cefazolin, ampicillin-sulbactam, erythromycin, clindamycin, gentamicin and tetracycline (P<0.05). All coagulase negative Staphylococcus species were susceptible to vancomycin and there was no statistically significant correlation between the mecA-positive isolates and resistance to trimethoprim-sulfamethoxazole or to rifampin. CONCLUSIONS: In the present study, we found that the E-test and the oxacillin salt agar screening test S (0.75 µg oxacillin per ml), when compared with polymerase chain reaction, were the most accurate currently available methods to phenotypically detect oxacillin resistance of coagulase negative Staphylococcus species. This study demonstrated that a good option for screening of ocular isolates for oxacillin resistance in the microbiology laboratory is the cefoxitin disk diffusion test and the automated Vitek system. We believe it is important to have available methods that accurately detect methicillin resistance of the less commonly encountered species, chiefly because of their increasing importance as opportunistic pathogens.
OBJETIVOS: Avaliar os diferentes métodos de suscetibilidade à oxacillina, em isolados oculares, considerando a reação em cadeia da polimerase (PCR) como padrão-ouro e comparar a suscetibilidade in vitro para outros antimicrobianos de uso oftalmológico. MÉTODOS: O sistema automatizado Vitek foi utilizado para identificar as diferentes espécies de Staphylococcus coagulase negativo (SCoN). A presença do gene mecA foi determinado pela reação em cadeia da polimerase com a combinação de 2 primer sets (mecA e 16S rRNA) em uma única região. Estes resultados foram analisados e comparados com outros métodos de suscetibilidade à oxacilina: detecção da proteína PBP2a pelo teste de aglutinação em látex (SLA); E-test oxacilina; o sistema automatizado Vitek (GPS-105); o teste de triagem em ágar (OSAS) com oxacilina nas concentrações de 6,0, 1,0 e 0,75 µg oxacilina por ml e o teste de disco difusão com cefoxitina (CDD). A suscetibilidade automatizada foi obtida para os seguintes agentes antimicrobianos: fluorquinolonas, penicilina G, amoxicilina-ampicilina, cefazolina, ampicilina-sulbactam, eritromicina, clindamicina, gentamicina, tetraciclina, sulfametoxazol-trimetoprima, vancomicina e rifampicina. RESULTADOS: Dos 69 Staphylococcus coagulase negativo testados, 71% foram mecA-positivos e 29%, mecA-negativos. Todos os métodos testados apresentaram concordância estatisticamente significante com a reação em cadeia da polimerase. Houve tendência à predominância da positividade da reação em cadeia da polimerase entre os S. epidermidis comparado aos não-epidermidis, embora sem significância estatistica (78,3% vs. 56,5%; chi2= 2,54; p=0,11). O teste de triagem em ágar (0,75 µg oxacilina/ml) apresentou a melhor performance com resultados de: 100% de sensibilidade e valor preditivo negativo, 95% de especificidade e 98% de valor preditivo positivo. Os isolados mecA-positivos foram estatisticamente significativavos mais resistentes para ciprofloxacina, ofloxacina, gatifloxacina e moxifloxacina, no E-test (p=0,002; p=0,008; p=0,002 e p=0,003). Houve maior proporção estatisticamente significativa de resistência entre os Staphylococcus coagulase negativo mecA-positivos para: penicilina G, amoxicilina-ampicilina, cefazolina, ampicilina-sulbactam, eritromicina, clindamicina, gentamicina e tetraciclina. (p<=0,05) Todos os Staphylococcus coagulase negativos foram suscetíveis à vancomicina e não houve correlação estatisticamente significativa entre as amostras mecA-positivas e a resistência para sulfametoxazol-trimetoprima e rifampicina. CONCLUSÕES: No presente estudo, foi observado que o E-test e o OSAS (0,75 µg oxacilina por ml), comparado à reação em cadeia da polimerase, foram os métodos fenotípicos mais acurados em detectar a resistência à oxacilina nos Staphylococcus coagulase negativos. Foi demonstrado que os testes de disco difusão com cefoxitina e o método automatizado (Vitek) são boas opções para a triagem da resistência à oxacilina em laboratórios de microbiologia ocular. Destacou-se a importância de métodos acurados para detectar a resistência à meticilina dentre as espécies menos freqüentemente encontradas, considerando a crescente importância destes patógenos oportunistas.
OBJETIVOS: Avaliar os diferentes métodos de suscetibilidade à oxacillina, em isolados oculares, considerando a reação em cadeia da polimerase (PCR) como padrão-ouro e comparar a suscetibilidade in vitro para outros antimicrobianos de uso oftalmológico. MÉTODOS: O sistema automatizado Vitek foi utilizado para identificar as diferentes espécies de Staphylococcus coagulase negativo (SCoN). A presença do gene mecA foi determinado pela reação em cadeia da polimerase com a combinação de 2 primer sets (mecA e 16S rRNA) em uma única região. Estes resultados foram analisados e comparados com outros métodos de suscetibilidade à oxacilina: detecção da proteína PBP2a pelo teste de aglutinação em látex (SLA); E-test oxacilina; o sistema automatizado Vitek (GPS-105); o teste de triagem em ágar (OSAS) com oxacilina nas concentrações de 6,0, 1,0 e 0,75 µg oxacilina por ml e o teste de disco difusão com cefoxitina (CDD). A suscetibilidade automatizada foi obtida para os seguintes agentes antimicrobianos: fluorquinolonas, penicilina G, amoxicilina-ampicilina, cefazolina, ampicilina-sulbactam, eritromicina, clindamicina, gentamicina, tetraciclina, sulfametoxazol-trimetoprima, vancomicina e rifampicina. RESULTADOS: Dos 69 Staphylococcus coagulase negativo testados, 71% foram mecA-positivos e 29%, mecA-negativos. Todos os métodos testados apresentaram concordância estatisticamente significante com a reação em cadeia da polimerase. Houve tendência à predominância da positividade da reação em cadeia da polimerase entre os S. epidermidis comparado aos não-epidermidis, embora sem significância estatistica (78,3% vs. 56,5%; chi2= 2,54; p=0,11). O teste de triagem em ágar (0,75 µg oxacilina/ml) apresentou a melhor performance com resultados de: 100% de sensibilidade e valor preditivo negativo, 95% de especificidade e 98% de valor preditivo positivo. Os isolados mecA-positivos foram estatisticamente significativavos mais resistentes para ciprofloxacina, ofloxacina, gatifloxacina e moxifloxacina, no E-test (p=0,002; p=0,008; p=0,002 e p=0,003). Houve maior proporção estatisticamente significativa de resistência entre os Staphylococcus coagulase negativo mecA-positivos para: penicilina G, amoxicilina-ampicilina, cefazolina, ampicilina-sulbactam, eritromicina, clindamicina, gentamicina e tetraciclina. (p<=0,05) Todos os Staphylococcus coagulase negativos foram suscetíveis à vancomicina e não houve correlação estatisticamente significativa entre as amostras mecA-positivas e a resistência para sulfametoxazol-trimetoprima e rifampicina. CONCLUSÕES: No presente estudo, foi observado que o E-test e o OSAS (0,75 µg oxacilina por ml), comparado à reação em cadeia da polimerase, foram os métodos fenotípicos mais acurados em detectar a resistência à oxacilina nos Staphylococcus coagulase negativos. Foi demonstrado que os testes de disco difusão com cefoxitina e o método automatizado (Vitek) são boas opções para a triagem da resistência à oxacilina em laboratórios de microbiologia ocular. Destacou-se a importância de métodos acurados para detectar a resistência à meticilina dentre as espécies menos freqüentemente encontradas, considerando a crescente importância destes patógenos oportunistas.
Descrição
Citação
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. Conselho Brasileiro de Oftalmologia, v. 70, n. 4, p. 667-675, 2007.